terça-feira, agosto 28, 2007

A VOLANTE DO SARGENTO BEZERRA - CLIPE

Caros leitores, assistam, a esse vídeo caseiro "A Volante do Sargento Bezerra", banda baiana Pop Nordestina que faz sucesso aqui e no sul do pais. Recentemente se apresentaram no Jô Soares. Abaixo mais uma poesia "O CIRCO IV" espero que gostem e comentem juntamente com o vídeo.

Circo IV (Picadeiro)

- Hoje tem espetáculo? – Tem sim Senhor!

Senhoras e Senhores gargalhem na emoção!
O grande circo apresenta: o coração agonia.
Luzindo do hilário picadeiro da compaixão
Declama os versos na luz do amor à revelia.

Amada, ascendo ao picadeiro na força da paixão
Desta noite de redime em que zombo do trapézio.
Eu assomo entre as sombras do palhaço coração,
Por ti, cego de amor, dou cabriola no teu mistério.

Cá estou na selva erma da tua alma peregrina,
Sabes, penso em ti, quando teus olhos cediços
Espelham o luar no negrume da paixão ferina
Imersos nos risos desta platéia sob o teu feitiço...

Ai! Esculpindo a aurora deixo escapar as horas fugidias
Eu, o palhaço, meus olhos nos teus olhos, teu olhar finge!
Nos apupos desta platéia eu pinto o sete e na tua arrelia,
Neste circo, agora, o teu amor é facho que se extingue...

No estalar dos risos a lua desce em sulcos nesta lona rota
Sob a caricatura da liberdade que teu seio é navio negreiro,
Tendo meu coração acorrentado aos ferros. No tinir do gusa
Sendo escravo faço graça no céu embuçado do teu picadeiro.

Empalideço, tremo e me perco no teu peito de malabarista
De mãos frias no cristal macio. Então, desabo no azedume
Desta lua retraída reinando na sombra da noite equilibrista
E, em mim, este tempo de palhaço, murmúrios e queixumes.

Senhoras e Senhores riam e bradem comigo:

“O raio do sol suspende a lua
olha o palhaço no meio da rua”

O Sibarita
Assistam ao Porta Curta "A Sauna" Cliquem no Porta Curta Petrobrás, quando abrir a página cliquem em ASSISTA, ai começará o filme.
Boa diversão!
Ficção, CONTEÚDO ADULTO De Marco Abujamra 2003 15 min
Com Samir Abujamra, Bruce Gomlevsky, Expedito Barreira, Fernanda Bond, Thaís Tedesco, Pedro Gomlevsky, Yasmim Gomlevsky
Sexo, desejo e traição mudam completamente a vida de um jovem pai de família. Curta agora um dos campeões de audiência do Porta-Curtas!

sábado, agosto 25, 2007

VÊNUS

Vênus

Ninfa dos amores,
curvo-me ao teu corpo orvalhado
onde meus lábios se lambuzam
sugando-te o favo do pecado.

Minhas mãos passeiam,
é brisa... é ventania
percorrendo os teus pelos
e entranhas como gotículas
inocentes dos meus desejos.

Beijarei os teus róseos mamilos,
enquanto dedilho meus acordes,
onde, florescem as tuas penugem
em cor tênue de cobre polido.

Ó flor! Descerei ao teu tronco,
desabrochando tuas pétalas.
Delas, inalarei, o perfume
sorvendo da alquimia frenética,
toda a seiva do teu néctar...

Gazela!
Tu, apenas tu,
carne de cristal, úmida de gozos.
Sob as luas que sonhastes,
enlouquecida nos meus beijos covardes,
a noite borbulha os teus ardentes gritos,
não me mates, não me mates...

O Sibarita

Assistam ao Porta Curta "Eu te Darei o Céu" Cliquem no Porta Curta Petrobrás, quando abrir a página cliquem em ASSISTA, ai começará o filme. Boa diversão!
Ficção, CONTEÚDO ADULTO De Afonso Poyart 2005 17 min Com André Gonçalves, Nany di Lima. O que uma solteirona em mais um aniversário sozinha gostaria de ganhar das amigas? André Gonçalves embalado pra presente, é claro!


quinta-feira, agosto 23, 2007

AO CORAÇÃO IV

Ao Coração IV

Minha açucena o meu rosto perdeu as vivas cores
Vai se enrugando na palidez da lua sem a tua vida.
Nada me resta, pouco a pouco, foge o olor das flores
Na depressão deste anjo caído com tendência suicida...

Tu me dirás que siga o meu destino que tudo é finito.
Ver-te-ei novamente? Há adeus sob essa lua apagada?
Ai! O meu amor é um rio que deságua no teu infinito
Devastando-me o seio, o olhar, o sorriso, as palavras...

E precipita-se num poço sem fundo onde trafegam
Tuas eternas juras. O amor tem coração de vendaval
Assim sendo, a paixão, se despe e por fim, nua, rega
No horizonte: o tempo, a separação e o temporal...

Traga-me de volta na paixão o coração correspondido.
Pague eu em agonia a quem por meu destino e pecado
Submergiu por graça deste meu bem que hás concedido
A este amor, por este amor e, pelo amor do torturado...

Este que meus lábios ainda cantam por obra do vencido.
De arco e setas é profundo na sua morte crua e dolorosa
E, na minha alma, as taras são os nobres desejos traídos
Enxugando as lágrimas que escrevem a nossa história.

Entretanto, deixarei que a noite me leve pelas ruas,
Nos meus passos envelhecidos nessa solidão atroz.
Se a lua banha o caminho, a vida, sempre continua
Na felpa dourada da razão que se definha entre nós...

O Sibarita

Assistam ao Porta Curta "Eu te Darei o Céu" Cliquem no Porta Curta Petrobrás, quando abrir a página cliquem em ASSISTA, ai começará o filme. Boa diversão!
Ficção, CONTEÚDO ADULTO De Afonso Poyart 2005 17 min Com André Gonçalves,
Nany di Lima. O que uma solteirona em mais um aniversário sozinha gostaria de ganhar das amigas? André Gonçalves embalado pra presente, é claro!




segunda-feira, agosto 20, 2007

SONETO I

Soneto I

Meu bem, o meu escrever clareia o cinza que te aflige,
Minhas palavras rebuscadas são águas do regato coradas
No meu seio que falam o que os meus lábios não te dizem
E beijam o teu coração despindo-me todo de corpo e alma...

Nobres e ágeis são as palavras no frenesi da humilde pena
Que ao escrever sabe aonde vai ou aonde vou no renascer
Desse novo horizonte no azul que o teu coração faz a cena
Na paisagem da paixão em que a lua sempre virá nos ver...

Por vezes enigmático, romantizo, banho o teu coração de luz
E nem sabes nas entrelinhas das palavras que nasceram de ti
Ecoando o sol da paixão que na distância soldamos os azuis!

As palavras à doçura embalam... O falar, a garganta engasga
O céu que germina do meu peito. Entretanto, o que palpita
Nos meus lábios são tintas sem cores ou cheiros, tão vagas...

O Sibarita
Caros leitores, hoje, o curta metragem é "ÁTIMO" um filme de amor da melhor qualidade. É só clicar no Porta Curta Petrobrás que está do lado direito. Depois que abrir uma nova página cliquem em ASSISTIR. Pronto, bom filme!
"Um amor que vence o tempo e a distância, desafiando até a força da História. Se você ainda sente falta de uma antiga paixão ou da saudosa Mayara Magri, emocione-se conosco!"

quinta-feira, agosto 16, 2007

ELIPSE

Elipse

Faço o meu barco, parto, sigo o teu rumo... Disfarço
Sob o céu de bronze e nuvens carregadas na paragem
Desta ventania que o teu coração não diz... Amordaço
As velas desatando as amarras no cinza tempestade...

E, no galope desse mar azul sofrido, rosnam os remos
Desnudando o céu navegador, alinhado na luz do luar.
Entretanto, curvo as noites no vácuo do teu silêncio
Procuro, então, vestígios e me escondo no teu olhar...

Mas sei, a dor cairá como a muralha do teu coração.
Maldito seja o teu perfume a perdurar naquelas flores
Ainda embriagadas na tua primavera... É, na inanição
Do teu amor mortifico as sementes dos teus rumores...

Na dor, rompo o teu silêncio e resgato as tuas palavras
Esquecidas de mim... Mas, mando-te notícias turvadas...
Quando as portas se abrem no sino dessa paixão escrava
Meus sentidos ressoam sobre flores mortas, debruadas...

Mas, na luz do azul que degela o amor cintilam elípticas
Palavras que o meu coração modula à freqüência do arfar
E a lua, magra, longa desaba no luto da noite... Na relíquia
Dos desejos, me ergo, balanço, caio, me jogo do teu olhar...

O Sibarita

Caro Leitor, agora, você pode assistir filmes curta metragem sem sair do Sibarita. É só clicar no Porta Filme Petrobrás que abrirá um link, nele clique assistir, pronto, ai começará o filme. Filme dessa semana: "MORANGO COM LIMÃO"
Também está disponibilizado o Portal UOL de Filmes.

Bom Proveito!

quarta-feira, agosto 15, 2007

DEMÔNIA

Demônia

Na nudez das manhãs, do teu olhar exilado
Vejo o mar na cor dos verdes olhos, concordo!
E do teu coração ao continente do amor navegado
No mapa da paixão, abro as velas! Ufa! A bordo...

Enigma originado estendo-me em tua alfombra.
A nudez do horizonte acende o pavio... Demônia
Andas, à noite, vasculhando meus sonhos, Inflamas
Céus, luas, estrelas e a paixão no fogaréu da insônia...

Oh! Alma fresca, o coração em chamas, te chama!
O fervor ao sabor do teu rubro vinho, o fogo avança
De um incêndio ao outro incêndio... E, no compêndio
Deste teu poema, a palavra é desejo! O querer se lança...

E como chama dos santelmos, hei de encontrar-te açucena
Já me tens preso na íris dos teus olhos em que busco o estio!
Vou pela porta aberta desta primavera soberba e serena
No entanto, julgo-te lua nas fases do teu olhar ao azul anil...

Coração aos ferros, bronze florentino esculpindo a madona,
Enquanto, em um canto qualquer do meu quarto, desbotados
Jarros chineses voltam ganhar vida na luz dos olhos de Jônia
Ai! Teu coração veste o nu da estátua, a lua ri no meu espelho!

O Sibarita

quinta-feira, agosto 09, 2007

NADA ALÉM...

Nada Além..

Nada sei além desta janela
aberta diante do meu olhar.
É a maré, é a maré!
Lixos e ratos
estampados no horizonte
de urubus circundando
pelo céu sob a réstia
do sol alumiando meus olhos
perdidos no escarcéu.
Olhando da janela
a visão é ciclope
e me remete
à infância na maré.
As rajadas no azul cinza
de moribundos dias
não esquecidos.
Quebrantava-se o dia...
Era a vida!
Miríade de sonhos
na misantropia
dourando barrigas de lombrigas
sucumbindo pela anemia...

Nada além...
A fome e o lixo!
Das flores,
apenas, o resquício.

O Sibarita

segunda-feira, agosto 06, 2007

RELEMBRAS COMIGO...

Relembras Comigo...

O vento cortava o frio da noite o teu corpo colado ao meu peito!
No horizonte, a lua, calma e divina aclarava o teu jeito brejeiro,
No ar, exalava o teu cheiro campestre de jasmim e sobre o leito
O teu corpo palpitava estremecido na ardência dos meus beijos.

Os teus seios virgens, faróis acesos, os meus lábios banhavam de amor,
Teu belo porte de mulher descortinou ante o meu desejo que te acolheu.
Em êxtase, os teus olhos reviravam nos suspiros a noite nascida em flor
Invadindo o teu castelo de volúpias em que a lua enciumada se rendeu...

As tuas mãos como a brisa acariciavam o meu corpo em anseio fecundo
Das carícias inocentes que eu me entregava aos teus caprichos profanos.
Era o amor na sua plenitude mostrando no que existe de bom e profundo,
Sob o alado galopante de todos os encantos guardados nos teus arcanos...

Ai! Os teus segredos na luxúria do amor se entregaram sem razão,
Que razão é coisa dos amantes banais! Em desejo, passo, ante, passo
Sereia do meu norte incondicional, eu sob o rogo da desmistificação
Penetrava por tua fenda negra na procura dos teus orgasmos intactos...

A tua nudez dourada era teia me prendendo e na sanha me devorando!
Da tua fome deixando correr a lubricidade de todos os anseios, o ápice,
Refletia nos nossos espasmos toda vinha dos gozos sem fim e, ecoando
Sob os lençóis caímos de boca a boca como se fosse o primeiro cálice...

Mas, hoje, o que sois para mim? Imagem absorta como o teu próprio amor!
Sonho-te, despindo-a lentamente em pura brisa. A vontade se despe firme,
Finalmente nua, desenho-te, penetro por teu olhar atrás da tua alma, na dor
A acorrentarei aos ferros na estaca dos desejos do meu pensamento livre...

O Sibarita

sexta-feira, agosto 03, 2007

NEURA

Neura

Ai! Olhando daqui o além
Do que existe na impressão
O amor é feito de farrapos
No aquém da expressão...

Quem te fez assim soturno
Turva as trevas refugiadas
Escondida no chão noturno
Das noites aqui renegadas...

Da tua doçura e da tua rocha
Descem palavras na apoplexia,
Neura noturna, luas em tochas
Por secretos roteiros de agonias...

Escutado por ouças sem ouvidos
No silêncio que não cabe em si
O ledo além daquilo convulsivo
Eu e tu renegados, sombras ali...

À meia luz em desejos desaguando.
E sei lá o que é o amor? Céu ou fel?
Arisco ou felino? Na carne cortando:
Fantasias e fugas a dança dos véus...

Em cais de urtiga na rota de naufrágio.
Bóia o sol em lodo de pântano e abismo,
No cerne do coração um céu refratário.
- Venço o risco, respiro atalhos, cismo.

O Sibarita