sexta-feira, março 08, 2013

É ROSA CHOQUE!





HOMENAGEM DE "O SIBARITA" ÀS MULHERES QUE FAZEM
ACONTECER A BLOGOSFERA COM SEUS CHARMES, CARINHOS,
SORRISOS E SABEDORIA!
 
NÓS QUE FAZEMOS “O SIBARITA” ESTAMOS AOS  SEUS PÉS, SOMOS SEUS SÚDITOS, OBRIGADO PELA GRAÇA E BELEZA!

-O Sibarita, mulheres retadas tá rebocado meu cumpadi!

-Zé Corró, ôxi! Que onda é essa? Para entrar na redação tive que me vestir de rosa, sacanagem! Ô criaturas (mulheres) não riam não, viu? Esse negócio de vestir rosa não combina comigo não! De qualquer forma, PARABÉNS  pela data! Gostem de lá eu que não pagam nada!

-Zé Lalado, realmente, essas mulheres são demais! Todas vocês moram no meu coração  não pagam nada, ô que maravilha!
 
 
DESEMBARGADORA LUISLINDA VALOIS PRIMEIRA JUÍZA NEGRA DO BRASIL
NESTA DATA REPRESENTA TODAS AS MULHERES BRASILEIRAS.
 (leia mais sobre quem é a Desembragadora, abaixo)
 
 
 
Nós, pretos, pobres e periféricos queremos ocupar os postos mais altos do país”, diz desembargadora Luislinda Valois, 1ª juíza negra brasileira.
 
 

Neta de avô escravo, filha de Santo, e primeira mulher negra a entrar para a magistratura no Brasil, Luislinda Valois, 68, quer ver mais “pretos, pobres e periféricos” governando o país. A magistrada baiana, que se formou em Direito aos 39 anos, com crédito educativo, fala ao Boletim Gênero, Raça e Etnia sobre racismo, superação, cotas, Justiça e o papel de organizações internacionais, como a ONU, na promoção da equidade.

Nomeada desembargadora substituta do Tribunal Superior de Justiça da Bahia (TJ/BA) em agosto, Luislinda recebeu o Prêmio Cláudia no mês passado, por sua luta e conquistas no combate à discriminação racial. É autora de “O Negro no Século XX” e tem dois outros livros a caminho.

Racismo na Escola – “Não é fácil ser negra e pobre nessa terra”, diz Luislinda, filha de Iansã, orixá guerreira. “Quando nasci, morávamos em um casebre de palha. Só com muita luta meus pais conseguiram construir uma casa de taipa. Para estudar, eu catei marisco, tomei conta de criança, lavei muita roupa.”

Aos nove anos, o professor de Luislinda mandou os alunos levarem réguas e compassos de plástico para a aula, no Colégio Duque de Caxias, na Liberdade, bairro negro de Salvador. O pai, motorneiro de bonde, só conseguiu comprar material de madeira. O professor disparou, na frente de toda a turma: “Menina, se seus pais não podem comprar material para você estudar, saia daqui. Vá aprender a fazer feijoada na casa de uma branca que você vai ser mais feliz”.

“Eu saí da sala correndo, chorei, chorei”, conta a magistrada, voz embargada ao lembrar humilhação, há quase 60 anos. Depois se recompôs e voltou para a aula, com a resposta na ponta da língua: “Professor, eu não vou aprender a fazer feijoada não. Vou estudar para ser juíza e, quando crescer, vou te prender”.

Luislinda formou-se em Direito aos 39 anos e, em 1984, cumpriu a promessa de se tornar juíza. Voltou ao colégio Duque de Caxias, mas não para prender o professor racista. Entre 2002 e 2003, a magistrada freqüentou colégios da capital baiana com o “Projeto Inclua no Trabalho e na Educação e Exclua da Prisão”.

“Dizem que sou a primeira juíza negra do Brasil. Não sei bem se isso é verdade, o importante não é ser a primeira ou a décima. O importante é a bandeira que eu carrego”, diz Luislinda, quem em agosto foi nomeada desembargadora substituta do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Justiça para todos – Luislinda Valois se tornou conhecida no meio jurídico brasileiro em 1993, por sua sentença condenatória a rede de supermercados, pelo crime de racismo. Os seguranças haviam acusado injustamente de furto uma cliente negra.

“Pode publicar o nome dela, é uma mulher honesta, de uma coragem impressionante, e gosta que saibam o que aconteceu”, diz Luislinda. Aila Maria de Jesus, franzina, negra, trabalhadora doméstica, foi acusada de furtar um frango e um sabonete. Cercada pelos seguranças do supermercado, ela se recusou a abrir a bolsa sem a presença da polícia. Revelada a injustiça, Aila recorreu aos tribunais.

“O acesso à Justiça é um direito fundamental”, afirma Luislinda, destacando o papel de organismos internacionais, e principalmente da ONU, “que foi e ainda é fundamental para promover os Direitos Humanos no Brasil”.

A desembargadora vê avanços no respeito à cultura e religiões afro-brasileiras. “Tenho uma boa relação de trabalho com a Igreja Católica, Igrejas Evangélicas, inclusive com pessoas da Igreja Universal que já teve líderes acusados de intolerância religiosa]. Agora mesmo fui convidada para ser paraninfa da turma de Direito da Faculdade Batista Brasileira e aceitei, com muito orgulho. O Brasil é uma país laico, e respeito é fundamental”, diz a magistrada.

Nem sempre foi assim. O candomblé era perseguido até o início do século XX, e Luislinda ainda se lembra quando, menina, acompanhava as idas e vindas da tia para conseguir autorização para o funcionamento de um terreiro no bairro de Pirajá, em Salvador.

Para a desembargadora, a tipificação do crime de racismo e a entrada em vigor do Estatuto da Igualdade Raciail são sinais de progresso da Justiça brasileira, mas a exclusão, sobretudo econômica, permanece.

Cotas – “É preciso dar oportunidades a quem nunca teve”, diz a magistrada, favorável às cotas para o ingresso em universidades públicas. “Precisamos de mais profissionais negros qualificados. Quero mostrar ao meu povo negro que nós, pretos, pobres e periféricos, também podemos ocupar os postos mais altos do país.”

Luislinda conta que a agressão do professor racista, na escola primária, não foi a única. “Mesmo na faculdade, passei por muito achincalhamento por ser negra e pobre”, diz Luislinda, que cursou Filosofia e Teatro, antes de entrar na Faculdade Católica do Salvador (UCSAL), com crédito educativo. O depoimento de Luislinda sobre sua história foi exibido na novela “Páginas da Vida”, da rede globo.

A discriminação não cessou após a formatura. “Quando passei no concurso nacional da procuradoria do DNER (antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagens), em primeiro lugar, fui ‘convidada’ a ceder a vaga em Salvador, minha cidade. Curitiba me acolheu”, conta.

Família – A tristeza passa ao falar sobre a família. Luislinda não esconde o orgulho ao falar do único filho, promotor de Justiça em Sergipe, e dos irmãos, que seguiram seu conselho e seu exemplo nos estudos. “Quanto eu tinha 14 anos, minha mãe morreu. Criei meus três irmãos menores, todos honestos e trabalhadores”, diz Luislinda.

A magistrada se emociona ao lembrar-se do fascínio do pai, já idoso, diante da primeira casa de bloco da família, conquistada quando ela e o segundo irmão já tinham empregos com carteira assinada: “Meus filhos, acabou a miséria nessa casa!”. (CF) Genero, Raça e Etnia.

20 comentários:

Evanir disse...

A cada hora sou chamada, é desafiada
para aprender nova lição,
para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próximo.
Experimentar tudo na vida é bom.As coisas ruins me ensinam a viver.
As coisas boas me mantém viva.
Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofri.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego
em Deus.
Nesse dia consagrado a mulher venho te deixar meu amor e carinho.
Eu sou mulher.
Eu sou mãe.
Eu sou avó.
Eu sou bisavó.
E continuo sendo (Mulher)
Feliz ,é a mulher que não para no tempo será mulher dos 0 até os 100 .
Meu eterno carinho.
Beijos na sua alma.
Evanir.
Jamais vou sair sem dizer da grandeza da sua postagem.
Fico feliz por saber que hoje
muita coisa mudou .
Eu sei que muita coisa ainda tem que ser mudado infelizmente os menos favorecidos ainda sofrem com o preconceito .
Aqui você dei exemplo de uma grande mulher .
Beijos amiga amada.

Anônimo disse...

Siba; você é boca de zero nove, viu? Amei! Fiquei emocionada, com tanto carinho... Poxa, ver nossas fotos em destaque foi muito legal mesmo.
Só mulheres retadas mesmo, Siba!
Bom demais ler você!
Bom fim de semana! Beijos

Lúcia Laborda disse...

Siba; nossa que homenagem, super legal! Eita homem porreta viu?
Mulheres que fazem a nossa história viu?
Amei as nossas fotos em destaque!
Bom fim de semana! Beijos

Bandys disse...

Siba
que hoemem arretado sô! Adorei a hoemnagem. Usou a sua imaginação e ficou lindo.

A desembargadora Luizlinda representando muito bem nos mulheres.

Voce é demais, e depois ainda quer apostar comigo, kkkkkkkkkkkk to fora. Voce é 100000

Beijos e obrigada, saio daqui com um calor no coração.

Anônimo disse...

Que linda homenagem, Nelson. Fiquei emocionada com a história da Dra.Luislinda. Que belo exemplo de vida, de força, luta, dignidade e vitória. Obrigada, meu amigo. Beijinho.

Sylvia Narriman

Guacira Maciel disse...

Obrigada, amigo, pela linda homensagem; a referência que trouxe não poderia ser melhor...beijo.
Guacira

Maria Emilia Moreira disse...

Olá Sibarita!
Gostei imenso de conhecer , através do seu blog, que a mulher está subindo as escadas lentamente... quando chegará ao topo?! Não se pode prever...mas Luislinda Valois é um exemplo fantástico. Mulher negra num posto tão elevado,até aqui só para homens não é verdade?
Uma grande lutadora! Obrigada por me dar a conhecer esta SENHORA.
Um abraço de Portugal.
M. Emília

Vanuza Pantaleão disse...

Oi, meu querido anjo baiano!
Ando mesmo um pouco ausente das coisas, mas é devido a uns probleminhas de saúde que andaram me alquebrando as forças. Ah, meu amigo, mulher não pode ficar doente, rsrs!
Belíssima e grandiosa a tua capacidade em acarinhar tuas amigas. Fiquei tão alegre de ver minha carinha lá no meio daquelas moças formosas que até pensei que também pudesse ser uma delas.
A vida e a luta de Luislinda, a primeira juíza negra , contra o massacre do racismo que, infelizmente, ainda tem raízes profundas no nosso Brasil. Logo o Brasil, país miscigenado, misturado, mistureba. Coisa vergonhosa e triste para um povo tão esforçado e guerreiro como o povo brasileiro.
Migo, se já te respeitava, passo a te respeitar muito, muito mais.
Siba, obrigada por tua amizade!
Te adoro, de coração mesmooooo!!!!

Vanuza Pantaleão disse...

E viva aos homens que amam as mulheres!!!
Homens como você e tantos outros que ainda existem por aqui. Meu pai, por exemplo, era um deles. Ele sempre depositou confiança em suas três filhas, as suas três Marias, rs. E te digo, não o decepcionamos.
E a luta vai continuar!!!

Anajá Schmitz disse...

Bom dia,
primeiro quero agradecer a homenagem. Obrigada.
Desculpa o sumiço, mas o tempo me abandonou ultimamente.
Que mulher encantadora essa juíza. Ela é um estimulo para nós mulheres. Tu sabes que já passei por umas boca braba. Quando fui estudar em Porto Alegre. Não me deixaram entrar num lugar por que eu era negra. Contei para meu pai ele ficou muito arrasado. Eu fiquei uma fera queria bater na mulher, com apenas 12 anos. Mas o preconceito que mais sofro é que sou comparada com cigana. Nas lojas ficam dizendo cuida que ela vai roubar. Isso é horrível. Mas eu hoje não dou a minima, deixo um mais ignorante que eu dar umas lição.
Bjos e tenha um ótimo dia.

Anónimo disse...

Olá, Siba!

Espero e quero que esteja bem, em todos os aspetos.

Obrigada pela sua homenanagem a todas as mulheres.
Tudo começou com um acontecimento histórico, que teve lugar no século XIX.

Quero ser amada e respeitada, todos os dias do ano, e não só no dia 08 de Março. Se é apenas uma referência simbólica, como o dia dos pais, dos avós, dos cabeleireiros, da alimentação, da poesia, etc. tudo bem.

A Dra. Luislinda é um exemplo de coragem e tenacidade.

Boa semana.
Beijo da Luz, com amizade.

Anónimo disse...

Olá, Siba!

Está faltando um agradecimento meu, pelas fotografias, incluindo a minha, que colocou no seu "ROSA CHOQUE".
Pra mim, "AZUL BEBÉ". Pode ser?

Saudações.

mARa disse...

Seu minino Lindin!

Você é um querido!

Obrigada por compartilhar esse texto, gratificante, saber da superação de Luislinda e gratificante também ser representada por essa Grande Mulher.

Bjão!

Cris Teles disse...

Você é demais viu? Amei o texto, as fotos, tudo....

Obrigada pela belíssima homenagem!

Beijão

Uma aprendiz disse...

Muito bonita e carinhosa a homenagem as mulheres, principalmente, as da blogsfera. Sinto-me honrada pela homenagem.

Mais uma vez fui presenteada com um pedacinho de cultura lendo a história de vida de Luislinda.

beijos


Bandys disse...

E a mulherada apareceu heinnn seu siba??

E aíii??


Hoje é dia da poesia , então pegue seu lapis e bora fazer poesia;

Beijos

Moça disse...

Gente.... que lindo! que coisa emocionante! Juro q foi uma das leituras q mais me emocionou e me fez feliz por ser mulher.
Obrigada! bjo
http://opinandoemtudo.blogspot.com.br/

Claudinha ੴ disse...

Obrigada Siba! Muito mesmo! Foi uma linda homenagem e esta juíza é um exemplo de luta! Bjs!

Claudinha ੴ disse...

Obrigada Siba! Muito mesmo! Foi uma linda homenagem e esta juíza é um exemplo de luta! Bjs!

Desnuda disse...

Querido amigo Sibarita,


Primeiro agradeço o carinho por me incluir na foto e que fique claro que você mora no meu coração no espaço que quiser :)

Ôxe ! A história da Dra. Luislinda é mais que uma lição de vida. É um exemplo para todas as mulheres ( na verdade para todos, independente do sexo). Adorei ler esta postagem tão bem feita , no capricho, para quem tão bem merece. Li com atenção, embevecida com a força desta mulher e pelas mensagens que encerra. E não só, as reflexões e questionamentos tão bem levantados e evidenciados neste post. O que dizer mais? Obrigada e Obrigada!!!


Beijos com carinho. Sempre!