Ômodeu!
(NR. Leiam a tradução do baianês
abaixo)
Ô dona piriguete, você está com
ciúmes, é?
Se ligue viu? Sou madeira de dar em
doido,
E se abrir a guarda, tô adentrando,
faça fé!
Nécomigonão, eu passo o rodo, vou
todo...
Sou boêmio, letrado nos prazeres da
orgia,
Achego das fêmeas petitosas e largas
ancas.
Na ponta do Humaitá umas luas de
agonias
Em vontades cortejam essas noites
santas...
No meu olhar suave um oceano de
ressacas,
O balançar das águas do mar é tome e
tome.
Descaradas mãos nas ancas, a carne é
fraca,
Negonas no quero é mais, o coro come,
come...
Uma, duas, três vezes. Sobe e desce
coqueiro
Geme a noite em delícias no querer
da fissura.
A fenda aberta seduz o mastro rijo e
brejeiro
Embocando adentro no entra e sai da
usura...
Se rete não! Para que ciúmes? Alivie
e sorria.
O meu sotaque molejo de baiano lhe
alcança
Nas vontades escancaradas como sua
alforria,
Imagine! Você bem tesuda. Eu, seu comilança...
É bom né? Diga aí se não é? Tudo no
atrativo!
A marca das entregas no seu batom
inspirado,
Os lábios contra lábios, assim, o
princípio ativo
Do fogo, das chamas em desejos descarados...
Mainha, só sei que tenho um coração tuaregue.
E se o coração bate, a carne treme
sem enganos.
Portanto, quero saber se você come
esse reggae,
Da luxúria, do barroco, do sagrado e
do profano?
Ai amor! Sou douto e refinado,
Jogo-me nas copas do teu olhar
Movido pelas delícias do pecado.
Ah, sou um mar de lhe levar...
Ômodeudocéu! (kkk)
Zé Lalado
BAIANÊS
EMPREGADO:
Piriguete
– Mulher que se acha, Mulher atiçante.
Se ligue
viu? – Fique esperta (o)
Sou
madeira de dar em doido – Sou retado, Sou danado, Sou mais eu.
Abrir a
guarda – Dar bobeira, ser fácil.
Tô
adentrando, faça fé! – Estou entrando, acredite.
Nécomigonão
– Não é comigo não.
Eu passo
o rodo – Eu pego todas as mulheres.
Vou todo
– Vou inteiro, Vou com vontade.
Achego
das fêmeas petitosas – Amante das mulheres gostosas.
Largas
ancas – Bunda grande.
Ponta do
Humaitá – Um dos lugares mais bonito de Salvador na cidade baixa.
Umas
luas de agonias – Luas desejosas.
Em
vontades – Em quereres.
Noites
santas – Noites de muito namoro.
Oceano
de ressacas – Profundo quereres.
Tome e
tome – Mandando ver no namoro, sexo sem descanso.
Descaradas
mãos nas ancas – Buliçosas mãos acaricia a bunda da mulher.
A carne
é fraca - Aceitação da carícia sem resistência.
Negonas
no quero é mais – Mulheres no prazer total e querendo mais.
O coro
come, come – Sexo gostoso, o pênis
penetra em total prazer.
Uma,
duas, três vezes – Varias vezes de gozos.
Sobe e
desce coqueiro – Posição de fazer sexo, a mulher subindo e descendo no pênis.
Geme a
noite em delícias – Urros de prazer a noite toda.
No
querer da fissura – A vagina toda desejosa para penetração.
A fenda
aberta seduz o mastro rijo e brejeiro – A vagina atraindo o pênis duro e
delicioso.
Embocando
adentro no entra e sai da usura – O pênis, entra e sai, penetra na vagina gostosa.
Se rete
não! – Não se zangue!
O meu
sotaque molejo de baiano lhe alcança – O meu baianês (linguajar baiano) lhe
convence.
Nas
vontades escancaradas como sua alforria – A vontade dita é sua liberdade.
Você bem
tesuda – Você bem gostosa.
Eu, seu
comilança – Eu sou seu comedor, seu homem, seu gostoso.
É bom
né? Diga aí se não é? – É muito bom, não é? Afirme se não é?
Tudo no
atrativo! – Tudo no encanto.
A marca
das entregas – Manchas do batom na roupa ou no corpo do homem.
Batom
inspirado – Batom afrodisíaco, insinuante.
Principio
ativo – Inicio da provocação dos desejos.
Desejos
descarados – Desejos despudorados.
Mainha –
Minha gostosa.
Coração tuaregue
– Coração nômade, ambulante.
Se o
coração bate – Os desejos estão vivos.
A carne
treme sem enganos – Os gozos contínuos que estremecem.
Se você
come esse reggae – Me diga se você acredita no que estou lhe dizendo, falando?
Ômodeu!
– Ô meu Deus!
Ômodeudocéu!
Ô meu Deus do Céu!
Zé
Lalado