segunda-feira, junho 30, 2014

MARIA FELIPA A HEROÍNA DE ITAPARICA

Maria Felipa de Oliveira
 Maria Felipa retratada por Filomena Orge com base em relatos orais.
Maria Felipa

A “Heroína Negra da Independência da Bahia”, é assim que Maria Felipa de Oliveira é conhecida pela população da Ilha de Itaparica, mas quem é essa escrava, figura sobre a qual pouco ou quase nada se conhecia?
Figura de destaque nas batalhas pela independência ocorridas em Itaparica, Maria Felipa de Oliveira é descrita como uma negra alta e audaz que, sendo uma forte liderança em sua comunidade, tornou-se fundamental na organização da resistência insular.
Segundo depoimentos, ela nasceu na Rua das Gameleiras dentro do município de Itaparica e morou num casarão chamado de “convento” na Ponta das Baleias. Os quartos do prédio eram alugados para pescadores, marisqueiras, armadores entre outros. É descrita sempre vestida com saia rodada, bata, torso e chinelas. Sem data de nascimento definida, a Prof.ª Filomena Modesto Orge do Instituto Afrânio Peixoto, que elaborou o retrato da Heroína de acordo com descrições contidas nos relatos orais colhidos acredita que ela seja descente de escravos sudaneses.
Liderando um grupo de mulheres e homens de diferentes classes e etnias, a Heroína Negra da Independência, como é conhecida, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo, como também as chamadas “vedetas” que eram vigias nas praias para prevenir o desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários conflitos.
Durante as batalhas seu grupo ajudou a incendiar inúmeras embarcações: a Canhoneira Dez de Fevereiro, em 1º de outubro de 1822, na praia de Manguinhos; a Barca Constituição, em 12 de outubro de 1822, na Praia do Convento; em 7 de janeiro de 1823, liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias. Armadas com peixeiras e galhos de cansanção surravam os portugueses para depois atear fogo aos barcos usando tochas feitas de palha de coco e chumbo.
Após a independência Maria Felipa ainda manteve suas posições de desafio ao status quo e as reivindicações da população; na primeira cerimônia de hasteamento da bandeira nacional na Fortaleza de São Lourenço em Ponta das Baleias, Felipa e seu grupo do qual são conhecidas Joana Soaleira, Brígida do Vale e Marcolina, invadem a Armação de Pesca de Araújo Mendes, português abastado, e surram o vigia Guimarães das Uvas, evidenciando que as lutas da população itaparicana não haviam terminado e demonstrando a hostilidade que havia entre a população brasileira, principalmente negra e mulata – chamada de “cabras” – e os lusitanos que resultavam em conflitos denominados mata marotos. Neste episodio a multidão sai cantando pelas ruas: “havemos de comer marotos com pão, dar-lhes uma surra de bem cansanção, fazer as marotas morrer de paixão” (MARQUES, 1921, p. 236).
Maria Felipa de Oliveira é uma representação de como a comunidade itaparicana encara sua participação na Guerra de Independência. Seu caráter popular e aguerrido, suas atividades laborais – marisqueiras, no comércio de baleias, ganhadeira – sua identidade étnico-social – negra e pobre – fazem dela uma Heroína que agrega em si as características de um grupo que teve uma participação significativa no processo de libertação da Bahia, mas que permanece, sob vários aspectos, ignorado.
Essa personagem evoca também as lutas de resistência para as quais foram voluntários índios, negros, pescadores, marisqueiros – homens e mulheres – organizados em grupos unidos por um ideal comum, liberdade para sua terra, possuindo como principal vantagem estratégica o domínio do relevo e geografia local.
Itaparica e o Rio Paraguaçu eram de suma importância para o controle de entrada e saída de mantimentos, informações e armamento, na Baía de Todos os Santos ou no Recôncavo. Principal via de deslocamento do Recôncavo, o Paraguaçu permitia o acesso direto às vilas que encabeçavam a resistência. Em muitas narrativas, Maria Felipa é citada descendo de barco este rio com suas companheiras para levar mantimentos às cidades insurretas, armadas com peixeiras de mantear baleia faziam a vigilância do trajeto. Era imprescindível aos portugueses tomar a ilha para romper o bloqueio que impedia a entrada de víveres e reforços à cidade do Salvador. Itaparica destaca-se como um bastião na entrada da baía, nenhum navio entra ou sai, seja pela Ponta do Padrão ou pela Ponta dos Garcês sem ser notado e, mais importante, fica fora do alcance dos canhões das fortalezas.  
Até pouco tempo atrás, essa personagem era muito pouco conhecida e somente há alguns anos é que, iniciou-se uma campanha para o reconhecimento de sua importância. Sua existência foi preservada em grande parte pela tradição oral e ela foi integrada ao corpo simbólico da população itaparicana, citada por alguns autores como Xavier Marques no romance histórico O Sargento Pedro e pelo historiador Ubaldo Osório em A Ilha de Itaparica. Dalva Tavares Lima, Diretora da Biblioteca Juracy Magalhães Junior em sua Carta de Cessão lança alguma luz sobre isso:
 A resistência à Maria Felipa, em parte, se deu porque ela foi heroína de guerra, numa época em que somente homens eram convocados. A rejeição nas comemorações, por ser negra, faz de Maria Felipa na contemporaneidade, um dos símbolos étnicos da liberdade. (FARIAS, 2010, p. 33).

Mas existem outras personagens femininas de destaque na guerra de independência da Bahia como exalta Farias (1936 apud FARIAS, 2010, p. 67) “Há nessa guerra algo mais sublime que o heroísmo daqueles soldados improvisados ao fogo dos ideais da liberdade: é a abnegação das Baianas”, certamente o autor se refere à abadessa que morre para proteger suas noviças tornando-se uma mártir religiosa e, à mulher que se veste de homem abrindo mão de sua feminilidade para se tornar soldado. Maria Felipa transgride esses padrões por ser mulher e liderar um grupo armado e sendo negra e pobre e reivindicar direitos, mesmo quando a guerra acabou e as elites mostraram-se satisfeitas com seus resultados.
Dentro da História Social foi possível se iniciar o processo de resgate dessa heroína e, mesmo sem comprovação documental sobre Maria Felipa, sua existência já está registrada pela população itaparicana, através da memória que lhe confere diferentes significados, para estas pessoas ela é um personagem real inserido em suas histórias de vida e realidade social.
REFERÊNCIAS
FARIAS, Eny Kleyde Vasconcelos de. Maria Felipa de Oliveira: heroína da independência da Bahia. Salvador: Quarteto, 2010.
MARQUES, Xavier. Sargento Pedro: tradições da independência. 2. ed. Salvador: Catilina, 1921. 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AMADO, Janaína. O Grande mentiroso: tradição, veracidade e informação em história oral. História. São Paulo, n. 14, p. 125-136, 1995.
REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e Conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. 10. ed. Salvador; São Paulo: UNESP; Edufba, 2001.

______. Independência do Brasil na Bahia. Salvador: EDUFBA, 2005.

Créditos: Centro de Memória da Bahia (http://www.bv2dejulho.ba.gov.br/portal/index.php/personagens/mariafelipa.html)

sexta-feira, junho 20, 2014

SANTO ANTONIO



Muito dez Bethânia cantando Santo Antônio. Parem a Humaitá ao lado.


Espero que leiam todo texto sobre Santo Antônio, desopilação total, com certeza vão gostar!

Xiiiii... Santo Antônio! Não está mais rastafári? E de bandana? –Sim, sou eu mesmo! –OXÉM! E por que a bandana? Todo mundo sabe que o senhor é careca, né não? (kkk) -Se Bel que quebrou a Chiclete usa, eu não posso? –Mas, Bel não é santo... (kkk) –Pois é! Foi-se o tempo que lá elas gostavam mais dos carecas, repare... –O Senhor tá dizendo que Bel é careca, é isso, é? (kkk) –Sibarita qual a novidade? –Cuidado, Bel lhe processa e ainda faz o senhor contratar a banda dos filhos dele a 957 não sei das quantas! (KKK) –E lá isso é banda é? Aonde! –Rraapaazz... Quer se lenhar? (kkk) –Qual é a de Bel? Ele é careca, usa bandana! Aqui para nós, a minha careca é menor que a dele! (rsrsr) –E é? E aqueles cabelos nas laterais? (kkk) –É aplique! (rsrsrs) –Ô é? (kkk) –Eu mesmo passei a colocar a bandana porque as piriguetes dizem que fico fofinho sensual e que o Bel até se parece com lá eu! (rsrsr) -Me tire desse bolo! Seu santo deixe de onda, viu? (Kkk) –Onda? Agora é que tô comendo gente, haja! (rsrs) –Virou canibal, foi? –Oi, abaianei também o palavreado. -Foi? Aliás, lhe vi no bar do Rasta tomando cravinho, tomou todas hein? –E você com isso? Tá me vigiando? Você é minha nega agora, é? (Rsrs) –Ôxe! Onde já se viu Santo com nega? –Nem vou lhe responder! –Rrrppaazzzz... Que Santo é esse môdeu? –Ô meu brodi, procure o seu bloco! Tô aqui curtindo a copa na Bahia vem uma mizera dessa botar gosto amargo no meu lepo, lepo! –Oxente? (kkk) –Oxente, uma zorra, não feche sua cara não fique aí!  –Tá! (kkk) -Cara pálida me deixe viu? Vou conversar com Bandys, minha loira preferida, por onde andas? Humm... Venha! (rsrsr) –Meu Santinho Antonio, sou eu Bandys! –Que bom... –Oi o senhor está mais bonitinho de bandana! –Tô? Aiaiaia... (rsrsrs) –Se não fosse Santo, sei não... –Esqueça isso, aqui na terra sou igual aos outros... –Como assim? –Sou carnal, tão bom né? –Xiiii... (rsrs) –Ontem mesmo no Pelô... –O que ouve no pelourinho? –Ah minha filha, tive que tomar uns três Viagras para dar conta do recado, que negona era aquela! –Psssiiiii... fale baixo se ouvirem isso, o senhor é santo! (rsrs) –Que nada Bandys, abriu a guarda, vou todinho! (rsrsrsr) –É? –Sim, sou brocador!  -Meu Deus! –Oi estive no morro de São Paulo, menina... –Sim e ai? –Encontrei uma blogueira, peixão viu? –Peixão ou paixão? –Os dois! Pena, não me reconheceu! –Ué! –Paquerei e lá ela não deu bola, tirou onda! (rsrsrsrs) –Foi?  -Imagine, lá ela deve promessa, o afrodisíaco do Morro de São Paulo, perfeito para lá ela pagar, seria tão bom!  –Santo é esse? –Santo lepo, lepo, o gostoso! –Faço fé não! –Não faz? Tá brincando com fogo... (rsrsrsrss) –Até que o senhor não é de se jogar fora! –Não? Humm... Você não seria a primeira, fique com ciúmes não! Mas, veja o diálogo que tive com outra devota.

 -Minha filha, tudo bem? –Santo Antônio? –Sim, vim cobrar a promessa! –Meu Nego, perdão, esqueci, prometo pagar –Meu nego? Que liberdade é essa? Sou Santo! Se bem que... (rsrssr) –Se bem o que? –Sabe, a carne é fraca, e aí? (rsrsrs) –Oxente! Você é carne? –Posso ser! Pelo que vejo daqui, depois que você saiu do SPA tá um filezinho, apetitosíssima! (rsrsrs) –Ah, eu vou lhe denunciar por assédio! -Faça isso não que não dá em nada, essa justiça dai de vocês é falha! Além disso sou Santo, esqueceu?(rsrs) -Santo safado! –Fia, é  sou safadinho, tô na fome, tanto tempo nos altares do mundo nunca mais provei de uma carnezinha molhada nem me lembro mais qual o gosto! Acho que essa sua é da boa... ôie!(rsrsrs) –Meu santo, pode parar, não caio na sua gaiva não, me respeite, procure o seu lugar de Santo que é! –Oi, às vezes esqueço, viro carnal! Tão bom! (rsrsrs) –Que é, é sim! Numa rede então, delicia... –Ô, é? Hummm... (rsrssr) –Deixe de fissura seu Santo! Fiquei arrepiadinha... –Ficou? Não me chame mais de Santo, me dói a consciência! (rsrs) Me chame de Toninho... –De Toninho? –Sim, fica mais íntimo, né? Oi que bom! (rsrsr) –Seu Santo, ah, seu Toninho nesses meus 40 e poucos estou uma loba fogosíssima! Vem? Boto você para correr! (risos) –Bota, é? Ah bom... (rsrs) –Boto sim! Oi eu tava com um côroa que se dizia o retado e não é que ele bateu fofo! Me desapontou, que decepção... Esses homens de hoje sinceramente... –Pois é! Como estou há tantos anos resguardado não tem falha certa, é firmeza, faça fé! (rsrsrs) –Toninho, ele também dizia isso, mas, deu xabu e o escambau, o jeito, foi ele me comer com os olhos e não se deliciar do meu corpo escultural, ficamos no etc. e tal, logo agora, eu, uma lobíssima depois da reposição hormonal! –É mesmo? Ah vou descer para terra! (Rsrsr) –Descer onde omi? –Para a terra, quero ser mais santo não! Vou me dar bem com você, diga se não é? (rsrs) –Se for igual aos homens daqui melhor não vir... (risos) – Igual o que? Vou botar é para ferver! (rsrsr) –Vai, é? Toninho, você está muito velho, não? –Velho? Se você ver... sei não viu? Corre é para cima! (rsrs) –Não acredito muito nisso não, os novos daqui tudo fraco, flozô... Magina você! (risos) –Você tem web cam? –Tenho! Por quê? E ai tem? –Tenho uma escondida presente de um blogueiro quando veio para o lado de cá! Ai ele era flozô!(rsrs) -Era? Não tô lhe dizendo? Nós mulheres estamos na onça por causa disso! Uma falta de homem retada, é um Deus nós acuda quando aparece um de verdade! -Oxém! Como é que pode? Vou descer agora mesmo! Anuncie ai que tá chegando um nego véio, brocador cheio de tesão com tudo em cima! -Você tá maluco Toninho? Tá pensando que sou besta? Não vou anunciar zorra nenhuma, assim, você não sobra para mim, fico na minha e lhe escondo! (risos) -Ô vai? E será que eu comendo o mesmo feijão e arroz todo dia não vou enjoar? -O Que? Já tá querendo me trair, é? -Né não! É bom variar o prato! (rsrs) -Ômeudeu! Santo cretino, homem é tudo igual! Oi, fique por ai mesmo, não venha não! -Piriguete, você tá sendo egoísta tem que repartir o pão! (rsrs) -Repartir uma zorra, na hora que encontro um vou repartir? Vô não! (Ei, mulherada que tá lendo isso aqui nem pense em colocar os olhos no meu Toninho, ele é meu só! Jogo pimenta malagueta em seus olhos se zoiar meu homem. risos) –Moça, fala baixo, se descobrem isso aqui em cima tô lenhado! (rsrssr) -Tá! Necomigo não! Você não é Santo? Não faz milagres? Então... (risos) -Qual é o seu caso, quer me dedurar? Fique na sua, é somente nós dois! –Difícil acreditar, nem em Santo mais pode se confiar... -Dona moça, aproveitemos e liguemos a web. -Para que? Você não vem para cá? -Sim, vou... mas, é bom se ver antes, né? -Tá bom, liguemos as webs! –Aiaiaiaaiaiaia... Tô ligando a minha quero ver se você é isso tudo mesmo! Se for... Humm! (rsrs) –Liguei, pronto! Agora lhe vejo... Toninho você não é careca? -Sou! Coloquei uma cabeleira portiça para ficar mais bonitinho e ai gostou? -Xiiiii... É, dá para encarar no escuro!(risos) -Dá né? Se avexe não, vai gostar! (rsrs) -Você tá me vendo também? Gostou do material? -Sim, gostei. Você não é de se jogar fora não! Delicia... Como dizem ai na terra tô que tô, oi praqui... tá vendo? –Ahã... Que é isso Toninho? Vixe painho! É isso tudo mesmo? Monumental, vou todinha! –Vai, gostou? Ah, vai ser lepo, lepo direto (rsrsrs) –Ora se... Venha para terra, venha fio! Toninho, quem é esse cara que tá chegando ai? –Ai onde? Você quer cortar a onda piriguete? Faça isso não... –Toninho, olhe direito, tem sim, um cara chegando ai... –Aonde? Epa! Sujou, sujou... Desliga, desliga, é São Pedro! Se ele vê, isso é hora dele aparecer? É praga, só pode ser, fia depois a gente conversa, vou me picar, fuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (rsrsrsrs) -Toma sacana! Você não é Santo? Cadê você na web? Xiii... (risos) Agora que eu ia me assanhar... (risos)

O Sibarita


BAIANÊS
Visga-lo – Namora-lo.
Mandar andar – Mandar ir embora.
Lenhada – Acabada.
Tô – Estou.
Necas de necas – Nada de nada.
Pirraça – Gostosa.
Banho de loja – Compra de roupas novas.
Cada roupita colante – Roupa pequena colada que mostra a divisão do corpo.
Babantes – De queixos caídos.
Eu nem aí – Sem se preocupar com isso.
Curtir – Viver.
Oxigenar o cabelo – Pintar de loiro.
Furor – Admiração.
Fio Dental – Biquíni pequeno, uma tira de pano que entra nas partes da mulher.
Rapaziada vira animal – A rapaziada fica maluca.
Caldo de mingau – Gozo.
Meu Nego – Nome carinhoso para chamar alguém que goste, se quer.
Tô na fome – Estou com fome de sexo.
Carnezinha molhada – Sexo da mulher.
Gaiva – Enrolação.
Virar Carnal – Que só pensa em sexo.
Fissura – Sussurros.
Boto você para correr – Fazer a pessoa desistir do sexo por não agüentar mais de tanto.
Côroa – Pessoa com mais de 40 anos.
Da xabu – Falhar.
Escambau – Mais ainda.
Comer com os olhos – Como se fizesse sexo com os olhos.
Corpo escultural – Corpo bonito, violão.
Ficar no etc e tal – Somente se tocando sem penetração.
Omi – Homem.
Botar para ferver – Ser quente.
Se você ver – Se ver o sexo.
Correr para cima – Correr para cima do sexo do parceiro (a).
Flozô - Gay.
Magina – Imagina.
Na onça - Afim de homem.
Oxém – O que?
Ô meudeu - Oh meu Deus.
Cretino - Sacana.
Tô Lenhado – estou acabado.
Necomigo não – Não é comigo não.
Não se Avexe - Não se precipite.
Tô que tô – Estou muito afim.
Oi praqui – Olhe para isso aqui.
Gostou do material - Gostou do corpo.
Vixe painho – Exclamação quando vê uma coisa fora do normal.
Cortar a onda – Desviar a atenção daquilo que se está fazendo.
Piriguete - Mulher afim de homem, de fazer sexo.
Se picar – Ir embora rapidamente.
Lepo, lepo – Fazer amor.


 

quinta-feira, junho 05, 2014

CONSTÂNCIA


Constância

Mal a manhã desencarna da noite espessa,
A passagem pendular do amor para a paixão
Prescinde meditando as vontades expressas
Convocando o ofício vivido na rude solidão...

O tempo meditando o sussurro do abstrair,
Mistura os abismos do precipício ao ansiar
As vontades, algoritmo dos ventos, refletir,
No além de tudo um céu tão bom de amar...

Nas instâncias iguais e iguais nas chamas,
Ó tu meu desejo fiel, luz do olhar ardente.
O fogo que exala o aroma de ti descamba
Ao coração, morro abrasado e renitente...

Ó mariposa por entre chamas consumida
Do meu afeto devotado na força do ardor.
Essa flama aquecendo o meu peito é vida,
É luz inflamada anelando o fogo do amor...

Percorras os meus suspiros e pensamentos,
Força do amor mirada, apesar, da distância.
Tu e eu, chamas consumidas, fogo de alento,
Santuário de corações, desejos e constância...

 O Sibarita

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