sexta-feira, agosto 29, 2014

GAMBIARRA

Ai Zé Lalado a música "Quebrou a Cara" com a Banda Gasparzinho em São Paulo, lá eu estava lá, foi demais! Neto o cantou fissurou, arrebentou, aliás, a música está estourada. Caro leitor ouça que música porreta no ritmo do Arrocha aqui da Bahia, a letra então, Zé Lalado que o diga, isso ai de letra ele entende. 

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O Sibarita
Gambiarra

Ó buquê da noite, ninguém te sente e ninguém olha,
Flor emurchece em taioba do Paraguai, sem aroma!
Em uma balada qualquer ao léu a madrugada isola,
Gigolôs e vampiros do crepúsculo te fazem sombra...

No jogo de desejos, bom barato, o teu fogo é derramas,
Fogo redondo, afogueados passos que a noite promete.
Toda carne que se oferece, o desnudo adjudica na cama
E desfolha o teu corpo de entregas em sussurro falsete...

Piriguetinha sem pudor, bom de papo e toda gostosa,
Bota salto 25, vestido colante aguçado bem sensual.
Olhar incendiário, excitante, mamas peras, deliciosas,
Andar buliçoso, calcinha chama-gato, ai! Miiaaauuu...

Lábios carnudos, boca boquete e garganta profunda,
Corpo mata painho, mata miseravona! Todinha usura,
Indomável na cama, mar de manhas, a cobiça inunda,
O sexo explode, arquejam deuses nas tuas funduras...

Moça, quem dispara o olhar em tua direção voa dentro,
Diante ao teu seio todas as coisas se movem no lascivo,
Que oras faz chamas, que oras te rasga, sopra o vento,
E já mainha, já me parece que nas tuas mãos expiro...

Minha gambiarra, você pagou prá ver nos vãos do negar,
O tempo atento espia dos teus espelhos e eu na tua tara
Morrendo de paixão, e cadê? Então, amor, resolvi parar
Não tem mais jeito, você se lenhou toda, quebrou a cara!

Tá vendo aí mãe? Agora já era... (kkk)

Zé Lalado


BAIANÊS

Buquê da noite – Mulher da vida, profissional do sexo.
Taioba do Paraguai – Jarro chinfrim do Paraguai.
Bom barato – Coisa simples, comum, banal.
Fogo redondo – Fogo circular.
Piriguetinha sem pudor – Mulher sem escrúpulo.
Olhar incendiário – Olhar 45, olhar sensual.
Mamas peras – Seios volumosos.
Andar buliçoso – Andar mal-intencionado.
Calcinha chama-gato - Calcinha provocante.
Boca boquete – Boca que faz sexo.
Garganta profunda – Garganta que engole o sexo do homem.
Corpo mata painho – Corpo provocador sexualmente falando.
Mata miseravona – Mulher gostosa que mata o homem na cama.
Todinha usura – Mulher que é muita desejada.
Mar de manhas -  Mulher cheia de ardis, astúcias.
Voa dentro – Conquistar, ganhar a mulher.
Gambiarra – Mulher mais que piriguete.
Pagou prá ver – Não acreditou, não fez fé.
Se lenhou toda, quebrou a cara – Se acabou, ficou na pior.

Zé Lalado

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Aqui a música "Quebrou a Cara" com Harmonia do Samba


Aqui com Silvano Sales

Realmente demais com qualquer dos três interpretes.

terça-feira, agosto 26, 2014

AGLAYA

Aglaya

Ô lá ela, a piriguetona matadora de corações,
É todinha gostosa, ousada e libertina em fúria.
Corpão violoncelo, o arrebatador das emoções,
Impávido, carne explosiva em gozos, luxúrias...

Por entre assomos o carnal volvido em desejos,
Louquinha de amar a carne estremece na incúria.
Sonho-te deusa das lascivas aclamando os beijos
A chama, realeza serena em teu corpo escultura...

Vontades pagãs na opulência púrpura da donzela,
Fogo da suprema formosura em pompa soberana
Da graça e da pura beleza resplandecendo a bela
Safadinha, a vida flore-te nas emoções profanas...

Lânguida coma dos néctares sagrados nas curvas
Do teu corpo e os chiliques haurindo em carícias.
Os uis e ais dos teus beijos sensuais sabor de uva
E nos meus flancos, espasmos de gozos, delícias...

Resplendem à tua escultura a chama da devassidão,
Ó esplêndida, a soberana dos bel-prazeres radiantes.
A graça grega, desejosa sedutora, musa da fascinação,
O teu corpo arrebatado, feracidade, voos palpitantes...

O Sibarita

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SOBRE AGLAYA

As Cárites ou Graças, eram musas do encanto, da beleza, da natureza, da criatividade humana e da fertilidade, que dançavam juntas à luz da Lua na antiga Grécia. Habitualmente eram consideradas três: a menor Aglaya - o esplendor e beleza, Eufrósine - aquela que alegra o coração e Talía - aquela que faz florescer.

Aglaya,
- o esplendor - a resplandecente, a que brilha, a esplendorosa, a esplêndida - era a mais jovem e bela das três Cárites. Simbolizava a inteligência, o poder criativo e a intuição do intelecto. Segundo algumas versões, era esposa de Hefesto - ainda que a versão mais difundida é de que Hefesto era casado com a deusa Afrodite. Seu casamento explica a tradicional associação das Graças com as artes. Aglaya era mãe de: * Eucleia, deusa da boa reputação e a glória * Eufeme, deusa do correto discurso * Eutenia, deusa da prosperidade e a plenitude * Filofrósine, deusa da amabilidade as boas-vindas.

O Sibarita

segunda-feira, agosto 11, 2014

PASSIONAL

Passional

Na consonância dos céus, as marés suaves em nós,
Encantamentos da noite desejosa, intensa e vivida.
Pelo fogo, o lume mágico nos sortilégios da tua voz,
Sequioso afeto, suaves sussurros, beco sem saída...

Porque as paisagens do teu olhar perdido na lua
Rola despido e sensual como carícia na estância.
Do meu céu, as estrelas contemporâneas e nuas,
Piscam dentro do anoitecer cheias de distâncias...

O uivar lascivo do teu ser é anseio dentro de mim,
Reflexos na forma dos meus beijos macios, garoa
Molhando a tua amável boca sazonada tão assim,
Favo, melaço colhido em frutose de gozos, à-toa...

E os céus se afogam, faísca a noite desnuda, vadia,
Ao regaço dos desejos fecundos acasalando os azuis.
Rumor crepitante, murmúrios, suspiros em agonias,
Dançarás sexualmente ao som febril dos maracatus...

Os sinos do céu repicarão a alegria dos teus gemidos,
Ranger de luxúria, desejo passional, acena o coração!
Explodem as vontades do sensual, aflora a tua libido
Regando e suspirando pelo bel-prazer em confissão...

O Sibarita

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sábado, agosto 02, 2014

REBOCADO SE NÃO FOR!

Rebocado se não for!

Ô essa menina! Se picou e sumiu foi? O tempo é alado,
Seu olhar acaricia, dispara o meu coração e me faz viver.
A forma de amar são tantas, quero senti-las ao seu lado,
Fui ao sol para encontrar esse farol que brilha em você...

Eu tenho sede do seu amor, não me deixe morrer na seca,
Tô de espinhela caída no gume afiado das asas do coração.
Vem me regar mãe, eu balanço mais não caio. Minha nega,
Os aromas suaves se encontram, se misturam na emoção...

Minha pele negra é caminho, sol para todos os aconchegos,
O meu corpo é feito de afeto e vontade, linguagem e leitura.
Espelhando a luz da lua na plumagem da noite. Nos desejos,
Pretensão carnal gerida, entre, sua lucidez e minha loucura...

No claro escuro, a noite é, está. Tem você própria na fantasia
Da coisa, da fome, do humor, do sexo extraindo o seu profano.
Oie! Mais cedo ou mais tarde combinaremos todas as alegorias,
Minha outra metade: o sacro é o feroz de mim, desejos insanos!

Hum... Gostou, foi? (kkk) Ai meu Senhor do Bonfim! Você vem?
Vou me banhar na sua aragem e com você deslumbrar o infinito,
Devora-la, é bom né? –E aê? –Siba, você não me vale um vintém!
-Eu? Ó pai, ó! Ô mãe, por você até boto roupa nova, ave Cristo! (kkk)

O Sibarita

BAIANÊS

Ô essa menina – Ô dona moça, ô criatura, tratamento singelo a quem se gosta.
Rebocado se não for – Afirmativo, acredite, faça fé.
Se picou, foi? – Foi embora, sumiu
Mãe – Carinhosamente chamando uma mulher desejada.
Tô de espinhela caída – Estou apaixonado.
Vem me regar mãe – Vem me desejar mulher.
Minha nega – Chamando carinhosamente uma mulher.
Aconchego – Carinho.
Vontade Carnal – Desejo de fazer amor.
Não vale um vintém – Não vale nada.
Ó pai, ó – Olhe para isso.
Boto roupa nova – Se vestir bem para impressionar.

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