quarta-feira, abril 22, 2015

ASSIM...

Assim...

Quem contém a força vã que nos abafa o pensamento?
Se não, desejos que nos acendem em chamas e tochas,
À margem de um penhasco extraído das nossas rochas,
Em consenso com o céu no que dizes sem argumentos...

Mas, tudo o que brada e ruge é paixão, é fúria e alente,
Fronteiras das confidências, infinito íntimo aos luares.
Os gemidos e instintos navegam e ecoam pelos mares,
E no cais do teu peito: o amor, a minha brisa à frente...

Cultivadas pelos flancos, a aragem é suprema, é letal,
Mas, sabe meu amor? Estou, assim, cheio de assuntos.
O carinho a mil e o imo pulsando em desejos adjuntos,
Confidente, harmônico e refugiado no teu olhar fatal...

A fresca soprando em sua direção ao coração ascende,
Manifestando-se lascivamente pela sede ou pela fome.
O amor manhoso e alucinante, sibilando nos consome,
E por nós, essa paixão aportando, o fetiche se rende...

Em ais, em volúpias a essência tropical do céu lá fora,
Onde, amor e paixão dialogam nas vontades perenes.
Alvor e sol em teu coração nos dardos do amor indene
Sob a luz das noites em teus olhos daquele luar agora...

O Sibarita

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quinta-feira, abril 09, 2015

EPÍSTOLA

Epístola

Dengo, a noite foi feita para se namorar e se vigiar,
Assim, vigio e namoro! Sentimental: amo e escrevo.
Já está escrito sobre nós nas estrelas e o verbo amar
Conjugado mesmo em noites de charadas e desejos...

E, sobre as laudas abertas descem os assuntos raros,
O poeta em sua agonia afetiva respira as expressões:
Das carícias à volúpia e das coisas em cabal desvairo,
Extraindo a ferocidade das epístolas em confissões...

Adjacência das escritas, o delírio no céu das facetas,
Os labirintos íntimos, melodias, conceitos e luagem,
Contrapõe ás galáxias profetizadas que foste à eleita,
Ressaltam os vocábulos na meiguice das paisagens...

Nas confissões ocultas, saturadas, úmidas de desejos,
Disparam os contextos sobre a folha aberta da paixão
E escrevem em letras de chamas no alto do azul aceso
Cheio de estrelas e de luas sazonadas no meu coração...

E agora amor? Confessando-se, dispara-se o contexto,
Trocando as letras de seu próprio ansiar sem ressalvas.
O amor, o contorno da linguagem no que eu me avexo,
Ao que temos em comum, basta o respiro das palavras...

O Sibarita

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