sábado, setembro 19, 2015

ABSTRATA

Abstrata

Ai ai de nós por entre o amor e os nossos carnais,
O agora da paixão montado num touro selvagem!
Pelo extremo, o horizonte consolador, os punhais
Sangrando os sóis das afeições afins na aragem...

Do vocábulo a outro vocábulo o libertino inspira,
Une a efervescência, desejos pulsando o coração.
Pelo gume certeiro que a espada do amor aspira,
Abrandam-se fervuras nos pontos de interações...

Por entre pretextos, o querer enseja, sobressalta,
Trazendo-nos o canto propenso das luas fugitivas.
A lua que o coração no azul celeste unge vai alta,
Céu pleno, risos arejados em noites de esquivas...

Pelo precipício eternal, o amor rodeia suspirando,
Acende as tuas lanternas noturnas, noite de glória!
Ó alma doce os mistérios maledicentes palpitando
No teu corpo aromado de água de sol e magnólia...

Ó volúpias, ó essências, trazes no peito as vontades
Dessa fantasia tropical, volúpia, plenilúnio reticente.
O eflorescer das auroras e aromas de ti, a tua carne!
E este poema de arquitetura abstraída, tão carente...

O Sibarita

Humaitá Web Rádio, a música!
www.radiohumaita.com.br