domingo, janeiro 15, 2012

SOLILÓQUIO DE LUA

Solilóquio de Lua

Ai meu Deus! Essa lua de botequim
Bêbada, trêmula, zarolha e de ressaca
No céu azul anil olhando-me tão assim
Penetra no meu peito como uma faca.

Uma faca azulada, sem lâmina e sem cabo
Reverberando na noite sem um luzir se quer!
No ermo presa em si mesmo no menoscabo.
-Valha-me Deus! Arma branca, malmequer...

Arisca: rastro ágil, cortante de dois gumes
E na retina dos meus olhos a rota de fuga
Por estrelas escritas nesse luar sem lume...

Solilóquio de lua esguia em soneto de tântalo
No metal de arma branca, brilhando, cortando
O fundo do coração na fragrância do sândalo...

O Sibarita

5 comentários:

  1. Lua de botequim achei excelente. Muita criatividade.
    Imaginei a lua no céu bêbada, trêmula, zarolha e de ressaca. Sorri.

    Este sentimento não é muito legal não. Não combina com todas as suas luas, com seus céus, com Jauá...com o seu sorriso.

    beijo

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  2. Oie Siba espero que esse desânimo seja ressaca mesmo. Mas ainda com um tom esmaecido, a perfeição e a beleza desse soneto me traz uma lua azul, de tranquilidade que cintila dentro de mim.
    Amei o soneto Siba! Boa semana! Beijos

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  3. E os astros me encantam :) muito boa a metáfora da faca ;)

    _
    http://e-raumavez.blogspot.com

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  4. Olá Siba!!!
    Muitas flores em sua caminhada pela vida.
    Essa lua como rota de fuga é tão cruel como os sentimentos.
    Pelo meu entender, mas pelo sim pelo não, mais uma vez estás de parabéns....
    Beijinhos em seu coração e alma.
    Fiqeu na doce paz do mestre Jesus.
    Regina Coeli.
    Apareça, viuuuuuuuuu, não tenho mais blog mas sim email.

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  5. Oi, Siba

    Li e reli seus versos e não consegui captar as entrelinhas rsrsrs

    Sem dúvida, mais uma brilhante poesia, Seu estilo lírico é encantador.

    Parabéns!

    beijos

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O Sibarita