sexta-feira, setembro 15, 2006

MEU AMOR


(Réquiem)

Em qualquer noite, qualquer dia,
Apago o teu coração, o teu olhar.
Mato o desejo e no riso da agonia
Deixo gota a gota o amor sangrar...

Na pré-coma... na coma profunda
Corto o oxigênio e no estado terminal
Uma flor na lapela da dor que se afunda
E no descanse em paz farei o teu funeral!

Cremarei tudo: o amor, a paixão e a dor.
E sob a noite fria, sem lua, um pandeiro
Alforriado rufará sobre o mar desolador
Onde jogarei as cinzas à luz de candeeiro!

Te farei orações daquele meu antigo sonhar
E olhando o horizonte como desejo derradeiro
Será na missa de sétimo dia sob a lua de *Jauá
Que chorarei às estrelas por esse amor arteiro!

De luto mostrarei ao luar os sonhos que em ti sustentei
Transformarei em silêncio o presente das lembranças
E cortarei em mil pedacinhos o tempo em que te amei.
Oh, Deus! A porta entreaberta, ainda, range de esperança.

E no entanto, o réquiem dessa paixão cortada ao meio
São versos fúnebres... busco em ti o desejo que se lança
Em mim falta a metade inacabada do teu coração alheio
Por não saber se esse meu querer o teu amor alcança!

O Sibarita

*Jauá, lugarejo de praia com luar muito bonito,
distrito da Cidade de Camaçari/Ba. Litoral Norte de Salvador.
Posted by Picasa

9 comentários:

  1. Obrigada pela visita e comentário no meu bloguito...

    Bom fim-de-semana!

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  2. Oi,
    Vim retribuir a visita e deixar 1 beijinho.
    Que poemas lindos!

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  3. Muito bem, esse réquiem antecipado, a algo tão intensamente vivo. De versos longos, de mensagem larga, de sentidos fortes, de encher a alma.
    :-?

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  4. Olá!
    Vinha agradecer o teu comentário!
    Obrigado!!
    Beijoca
    Paty'S

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  5. Olá meu amigo
    ai chego aqui e vejo um post
    divino.
    vim te desejar um bom fim de semana
    e te deixar o meu
    :)))))))))))
    beijoooooooooo

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  6. Tudo bem... pode até matar um amor que não deu certo, mas nunca o AMAR.
    Beijos

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  7. Nao gosto da palavra "Requiem". nc gostei. assim cm n gosto de despedidas e de "matar" aquilo q sinto... mas gostei do poema. bj

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O Sibarita