Abstrata
Ai ai de nós por entre o amor e os nossos carnais,
O agora da paixão montado num touro selvagem!
Pelo extremo, o horizonte consolador, os punhais
Sangrando os sóis das afeições afins na
aragem...
Do vocábulo a outro vocábulo o libertino inspira,
Une a efervescência, desejos pulsando o
coração.
Pelo gume certeiro que a espada do amor aspira,
Abrandam-se fervuras nos pontos de interações...
Por entre pretextos, o querer enseja, sobressalta,
Trazendo-nos o canto propenso das luas
fugitivas.
A lua que o coração no azul celeste unge
vai alta,
Céu pleno, risos arejados em noites de
esquivas...
Pelo precipício eternal, o amor rodeia suspirando,
Acende as tuas lanternas noturnas, noite de
glória!
Ó alma doce os mistérios maledicentes palpitando
No teu corpo aromado de água de sol e
magnólia...
Ó volúpias, ó essências, trazes no peito as
vontades
Dessa fantasia tropical, volúpia, plenilúnio
reticente.
O eflorescer das auroras e aromas de ti, a
tua carne!
E este poema de arquitetura abstraída, tão
carente...
O Sibarita
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