Ventos
No escopo cíclico da vida agitada
Breves versos cândidos e soturnos
Brotam nos espasmos cru da alma.
Ao amor desespero o coração negado
Incendeia a lua e os ventos noturnos
Batendo na porta do tédio encadeado.
Despido, discorre em si e não medra
Sem armaduras na aflição do pesadelo
Dá salto mortal e pula de pára-quedas.
Nos céus e becos do poente que flameja
Esquecidas rosas ornam o amor pálido
Naqueles retratos sobre a penteadeira...
Do horizonte jorram os ventos semeados
No deserto do caos na flor do pensamento
Refletindo tenso no espelho empoeirado.
Mas, nas chamas ardentes da noite calma
Os passos insones beijam o amor peregrino
E faz brilhar no céu aquele sol que se apaga...
Quando a solidão encontra uma lua partida
Em toneladas de volúpias no fel do relento
Sem um riso, um olhar ou palavra perdida.
Racionalizo e dou um salto na escuridão
Como insano ou iluminado que a lua beija
Nos vestígios do breu varando o coração.
É que há ventos moucos e reminiscências
Então, subo aos céus e acendo uma estrela
No anoitecer embalsamado da tua ausência.
É na lápide que o desejo escreve e entrega
Para edificarmos no vento o que nos resta...
- O passado não há, se em ti, o amor renega.
O Sibarita
No escopo cíclico da vida agitada
Breves versos cândidos e soturnos
Brotam nos espasmos cru da alma.
Ao amor desespero o coração negado
Incendeia a lua e os ventos noturnos
Batendo na porta do tédio encadeado.
Despido, discorre em si e não medra
Sem armaduras na aflição do pesadelo
Dá salto mortal e pula de pára-quedas.
Nos céus e becos do poente que flameja
Esquecidas rosas ornam o amor pálido
Naqueles retratos sobre a penteadeira...
Do horizonte jorram os ventos semeados
No deserto do caos na flor do pensamento
Refletindo tenso no espelho empoeirado.
Mas, nas chamas ardentes da noite calma
Os passos insones beijam o amor peregrino
E faz brilhar no céu aquele sol que se apaga...
Quando a solidão encontra uma lua partida
Em toneladas de volúpias no fel do relento
Sem um riso, um olhar ou palavra perdida.
Racionalizo e dou um salto na escuridão
Como insano ou iluminado que a lua beija
Nos vestígios do breu varando o coração.
É que há ventos moucos e reminiscências
Então, subo aos céus e acendo uma estrela
No anoitecer embalsamado da tua ausência.
É na lápide que o desejo escreve e entrega
Para edificarmos no vento o que nos resta...
- O passado não há, se em ti, o amor renega.
O Sibarita
9 comentários:
Oi Sibarita
Nem sei como arranja tempo no meio da Festa para vir aqui deixar-nos palavras tão bonitas....
No dia 2 de fevereiro, na festa de Iemanjá, coloque no barco um pente e um espelho por mim, porque o perfume vai vosmecê lhe dar, não é mesmo? Eu vou estar aí de alma e coração, de hoje a 15 dias, mesmo....
Beijos, e continue escrevendo assim, que eu gosto!
Lindas palavras, amigo... dignas de um verdadeiro sibarita...
Fica bemmmm... Beijo...
"Torcendo" para que consiga ler meu comentário,escrevo pela segunda vez que sua poesia é MARAVILHOSA !
Deixo meu carinho,
Vera Lucia
Olá Sibarita
Quando visitei a Bahia foi precisamente esta imagem grande que aqui tem que mais me impressionou, adorei ver Orixás, no Dique de Tororó.
Eu, peço desculpa pela minha ausência, mas a minha vida tem estado complicada, tenho uma familiar muito querida com apenas 25 anos e está a sofrer há 8 meses, problemas graves, neste momento aguarda um transplante de coração.
No último dia do ano de 2007 dediquei-lhe o meu post de fecho do ano.
Nem sei como ainda tenho cabeça para andar por aqui...venho vindo aos poucos, mas...não com a mesma assiduidade de antes.
Sinto-me bem na blogoesfera, é aqui que muitas vezes venho buscar forças.
Bom fim de semana.
Um abraço.
Ai como eu preciso de um Abraço!!!
Oá amigo,
ADOREI! O Amor nunca se renega.
Obrigada pelas tuas palavras no meu cantinho.
:-) Beijinhos
Saltos no escuro são características de quem pode entender a lua e por ela se apaixonar, mesmo que o futuro não lhe deixe um passado...
Gostei muito!
Ando afastada por conta do trabalho, mas não deixo de aparecer de vez em quando! Um bêju minêro procê!
salve, salve O Sibarita!
grato, muito grato pela visita!
[]´s
Oie lindinho! Amei esse poema! É lindo, mas me passou tristeza, saudade, nostalgia... Eu também tenho esses momentos, faz parte, embora as pessoas gostem dos mais alegres. Mas é bom que em todos, possamos descrevê-los com autenticidade. Porque assim, eles vão passando e nos preparando para um novo e melhor que ha de vir.
E a lavagem, foi? Eu vi apenas pela televisão e dizendo: meu amigo Sibarita deve estar se esbaldando...
Fique com Deus e que sua semana seja feliz!
Beijos
Um dos seus melhores trabalhos que tive a oportunidade de ler, Sibarita. Não me surpreende, já que és capaz de subir aos céus e acender uma estrela.
Abraços!
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