Novo Ano
A noite anda mundaréu, reflete-se nos espelhos o ano novo,
As musas, gigolôs e mundanas, o reggae, a libido e a euforia
Tremulando como troféus, nos desejos, fervilham os gozos
Na beira-mar vertendo sodômicamente a mais pura afrodisia.
Pipocam-se os fogos, o novo ano nasce, surge na paisagem,
A noite sangra as últimas réstias do ano velho, desembarco!
É o tempo rodando sua foice deixando no céu a passagem
Aberta para o ano novo sair do berço, com ele, eu no vácuo...
Ai meu Ogum! Três, dois, um, uff! Ano novo, eu a bordo
Nos céus, estrelas piscando e uma lua plena em chamas
Demais! O que já foi, lá se foi... É, passou! Nada recordo
O ano velho se escafedeu todo em mil e uma escamas...
No esplendor da noite o banho de mar faz a limpeza espiritual,
Ah tô leve, de roupa branca, faço os preceitos para o meu orixá
Ogunhê meu Pai! Em Jauá, o céu, uma concha azul sobre o ritual
Atô Tô! Ogum de Ronda vem saudar o novo ano em Iorubá...
Sob o céu de Jauá um imenso girassol de fogos e artifícios,
Naquela dona moça que vende flores eu compro corações.
Aquela flor do réveillon desfolhou, como o mundo é fictício
No aroma do sache! A tudo esqueço: Ilusão e prantos vãos...
Ao som dos atabaques as moças quebram nos passos do ijexá
Nos meus olhos de navegação busco nessas negonas as vinhas,
Sim, o que tiver de ser, será! Mas, o que e a quem relembrar?
Aff! Então, me atiro, me entrego às carícias das donas mainhas...
Bafeja a madrugada, desejos e bacanais, o hálito do ano novo
Nos sargaços de entregas e quereres sob um luar de insônias
Ai a própria luz igual à escuridão o coro come na flor dos rogos
E nos uis e ais do novo tempo enflora-se o fogo da babilônia...
O Sibarita
A noite anda mundaréu, reflete-se nos espelhos o ano novo,
As musas, gigolôs e mundanas, o reggae, a libido e a euforia
Tremulando como troféus, nos desejos, fervilham os gozos
Na beira-mar vertendo sodômicamente a mais pura afrodisia.
Pipocam-se os fogos, o novo ano nasce, surge na paisagem,
A noite sangra as últimas réstias do ano velho, desembarco!
É o tempo rodando sua foice deixando no céu a passagem
Aberta para o ano novo sair do berço, com ele, eu no vácuo...
Ai meu Ogum! Três, dois, um, uff! Ano novo, eu a bordo
Nos céus, estrelas piscando e uma lua plena em chamas
Demais! O que já foi, lá se foi... É, passou! Nada recordo
O ano velho se escafedeu todo em mil e uma escamas...
No esplendor da noite o banho de mar faz a limpeza espiritual,
Ah tô leve, de roupa branca, faço os preceitos para o meu orixá
Ogunhê meu Pai! Em Jauá, o céu, uma concha azul sobre o ritual
Atô Tô! Ogum de Ronda vem saudar o novo ano em Iorubá...
Sob o céu de Jauá um imenso girassol de fogos e artifícios,
Naquela dona moça que vende flores eu compro corações.
Aquela flor do réveillon desfolhou, como o mundo é fictício
No aroma do sache! A tudo esqueço: Ilusão e prantos vãos...
Ao som dos atabaques as moças quebram nos passos do ijexá
Nos meus olhos de navegação busco nessas negonas as vinhas,
Sim, o que tiver de ser, será! Mas, o que e a quem relembrar?
Aff! Então, me atiro, me entrego às carícias das donas mainhas...
Bafeja a madrugada, desejos e bacanais, o hálito do ano novo
Nos sargaços de entregas e quereres sob um luar de insônias
Ai a própria luz igual à escuridão o coro come na flor dos rogos
E nos uis e ais do novo tempo enflora-se o fogo da babilônia...
O Sibarita