segunda-feira, novembro 05, 2012

ESTRELA

Estrela
Que pena! Se dos meus olhos
Envio-te mensagens decifradas.
É que fico na palidez do teu olhar
Largo de rumores e luas afogadas,
À noite a incendiar-te, e entre mim,
Labirintos, gris-notícias cifradas...

Já não sei mais... Absorvo o enigma,
Solerte adubação do olhar ocorrente
Refletindo o espelho denso/propenso,
Talvez... mendigo, desejos recorrentes
Dos teus olhos tenso-pretensos
Cauterizando todo sentimento...

Que outros se impregnam da tua seiva corrente,
Enquanto, reservas a mim o aroma distante?
Que outras bocas te dirão? Ah, o quanto sonhaste!
Ocupa-me dizer-te das primaveras mal abrigadas,
Flores temerosas, fugitivas, dissimuladas...

Mas, o coração flutua na leitura do olhar
Que ama em quem crê todo brilho,
Por quem se despe e por quem padece
De ânsias, de desejos, de suspiros...

E quando a noite bater na minha porta
Incendiada no lume das tuas íris,
A lua nova beijará a tua janela
Embriagada dos meus perfumes!

Zé Lalado
(Aimôpai, kkk)

10 comentários:

Anónimo disse...

Oi Siba,

Poema cheio de luz e de distância, porque a sua estrela está longe de você, a muitos, muitos quilómetros.
Aparece de quando em vez, mas o suficiente pra iluminar seus caminhos e elevar seus frémitos desejos.

Quando a vê ou a lê, sim, porque ela emite palavras com luz e muito fulgor, saídas do firmamento, você se transfigura e a imagina bem pertinho de você, ao seu alcance.

Por que não sonhar, se o sonho comanda a vida?

Continue pensando na sua estrela, que está lá longe, porque as estrelas, um dia, podem se mover, se aproximar e você verá o Paraíso bem perto de seu olhar e das suas mãos.

Mas, me prometa que não a irá aconchegar, junto ao seu peito, que arde de luz, porque de tanto a desejar e amar, pode "cegar".

Gostei muito das metáforas usadas na sua poesia. Inteligentes e calculistas. Quem consegue falar de catetos e hipotenusa, no amor, consegue construir o triângulo, sem transferidor, bastam as mãos, basta o amor.

Tenha uma boa semana, em harmonia e paz.

Luz.

Anónimo disse...

Eu, de novo!

O poema é de sua autoria ou de Zé Lalado?

De qualquer jeito, o meu comentário se mantém e se enquadra, em minha opinião.

Luz.

Lúcia Laborda disse...

Siba; simplesmente apaixonante, sonhador! Embora tenha uma pontinha de incertezas...
Mas está lindo demais!
Boa semana! Beijos

O Sibarita disse...

Respondendo a leitora Luz, Zé Lalado, Zé Corró e O Sibarita é a mesma pessoa.

O Sibarita

Anónimo disse...

Oi Siba,

Muito obriigada pela sua explicação.
É o que se chama ser polifacetado.
E a janelinha continua, não?
Dê um jeito, dá?

Abraço da Luz.

ELANE, Mulher de fases! disse...

Essa Sibarita é uma figura, Zé Lalado,kkkk, amei essse poema, ammor distante, esnobe né, mas onde tem flores tem chance de tudo se resolver,kkkk, bjoo, agora to voltando mesmo,kkkk

Naty Araújo disse...

Adoro poesias falando de estrelas.
E quanto mais distante, mais iluminará nosso caminho, não importa como.

Quanta luz em tuas palavras.
Que essa lua te ilumine e te guie sempre.
Que essa poesia soe afável em nossas vidas, apenas para o lado bom.

Revelando Sentimentos. Siga-me no twitter: @natthy_8 É só avisar que sigo de volta.
Um beijo.

Uma aprendiz disse...

Oi, Siba

Obrigada pela visita. Já tem coisa nova lá.

Sempre leio suas poesias, gosto de todas. Para não ser repetitiva, saio "à francesa".

Uma pena eu não saber ler estrelas. Nem íris.

Outrora até cri saber ler as entrelinhas kkkkkkkkkkkkkkkkk

Um beijo grande para o Zé Lalado kkkkkkkkkk

Claudinha ੴ disse...

Zé Lalado, apaixonado... Vai com fé irmão, uma hora o olhar dela se encontra com o seu! Lindo poema!
Um beijo!

Bandys disse...

Ola Zé Lalado, tanto tempo aqui e nunca tinha lhe visto...
le estrelas e fala de amor..hummmm

Sei não viu seu Lalado, esses suspiros...perfumes....acho que tu ta é lascado, kkkkkk

Belos verso moço.

beijos