Narcisa, a Alma e o Espelho
Há
óleos e breus nas noites que viveis...
Insólitos eclipses de luzes transpostas
que impregnam a face revelada, além de vós
a claridade é torta, a visão é oposta...
O tempo, a tempestade... Flores mortas!
Que te refaçam o jardim, as flores...
Tuas estações são grãos enevoados, no
ventre, há um silêncio na borda do vento
o eco e o uivo se esvaem... Foge o tempo!
Êxtases infinitos expostos em corredias,
que fertilizam, transluzem... Espelhos!
E na construção dessas horas, desnudam
cristalizando labirintos derradeiros...
Mil e um reflexos que se afundam,
Narcisa turva a alma em desespero!
É o Saara em tempestade, aniquilada,
ali a alma faz o próprio funeral... Esfinge!
No horizonte há um brilho de esmeraldas
morrentes no tosco espelho da alma inocente.
Nela, se vê o azougue de estrelas, há céu
e um crepúsculo nos charcos de bronzes.
São breus, véus em gotas de luzes veladas
no cinza-frio de uma alma penada defletindo
reluzente das trevas em luas sazonadas!
Insólitos eclipses de luzes transpostas
que impregnam a face revelada, além de vós
a claridade é torta, a visão é oposta...
O tempo, a tempestade... Flores mortas!
Que te refaçam o jardim, as flores...
Tuas estações são grãos enevoados, no
ventre, há um silêncio na borda do vento
o eco e o uivo se esvaem... Foge o tempo!
Êxtases infinitos expostos em corredias,
que fertilizam, transluzem... Espelhos!
E na construção dessas horas, desnudam
cristalizando labirintos derradeiros...
Mil e um reflexos que se afundam,
Narcisa turva a alma em desespero!
É o Saara em tempestade, aniquilada,
ali a alma faz o próprio funeral... Esfinge!
No horizonte há um brilho de esmeraldas
morrentes no tosco espelho da alma inocente.
Nela, se vê o azougue de estrelas, há céu
e um crepúsculo nos charcos de bronzes.
São breus, véus em gotas de luzes veladas
no cinza-frio de uma alma penada defletindo
reluzente das trevas em luas sazonadas!
Ao
longe, inflectindo no horizonte
O
brilho silente da ninfa Eco por inteiro
Narcisa!
Fechai os olhos diante do espelho...
O Sibarita
5 comentários:
Gostei do seu poema.
Está escrito com rigor e alma!
Saudações poéticas!
Poxa Siba esse poema está maravilhosamente lindo e infinitamente triste. Cheguei a senti um aperto no coração.
Beijos
Oi Siba,
Que mudança de temática!
Li, várias vezes, seu poema, mas não sei se o entendi, corretamente. Dizer que está lindo, mas triste, já percebemos, mas isso é pouco, é nada, penso eu.
Narciza é um nome que tem a ver com egoísmo e egocentrismo, portanto mulher com temperamento, desse jeito.
Quase todo o poema tem um tom um pouco fúnebre, cinzento com breu.
O espelho, a alma serão para ela reconsiderar sua maneira de agir?
Saio daqui, com um vazio nas mãos, desconsolada, mesmo.
Eu sei que você é versátil, mas passou do ângulo agudo para raso.
Entendeu, penso que sim, mas é preciso, para afastar interpretações com segundo sentido.
Luz.
Putz, Siba
Nada como estar entre "intelectuais" kkkkkk
Confesso que não tenho todo esse conhecimento literário ou poético para interpretar seus poemas. Ainda bem que alguns, que aqui passam, os tenha.
Mas no raso ou na superficie, se preferir, só posso dizer ADOREI.
Dificil mesmo decifrar Esfinges.
Que dirá sentimentos.
Estes últimos ultrapassam as barreiras da distância e do tempo.
Refletem em nós, mesmo de olhos fechados diante dos espelhos da vida.
um grande beijo de sua fã
Oi Siba,
Voltei pra ver se havia aqui alguma explicação sua.
De qualquer jeito, ouvir o romântico e incurável, Julio Iglesias, às vezes sim, às vezes não, já valeu a pena.
Bom final de semana, querido amigo.
Abraço da Luz.
Postar um comentário