Bem-aventurado Natal
...
"...Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel!" (Assis Valente)
Valha-nos Jesus Menino!
Você vê
o farol da Barra
iluminando a Bahia
de todos os Santos,
Você vê
o farol da Barra
iluminando a Bahia
de todos os Santos,
ao fundo, a ilha
de Vera Cruz
embelezando o seu recanto!
Você não vê
os alagados, a maré, os casebres
de tábuas sobre caibros
balançando ao léu com sua gente
tirando do lixo o sustento!
Não faz parte da sua história
esse povo sem memória...
Você vê
A lua chegar por sobre o seu pedestal
para iluminar a sua mesa farta
de produtos importados
na ceia de natal.
Você não vê
Crianças famintas pelas ruas,
nas sinaleiras, fora da escola
cheirando cola, não faz parte
do seu dia a dia essa escória!
Você vê, revê
abraça os seus amigos
na ceia natalina
ao lado dessa gente fina
grudada em sua resina...
Você não vê
crianças barrigas de lombrigas
num céu de desesperos
com estrelas hidráulicas
sustentando as pontes
que balançam aulicamente
nas asas dos ventos...
Você vê
os seus filhos
saírem para a balada do natal
cheios de presentes:
roupas, tênis de marcas
e coisa e tal...
Você não vê
o natal das crianças da maré
a espera de Papai Noel
com tamancos rachados
nas janelas dependurados...
E pela manhã, nenhum brinquedo,
nenhuma boneca, nenhuma bola
Papai Noel nunca vem, disfarça!
Isso, não lhe corta o coração, você isola...
Você vê
o dia amanhecer
tendo a mesa farta e o peru do natal
na confraternização e trocas de presentes.
Com a boca escancarada
embelezando o seu recanto!
Você não vê
os alagados, a maré, os casebres
de tábuas sobre caibros
balançando ao léu com sua gente
tirando do lixo o sustento!
Não faz parte da sua história
esse povo sem memória...
Você vê
A lua chegar por sobre o seu pedestal
para iluminar a sua mesa farta
de produtos importados
na ceia de natal.
Você não vê
Crianças famintas pelas ruas,
nas sinaleiras, fora da escola
cheirando cola, não faz parte
do seu dia a dia essa escória!
Você vê, revê
abraça os seus amigos
na ceia natalina
ao lado dessa gente fina
grudada em sua resina...
Você não vê
crianças barrigas de lombrigas
num céu de desesperos
com estrelas hidráulicas
sustentando as pontes
que balançam aulicamente
nas asas dos ventos...
Você vê
os seus filhos
saírem para a balada do natal
cheios de presentes:
roupas, tênis de marcas
e coisa e tal...
Você não vê
o natal das crianças da maré
a espera de Papai Noel
com tamancos rachados
nas janelas dependurados...
E pela manhã, nenhum brinquedo,
nenhuma boneca, nenhuma bola
Papai Noel nunca vem, disfarça!
Isso, não lhe corta o coração, você isola...
Você vê
o dia amanhecer
tendo a mesa farta e o peru do natal
na confraternização e trocas de presentes.
Com a boca escancarada
e o sorriso
entre os dentes
agradece esse belo momento.
Mas, você não se liga em Jesus
e nos seus ensinamentos
tocando em seu coração,
então, você vira o rosto
para o seu irmão faminto
quando Ele mandou repartir o pão.
Você não vê
o natal banquelo nos alagados
sobre os caibros
e que pela manhã o sol chega,
olha, disfarça e sem esperança
lacrimejando se joga das pontes
submergindo nos pinicos
de maré lentamente...
Você vê
a ficha cair, mas, não está nem aí
do seu baú de ouro
reluzindo o seu tesouro
com o mundo aos seus Pés
e Deus lhe olhando de viés!
Você não vê
o rumor dos seus passos
atados nos percalços
das trevas do seu coração
e no sentido oposto
a escória enxugando
as lágrimas do seu rosto
nesse poema parodiado
do seu espelho congelado!
Você vê,
apenas, lê
o zen astral
do seu signo
na coluna social
agradece esse belo momento.
Mas, você não se liga em Jesus
e nos seus ensinamentos
tocando em seu coração,
então, você vira o rosto
para o seu irmão faminto
quando Ele mandou repartir o pão.
Você não vê
o natal banquelo nos alagados
sobre os caibros
e que pela manhã o sol chega,
olha, disfarça e sem esperança
lacrimejando se joga das pontes
submergindo nos pinicos
de maré lentamente...
Você vê
a ficha cair, mas, não está nem aí
do seu baú de ouro
reluzindo o seu tesouro
com o mundo aos seus Pés
e Deus lhe olhando de viés!
Você não vê
o rumor dos seus passos
atados nos percalços
das trevas do seu coração
e no sentido oposto
a escória enxugando
as lágrimas do seu rosto
nesse poema parodiado
do seu espelho congelado!
Você vê,
apenas, lê
o zen astral
do seu signo
na coluna social
de qualquer
jornal...
O Sibarita
7 comentários:
Feliz Navidad y un gran 2013!
Desejo que você tenha um ótimo Natal, cheio de alegrias, harmonia e tudo que a nossa Caixinha de sonhos nos faz acreditar. Que esse Novo Ano que se aproxima seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita Paz para o nosso mundo, nossa vidas.
To na estrada.
Beijos
Olá, Siba!
Seu poema se chama LUCIDEZ.
Não sei dizer FELIZ NATAL em tantos idiomas, quantos os que me deixou em meus blogs, mas sei lhe dizer, FELIZ NATAL, NA SUA ESSÊNCIA, PUREZA E AMOR PELO PRÓXIMO.
Um abraço, em Cristo Redentor.
Luz
Siba; infelizmente isso acontece. E eu não gosto do natal exatamente por isso. Acho um tempo que perdeu o verdadeiro sentido e o que se vê é um comércio apelativo ao consumo. Mesas fartas, enquanto muitos nada têm para comer.
Feliz Natal! Que seja de renovação da fé, esperança. Muita paz e amor.
Beijos
Adoro ler sua poesia, tens um estilo próprio que admiro muito. Parabéns.
Te desejo um 2013 cheio de saúde e sucesso. Obrigada pelo seu carinho e amizade e que neste próximo ano possamos estar compartilhando muitas alegrias.
Anajá
Oi, Siba
QUE 2013 LHE TRAGA AINDA MAIS INSPIRAÇÃO POIS SEUS VERSOS E TEXTOS TORNAM NOSSOS DIAS AINDA MELHORES
OBRIGADA POR SUA AMIZADE.
FELIZ ANO NOVO
beijos
Infelizmente nem todo mundo pode ter um Natal como a maioria de nós (escritores neste blog) temos a oportunidade.É triste,mas é real.
Excelente reflexão meu lindo.
:-)
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