Selene/Cíntia
Vós
que viveis do silêncio intocado nos eus,
Bato
às portas dos vossos céus em tentação.
Entrego-me
em domicílio, devaneios meus,
Céu
feroz, castelo de areia, amor e sedução...
Observai
a vossa armadura, abrigo invisível.
Aos
vossos olhos, vereda do tempo, destino
Refletindo
sombras em brilho do céu risível,
Direção
de sonhos ouvindo os vossos sinos...
Morrente
astro, coro de sabiá e Cíntia nua,
Em
vosso peito, ressonam, cantos perdidos.
Primavera
e outono, plúmbeas noites cruas,
No
cerne: um amor mirado e outro sentido...
Finos
duendes, noites frias, orvalhos frescos,
Silêncio
e sossego dos dias quando nada flui.
Névoas,
quimeras arquejando de vós, ar seco
E
o luar das lajes na cerração se mostra à luz...
O pensamento
que gira amor alastra desejos,
Na
copa dos meus olhos, ecoa, dissemina sóis.
Alento
e consolação defletem meus espelhos,
Selene,
o crepúsculo original anoitece em vós...
O Sibarita
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Ouçam: www.radiohumaita.com.br programação natalina da zorra!
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NEGROS, HERÓIS.
Beatriz Nascimento
Intelectual, pesquisadora e ativista, Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju, em 12 de julho de 1942, filha da dona de casa Rubina Pereira do Nascimento e do pedreiro Francisco Xavier do Nascimento.
Teve a trajetória interrompida foi assasinada quando fazia mestrado em comunicação social, na UFRJ, sob orientação de Muniz Sodré.
Beatriz foi assassinada ao defender uma amiga de seu companheiro violento, deixando uma filha. Faleceu em 28 de janeiro de 1995 no Rio de Janeiro.
Formada, passaria a trabalhar como professora de História da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, articulando ensino e pesquisa. Nessa mesma época, passaria a exercer sua militância intelectual através de temáticas e objetos ligados à história e à cultura negras. Esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, em 1974, na Universidade Federal Fluminense (UFF), compartilhando com estudantes negros universitários do Rio e de São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral. Exemplo dessa militância intelectual foi a sua participação como conferencista na Quinzena do Negro, realizada na USP, em 1977, evento que se configurou como importante encontro de pesquisadores negros.
Concluiu a Pós-graduação lato sensu em História, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1981, com a pesquisa "Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas", mas seu trabalho mais conhecido e de maior circulação foi o filme Ori (1989, 131 mim), de sua autoria, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme, narrado pela própria Beatriz, apresenta sua trajetória pessoal como forma de abordar a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, emblematicamente representados na ideia de quilombo.
Beatriz Nascimento, ao longo de vinte anos, tornou-se estudiosa das temáticas relacionadas ao racismo e aos quilombos, abordando a correlação entre corporeidade negra e espaço com as experiências diaspóricas dos africanos e descendentes em terras brasileiras, por meio das noções de "transmigração" e "transatlanticidade". Seus artigos foram publicados em periódicos como Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de inúmeros artigos e entrevistas a jornais e revistas de grande circulação nacional, a exemplo do suplemento Folhetim da Folha de S. Paulo, Isto é, jornal Maioria Falante, Última Hora e a revista Manchete.
Formada, passaria a trabalhar como professora de História da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, articulando ensino e pesquisa. Nessa mesma época, passaria a exercer sua militância intelectual através de temáticas e objetos ligados à história e à cultura negras. Esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, em 1974, na Universidade Federal Fluminense (UFF), compartilhando com estudantes negros universitários do Rio e de São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral. Exemplo dessa militância intelectual foi a sua participação como conferencista na Quinzena do Negro, realizada na USP, em 1977, evento que se configurou como importante encontro de pesquisadores negros.
Concluiu a Pós-graduação lato sensu em História, na Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1981, com a pesquisa "Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas", mas seu trabalho mais conhecido e de maior circulação foi o filme Ori (1989, 131 mim), de sua autoria, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme, narrado pela própria Beatriz, apresenta sua trajetória pessoal como forma de abordar a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, emblematicamente representados na ideia de quilombo.
Beatriz Nascimento, ao longo de vinte anos, tornou-se estudiosa das temáticas relacionadas ao racismo e aos quilombos, abordando a correlação entre corporeidade negra e espaço com as experiências diaspóricas dos africanos e descendentes em terras brasileiras, por meio das noções de "transmigração" e "transatlanticidade". Seus artigos foram publicados em periódicos como Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de inúmeros artigos e entrevistas a jornais e revistas de grande circulação nacional, a exemplo do suplemento Folhetim da Folha de S. Paulo, Isto é, jornal Maioria Falante, Última Hora e a revista Manchete.
Carolina Maria de Jesus (1914 - 1977)
Carolina Maria de Jesus nasceu no interior de Minas Gerais, em Sacramento, no dia 14 de março de 1914. Vinda de uma família extremamente pobre, tinha mais sete irmãos e teve que trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Por isso, estudou apenas até o segundo ano primário.
Na década de 30, mudou-se para São Paulo e foi morar na favela do Canindé. Ganhava seu sustento e de seus três filhos catando papel. No meio do lixo, Carolina encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário.
Segundo Magnabosco, "mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento por ser negra e pobre, Carolina revela, através de sua escritura, a importância do testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade".
Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, repórter da Folha da Noite, Carolina teve suas anotações publicadas em 1960 no livro Quarto de Despejo, que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Em 1961, o livro foi adaptado como peça teatral por Edi Lima e encenado no Teatro Nídia Lícia, no mesmo ano. Sua obra também virou filme, produzido pela Televisão Alemã, que utilizou a própria Carolina de Jesus como protagonista do longa-metragem Despertar de um sonho (inédito no Brasil).
Em 1963, Carolina publicou, pela editora Áquila, o livro Pedaços da Fome, com apresentação de Eduardo de Oliveira. Em 1965 publicou Provérbios.
Na década de 30, mudou-se para São Paulo e foi morar na favela do Canindé. Ganhava seu sustento e de seus três filhos catando papel. No meio do lixo, Carolina encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário.
Segundo Magnabosco, "mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento por ser negra e pobre, Carolina revela, através de sua escritura, a importância do testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade".
Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, repórter da Folha da Noite, Carolina teve suas anotações publicadas em 1960 no livro Quarto de Despejo, que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Em 1961, o livro foi adaptado como peça teatral por Edi Lima e encenado no Teatro Nídia Lícia, no mesmo ano. Sua obra também virou filme, produzido pela Televisão Alemã, que utilizou a própria Carolina de Jesus como protagonista do longa-metragem Despertar de um sonho (inédito no Brasil).
Em 1963, Carolina publicou, pela editora Áquila, o livro Pedaços da Fome, com apresentação de Eduardo de Oliveira. Em 1965 publicou Provérbios.
Em 1977, durante entrevista concedida a jornalistas franceses, Carolina entregaria seus apontamentos biográficos, onde narrava sua infância e adolescência. Em 1982 o material foi publicado postumamente na França e na Espanha, sendo lançado no Brasil em 1986, com o título Diário de Bitita, pela editora Nova Fronteira.
Carolina foi uma das duas únicas brasileiras incluídas na Antologia de Escritoras Negras, publicada em 1980 pela Random House, em Nova York. Também está incluída no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, publicado em Lisboa por Lello & Irmão.
Carolina faleceu em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1977.
O Sibarita
Carolina foi uma das duas únicas brasileiras incluídas na Antologia de Escritoras Negras, publicada em 1980 pela Random House, em Nova York. Também está incluída no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, publicado em Lisboa por Lello & Irmão.
Carolina faleceu em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1977.
O Sibarita
12 comentários:
Siba infelizmente isso também faz parte da vida. É difícil mesmo compreender o que se passa com as pessoas. Mas a poesia é linda e cheia de anseios, desejos e inquietações.
Beijos
Siba estive assistindo os vídeos. Não conhecia a história delas. Beijos
Siba, meu Papai Noel baiano, amigão que guardo bem guardadinho lá no fundo do meu coração! Olha, nem sei como te agradecer pelo carinho e bondade que demonstras para com essa alagoana que te adoraaaaaa!!!!
Você é único! Grande poeta e homem das Letras que só engrandece esse nosso Brasilzão.
Natal de luz!
Ano Novo bem novo mesmo!
Não sei mais o que dizer...
Me abrace, me abrace...
Me emocionei...bjssssssss
Boa tarde, Siba!
Como está?
Não conhecia a história dessas mulheres, mas há muitas mulheres, mundialmente, que fizeram, HISTÓRIA.
E uma delas, nesse caso, até era Professora de História, então aí, "bebeu na fonte" como nós, os que têm formação superior em História, costumamos dizer.
Esse tipo de post, é mais de realização pessoal, queremos informar, mas, a nível de comentário, não "pega", não.
O importante é que alguém leu, escutou, pensou e analisou.
Me traduza, por favor, aquela expressão de saudação, acho que é pra saudar, em meu blog, no seu último comentário.
Obrigada!
Luz.
Siba, brigadão aí pela tua passagem lá pelo matagal!
Eu li Quarto de Despejo da Carolina de Jesus. Foi um dos livros mais impactantes da minha vida. O documentário Estamira se assemelha, em parte, com o depoimento da Carolina, você já viu?
Mil beijinhos...
Vim deixar um cheiro,beijo,abraço e:
MUITO OBRIGADA POR TUDO!!!...Eu volto.
Que histórias incríveis, seu moço. Em especial a da Beatriz, muito bonita.
Assim como o poema.
Siba,
Você como sempre impecável nos teus post!! Eu só fico aqui caladinha de bizu, kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ja trouxe a arvore depois trago o presente.
_________________°PAz°
________________°União°
_______________°Alegrias°
______________°Esperanças°
_____________°Amor°Sucesso°
____________°Realizações°Luz°
___________°Respeito°harmonia°
__________°Saúde°solidariedade°
_________°Felicidade°-°Humildade°
________°Confraternização-°Pureza°
_______°Amizade°Sabedoria°Perdão°
______°Igualdade°Liberdade°Boasorte°
_____°Sinceridade-°Estima-°Fraternidade°
____°Equilíbrio-°Dignidade-°-Benevolênciaº
______CAMPANHA MEU AMIGO ESPECIAL
__________________Que
__________________Deus
_________________Continue
_______________Te abençoando!!
Bjos em teu coração iluminado!!!
Olá, Siba!
Como tem passsado?
Obrigada pela completíssima e brilhante explicação dada em meu blog, a propósito da minha questão.
Tive de a ler duas vezes, pra interiorizar e ficar, com pelo menos metade do conteúdo na memória. OBRIGADA!
Seu pome é tão suave, tão implorativo e tão sensual!
Parece que está adorando uma divindade, sua amada, como que esperando uma luz, vinda do além.
SUAVE, SUAVÍSSIMO, MAS MUITO CARNAL!
FELIZ NATAL E UM EXCELENTE ANO NOVO, COM MUITO AMOR E POESIA.
Luz
Olá, como está?
Venho expressamente desejar-lhe um Bom Natal, para si e os seus!
Um poema de Natal em
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com
Meu amigo
Não conhecia a histórias dessas mulheres, mas gostei de conhecer.
Deixo a minha mensagem de Natal
Que todos os teus dias sejam Natal e do coração nunca se apague o sol
Que todos os momentos sejam plenos de felicidade...amor e esperança
Que todos os sonhos se transformem em realidade com a força do amor
Que o espírito do verdadeiro Natal renasça nas mãos de uma criança
Os meus votos de Feliz Natal junto de todos que te são queridos e
que a felicidade e o amor estejam sempre presentes na tua vida.
Um beijinho
Sonhadora
Oi, Siba
Mais um ano se finda e percebo que o passamos juntos, apesar da distancia.
Visitar seu blog é sempre um prazer para a alma e para o conhecimento.
Desejo-lhe tudo de bom e que seu Natal seja repleto de felicidade.
Que 2013 lhe traga mais inspiração, novas paixões e fortaleça ainda mais nossa amizade.
E que possamos desfazermos das armaduras do tempo e simplesmente nos amarmos com sinceridade de coração.
Este é o mandamento de Cristo para todos nós.
BOAS FESTAS
beijos
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