Dengo
Aimôpai!
Feche sua cara. Não como nada do seu alface,
Você
tá andando de cara aberta, à toa, é o capim novo, é?
Em
Jauá uma flor tenra agonia o meu juízo e sem disfarce,
Todinha
cabaço, corpo violão quer toda hora, até em pé!
Você
está me querendo, é? Vou todo safadinho, viu?
O
meu pensamento adeja, adentra em suas entranhas,
Não
brinque com fogo não! Vai aguentar, vai? Tô a mil
E
olhando a sua foto o meu corpo estremece na sanha...
Do
seu corpo mundano, fogaréu supremo em chamas.
Mata
lá eu, mata sua ordinária, venha deliciosa, venha!
O
desejo zanza, dobra nas suas curvas macias, lhe toma,
Na
relva negra da sua pelve, pomar exíguo, a brenha...
Que
me leva a todas as fantasias do seu corpo feitiço,
Ai
mainha! Jeito coloquial, quentura de astro, paraíso,
Emoções
despudoradas em que eu me atiro, me atiço,
Bálsamo
ditoso, alcance, ápice do sexo, perco o juízo...
Rebentou
Jauá: Sol, lua, mar, céu. Tudo aqui é
tão zen,
Doideira
de estripulias, a geografia da vadiagem se faz.
Ao
seu corpo de lua vadia, morro no seu cio meu bem,
Seus
lábios: abafabanca de cajá, sabor quero é mais...
Eu
como, eu como, você!
Zé Lalado
BAIANÊS
Aimôpai – Ai meu Deus.
Dengo – Amorosamente chamando uma mulher.
Feche sua cara – Fique séria, seja séria.
Você tá andando de cara aberta – Você está rindo
demais, alegre, muito alegre.
À toa – À vontade, sem problema.
É o capim novo, é? – Está de amor, é o amor novo ou
o novo amor é mais jovem.
Jauá – Lugarejo de praia no litoral norte de
Salvador.
Uma flor tenra – Um donzela, uma moça jovem.
Agonia o meu
juízo – Instigar a pessoa com atos sensuais.
Todinha cabaço – Toda virgem.
Corpo violão – Corpo bem feito, desejoso.
Quer toda hora, até em pé – Que fazer amor toda
hora até em pé.
Você está me querendo, é? – Você está com desejo de
fazer amor comigo?.
Vou safadinho, viu? – Vou bem gostoso, bem
desejoso.
Não brinque com fogo não – Não brinque com o
perigo.
Vai aguentar, vai? Tô a mil – Vai encarar, estou
com tudo.
Fogaréu supremo em chamas – Esta com o cio pelas
alturas.
Mata lá eu, mata-me – Me mata de sexo, mata.
Ordinária – Mulher que sabe tudo de sexo.
Venha deliciosa, venha! - Venha cheia de desejos.
Perco o juízo – Ficar doido.
Vadiagem – Fazer amor gostoso toda hora.
Abafabanca –
Tipo de picolé de fruta existente na Bahia é feito na cuba de gelo.
Eu como, eu como você! – Eu faço amor com você.
Comer tem esse sentido de sexo também.
Zé Lalado
9 comentários:
Vixiii, ta bem taradão.
kkkkkkkkkkkkk
Tomara que a mulher aguente esse fogo todo. Vem ai mes de junho com as fogueiras de São Joao.
Então aguente firme.
Uma otima SEXta
beijos
Pense numa criatura avexada!Penseeeeeee!Adorei ordináriooooooo!
Passei por aqui e dei uma risada bem gostosa,obrigada!
Beijos!
Ah! Meu rei...se você disse que é assim, então é.
Sibarita, comporte-se!
Beijinho!
Poema gostoso, viu?
Que tenha a devida resposta...
Bom domingo e grande abraço
Ai modeus!
Segurem este homem que hoje ele apronta! Um poema pegando fogo, quase que queima a telinha!
Rsrsrsrs, vai fundo Siba, que este amor o eleve!
Beijos!
Zé, seu danado, tu some, mas quando volta, eita que beleza! Só na malandragem e vadiagem, heim? Andou comendo pimenta, foi? Quanto alvoroço é esse? Isso é fogo demais num homi só, viu? Caiu na gandaia e ainda diz: eu como, eu como eu como?... Vai se lambuzar é?
Gostei demais viu? Com assanhamento e tudo!
Boa semana! Beijos
Venho agradecer o carinho deixado no meu blog
na verdade é sempre um conforto para o meu coração.
A realidade é monstruoso tudo que aconteceu comigo,
porém o conforto que recebo é uma oração .
Deus esta no controle das nossas vidas ou talvez
hoje não estaria aqui para te agradecer.
Nunca sabemos até onde um ser humano pode
chegar falta de responsabilidade
Obrigada mais uma vez e Deus abençoe você hoje
e sempre.
Evanir..
Eita, que Ze Lalado tá danado.Tá quentura. Loucão de paixão e de desejo.
abraço
Olá, o guri está inspirado, ninguém segura esse esse poeta. Aqui vadiagem é quem não quer nada com trabalho, interessante nosso vocabulário, cada região tem seu próprio jeito de falar.
Tenha um ótimo dia.
Postar um comentário