Evoé Baco! Cinzas...
Apagam-se as últimas réstias de luzes já é quarta-feira,
Amanhecendo... Os desejos ainda aflorados. Oh, Baco!
Sai de cena: eu, o profano e ela, a lua, obscena por inteira
Ébrio, rasgo minha fantasia de sibarita em mil pedaços...
Deixo estes versos de remissão para as donas meninas.
É que no Olimpo, o carnaval virou cinzas. E eu, o jogral
Desmonto o anfiteatro, limpo a coxia, fecho as cortinas,
E neste sétimo ato faço o hiato desses dias de bacanal...
Então, enfronho a bandeira do prazer... Faço o estorno
Dos amores frívolos e venais, queimo tudo, são cinzas!
Tenho, agora, nos lábios o sal... No mar, o sol tão morno,
No meu alforje, nenhum brilho dos gozos das meninas...
Deixo para trás a falsa abundância das carnes atiçadas,
Das mundanas da Conceição e da Montanha... Evoé Baco!
E tudo que deixou de ser nos orgasmos das moças recatadas.
Eu, o Sibarita, devolvo o manto do bacanal! Desembarco...
Na luz de todas as cores, na cor do sol, molusco em chamas,
Ai meu Deus! Todo esse fulgor, agora, se esmaece e se apaga.
Os desejos e o bacanal navegam no mar ouriçado de escamas,
Evoé Baco! O carnaval virou cinzas boiando de vaga em vaga...
Agora, recolho-me à reflexão, ao perdão. Adeus carnaval profano!
Ah! Faço as minhas penitências em quarenta dias de abstinência,
Em vigília, jejuarei, nenhuma donas moças, esqueço o mundano...
Ai Jesus! Na via sacra ressurgirei purificado no domingo de ramos!
O Sibarita
Apagam-se as últimas réstias de luzes já é quarta-feira,
Amanhecendo... Os desejos ainda aflorados. Oh, Baco!
Sai de cena: eu, o profano e ela, a lua, obscena por inteira
Ébrio, rasgo minha fantasia de sibarita em mil pedaços...
Deixo estes versos de remissão para as donas meninas.
É que no Olimpo, o carnaval virou cinzas. E eu, o jogral
Desmonto o anfiteatro, limpo a coxia, fecho as cortinas,
E neste sétimo ato faço o hiato desses dias de bacanal...
Então, enfronho a bandeira do prazer... Faço o estorno
Dos amores frívolos e venais, queimo tudo, são cinzas!
Tenho, agora, nos lábios o sal... No mar, o sol tão morno,
No meu alforje, nenhum brilho dos gozos das meninas...
Deixo para trás a falsa abundância das carnes atiçadas,
Das mundanas da Conceição e da Montanha... Evoé Baco!
E tudo que deixou de ser nos orgasmos das moças recatadas.
Eu, o Sibarita, devolvo o manto do bacanal! Desembarco...
Na luz de todas as cores, na cor do sol, molusco em chamas,
Ai meu Deus! Todo esse fulgor, agora, se esmaece e se apaga.
Os desejos e o bacanal navegam no mar ouriçado de escamas,
Evoé Baco! O carnaval virou cinzas boiando de vaga em vaga...
Agora, recolho-me à reflexão, ao perdão. Adeus carnaval profano!
Ah! Faço as minhas penitências em quarenta dias de abstinência,
Em vigília, jejuarei, nenhuma donas moças, esqueço o mundano...
Ai Jesus! Na via sacra ressurgirei purificado no domingo de ramos!
O Sibarita
7 comentários:
O sonho acabou, o ano começa de fato, e lá na maré, assim como em muitos outros lugares do Brasil, a panela está vazia, o carnaval consumiu todo o dinheiro da feira. Nossas autoridades continuam imorais, amorais e engordando cada vez mais.
Quem se importa? No próximo ano tem mais e, de quebra, ainda tem copa do mundo.
Pra frente Brasil!
Abraços!
Oie lindinho! Depressão pós carnaval? Acontece mesmo, mas nem isso tirou o brilho de tua poesia...
Nem a folia que se vai, o fulgor esmaecido, nem a reflexão, te fez perder o brilho, a inspiração, a magia!
Beijos
Agora é tempo de descansar.....
Beijos, Sibarita
E agora o ano começa né?
rss
Abçs,
Texto de hoje: cErTeZa...
Visite e Comente... http://oavessodavida.blogspot.com/
O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...
Sibarita,
Vamos lá... força na sua reflexão!
:-) Beijo
Sibarita faz penitência...até o próximo carnaval...e tudo recomeça outra vez.
E a maré é sempre a mesma, dias de mais dias de menos e a gente vai levando, a gente vai levando....
Beijo seu moço.
Alda
Simarita, meu querido!
Por favor, dá pra me explicar o que é Evoé Baco? Baco eu creio que seja o deus da cachaça, como já falei em outros comentários.
E nunca tinha pensado num abadá como o manto do bacanal. Mas a expressão ficou perfeita! Hehehehe.
Quer dizer que agora você vai se penitenciar por quarenta dias sem carne? :)
Bom, então cuidado pra não virar um gladiador, ok.
Abraços!
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