segunda-feira, outubro 15, 2012

A PSIQUÊ E A RAZÃO


A Psiquê e a Razão

Há uma esquina no metafísico da minha psiquê
Que foge do oculto e se esconde no teu olhar!
Quem sou? Não me perguntes, não tentes saber
Contenta-te, fita-me e que te bastes imaginar...

Não finjo, há sim, um dilúvio de luz na minha alma,
E na paisagem os sibilos de flechas na escuridão
Rompem em tochas o noturno da noite que se acalma
No azul dos versos, no eco do psicofísico da razão...

O meu cérebro é eletrônico no perímetro urbano,
Ele tem largas ruas, becos, labirintos e um delta
Na foz da psiquê desembocando no oceano insano
Da paixão que afoga todos os desejos na aresta...

Das solidárias sou servo... Colho os lírios da lua
E olhando das estrelas, na fé, sinos axiomáticos
Badalam na esquina do pensamento a face nua
Do fervor que brota no espaço mental somático...

Mas, trago no peito, um gramofone anunciando
Um coração partido ao meio e no zênite, o fogo
Do amor que devasta nuvens alvas reverberando
No espelho de quem me vê um anjo vesgo, coxo...

O Sibarita

7 comentários:

Anónimo disse...

Oi Siba,

Razão e coração nunca se encontram. Não se entendem.
Difícil esse seu "eu-lírico", nesse poema, que não me soube a amoras, mas talvez a fogo, cruzado, será?
Que venham a luz e a lua pra lhe adornarem o olhar.

Boa semana.

Lucinha disse...

Nossa depois de muito tempo aqui estou.... Fiquei longe por algum tempo e perdi os endereços mas encontrei um comentário seu e vim correndo deixar meu carinho...
Adorei seu poema, como sempre muito lindo....uma semana linda... estou levando seu endereço para vir sempre te visitar...
beijos

Lúcia Laborda disse...

Siba; vejo nas entrelinhas dessa bela poesia, a dualidade de sentimentos. Um lado cor, amor. Outro, escuro vazio... A psiquê corresponde ao mito, a fantasia que luta contra a razão. Por que essa luta? Medo de enfrentar sentimentos, ou uma aceitação inconformada?
Nessa luta do rochedo com a maré, ganhamos nós, seus leitores, porque temos a oportunidade de ler belíssimos poemas, escritos entre a realidade e o sonho.
Boa semana! Beijos

Lúcia Laborda disse...

Siba; vejo nas entrelinhas dessa bela poesia, a dualidade de sentimentos. Um lado cor, amor. Outro, escuro vazio... A psiquê corresponde ao mito, a fantasia que luta contra a razão. Por que essa luta? Medo de enfrentar sentimentos, ou uma aceitação inconformada?
Nessa luta do rochedo com a maré, ganhamos nós, seus leitores, porque temos a oportunidade de ler belíssimos poemas, escritos entre a realidade e o sonho.
Boa semana! Beijos

Uma aprendiz disse...

oi, Siba

Lindo!

beijos

Bandys disse...

Como escreve esse moço!!!!
Também quero colher os lírios da lua e ter só o coração, a razão não.
Estava viajando por isso minha demora.. mas eu tardo mas num "faio", kkkkkkkkkk.

Eita que tu ta lascado,

Me aguarde

beijos

Vanuza Pantaleão disse...

Ahhhh, esses seus sonetos metafísicos me paralisam a língua. Só quero ler e curtir!
Te adorooooo!