segunda-feira, outubro 01, 2012

MONÓLOGO

Monólogo 

Ó lua, tu que és do pensamento, gira o amar,
Caudatário de desejos na totalmente nudez.
Retórica, delicias  colhendo os beijos ao luar
Por amor rastejante de mestiça luz e avidez...

Fogaréus de entornos, primavera framboesa
Dos teus lábios mel, pajem de batom no viço
Para me amar, arquejar numa lua longueira,
Código solitário do teu coração queijo suíço...

Responde a natureza às caladas das camas
Nos lilases do amor letífero em íntima cena,
Solilóquio de anseios noturno sem derramas,
O amor descerrado, anfiteatro de açucena...

Tablado carcomido em poeira de sentimentos,
Véus na coxia acasalando a nata das sanhas.
Romance teatral no Jogo de confissão, alento
Ensombrado vibra afeto das tuas entranhas...

Onde o mar se quebra, céu e astros nos atalhos
Espreitados em suspiros correndo por memórias.
A fome e a sede: prelúdio cruzado indo pelo ralo,
Mas, o amor não morre na sua própria história...

Nos versos renunciados, solavancos soturnos,
Colheita, tempo psicodélico, cores dentro de ti.
Luar e estrelas se escondem atrás das nuvens,
Enquanto o amor surfa ondas gigantes no Havaí...

O Sibarita

13 comentários:

Lúcia Laborda disse...

Que doce, terno poema Siba! Lindos versos que divagam no amor que permeia entre o ser e o não ser. O ter e o não ter.
Boa semana! Beijos

Paula Barros disse...

Apreciando a construção do poema/soneto, algumas palavras que não me são familiares, sentimentos conhecidos, beleza.

Luna disse...

a lua o mar o amor trio perfeito para um belisimo poema
beijinhos

Anónimo disse...

Oi querido Siba,

Obrigada por seu terno e gracioso comentário, lá no meu blog.

Monólogo? Me parece que não. Tu tá falando com a lua! Né? (já tou quase falando como o pessoal da Baía, não?)
E depois o amor entra em cena e tu te sublimas, te envolves e procuras um sentimento, até com dança de véu, julgo.

Poema muito rico e com vocabulário, de primeira.

Boa semana.
Estou voltando, aos poucos.

Beijos da Luz, com carinho.

Anónimo disse...

Oi Siba,

Coloquei minha foto, dos tempos da faculdade, no painel de seu blog.
Posso esperar pela sua no meu?

Beijos da Luz.

Vanuza Pantaleão disse...

"O amor não morre na sua própria história", nem morrerá jamais!
Que vocabulário perfeito e com um quê de barroco, Siba! Olha, tu não leva jeito de morar debaixo das pontes, não. Sem essa, rapaz!!![risos]
Tu mora mesmo é numa senhora mansão no centro de Salvador, ou então,numa daquelas casas da praia de Itapoã.
"Passar uma tarde em Itapoã...ao sol que arde em Itapoã...ouvinso o mar de Itapoã...falar de amor em Itapoã...!" Pode crer!

Migo, uma noite loucamente enluarada para ti!Bjssss

Luís Paz disse...

Parece clichê, mas que lindo!
Muito talento, e o uso de palavras majestoso.
Romântico, fiel e brilhante.
gostei demais...

hey segue de volta e deixa um comment?
www.diademegalomania.blogspot.com

valeu

Vanuza Pantaleão disse...

Quer dizer que abobreira não pode subir porque abóbora é grande e pode cair? É...mas e a jaqueira?Hahahaha. Você quer lógica na natureza? Num tem não, meu anjinho baiano.
Siba, obrigada mesmo pelo carinho das tuas visitas!Bjsssss

Bandys disse...

Ah Siba vou ser sincera . hoje estou muito lora pra entender direitinho tudo que vc quir. Acho que esta apaixonado e querendo fazer graça pra muchacha,hahahaha.

E ainda mais o amor surfando nas ondas gigantes do Havaí, Salve meu pai.

Gostei do poema, mais tem é que ralar pra entender, kkkkkkkk;

Um beijo do tamanho das ondas do havai

Anónimo disse...

Oi Siba,

Monólogo, não me apetece, agora.
Preciso diálogo, palavras trocadas.
Transmitir estados de alma, é o que mais gosto de fazer.
As pesoas ficam felizes e "enamoradas" das palavras, só.

Resto de boa noite.
Abraços da Luz, com apreço.

Guacira Maciel disse...


Hum...poesia cada um entende segundo o que sente, né não mopai? rsrsrs...tô aprendendo...
Lindo e um vocabulário escorreito! rsrs
Beijo.

Gpoetica

Uma aprendiz disse...

Eita, Siba

Condordo com a Brandys, eu tb num entendi nadica deste linguajar erudito rsrsrsrs
Mas tenho certeza que sua musa entendeu.

Eu cá, mais simples e "inletrada", senti um bocado.

De tudo que foi dito reafirmo: Sorte a nossa que o amor não morre nem se explica, né não?

Tanto que te digo: te gosto muito, meu amigo.

Mesmo sem te entender completamente. rsrsrsr

beijos

Uma aprendiz disse...

Siba,

voltei pra elogiar mais uma vez seu blog.

Acho que "seleiro de conhecimento" é a definição correta pra ele.

Além de belas poesias, textos informativos, até com os comentários eu aprendo muito.

Sabe que nunca tinha lido a palavra "escorreito"? Pois é.

Por isso sempre volto aqui. E saiba que saio melhor..... sempre.

beijos