quinta-feira, novembro 27, 2008

CÉU e LUA

Céu e Lua.

Ah, essas pétalas de sentimentos nesses instantes
Em que, céu e lua, refletem/defletem nos espelhos...
Brincam, se banham de amor em toques fumegantes
Sob a noite aguçada no perfume de plenos desejos...

A teia da sedução e os momentos orvalham a aurora
Assim, se despe a vida do teu castelo belicoso e dorido.
Mas, o amor, sim, age, toma o coração, o amor é glória
Entoando aleluias nas manhãs nascentes do teu sorriso...

No teu olhar de sol amaranto, âncora acesa do coração
Oh lua, há doçuras e recifes habitados no teu cotidiano
É, do teu rochedo, nascem desejos, violinos e canções...

Louvemos as estações dos uis e ais ecoando aqui e ai
No bálsamo do viver sem o limite, em estado de graça
Em que somos céu e lua no vulcão de mim dentro de ti...

O Sibarita

quinta-feira, novembro 20, 2008

Dias


Caros leitores a poesia se casa com esse vídeo do Edson Gomes,
assistam, vale a pena, música e letra demais!



Dias...

Mas, não sei... Sei? O tempo é bala perdida
E não existe hora certa, existem os dias idos
Lembrando que há vida aqui para ser vivida
Na plenitude sobre o rosto dos precipícios...

Ah, eu falo do homem desconhecido, prosaico
Por entre coral e rochedo num mar de arregaça
Quando a fome, a miséria é o tic-tac dos assaltos
Assim, a vida, escorre nos instantes que se passa...

Não importa o que não se viveu se o tempo é insônia,
É roxo funesto! Ai Deus, tempestade em lágrimas de sal
Na solidão de ásperas clausuras afogando a babilônia...

A morte explode nas balas e fim. Corações em fatias!
O que houve da vida que não se viveu? Na amargura,
Recitemos os desertos, o ódio e os medos dos dias...

O Sibarita

sábado, novembro 08, 2008

TSUNAMI

Tsunami

Manda-me dizer da lua cheia no brilho das marés,
Se o amor busca em ti a fúria da paixão revestida
De todos os anseios de que somos viáveis sem viés
É que no brilho da tua face há vida para ser vivida...

Da janela dos teus olhos eu sorvo a seiva do sol
Refaço rumos pelos debruns da tarde em desejo
Depois do amor, depois de macerado pelo amor
Voltarei à tarde, à noite para roubar-te um beijo...

Meu tsunami há tempo tu me levas de roldão, cismo!
Com mel e flor de oásis por trás dos meus desertos,
No infinito, miragens de ti em rútilos versos do imo
Acendem todas as auroras dizimando crepúsculos...

E dos teus espelhos manda-me buscar se tens o dia,
Diz-me no fogo do coração, do amor e bem querer
Se é verdade que sem mim o tempo é de nostalgia
Que revestido de luz em puro desejo volto a te ver...

Eu me entregarei nas tuas chamas ardentes noites adentro,
Mas, escutai as ondas e a aragem. Olhai as tardes e o mar
Que nesta hora o verão floresce, sopra o frescor dos ventos
E dos meus lábios beijados de ti, ouvirá: é lua nova em Jauá !

O Sibarita