Novos filmetes “HERÓIS
DE TODO MUNDO”, são muitos, agradecemos à todos os comentários da primeira
postagem, continuem engrandecendo os seus conhecimentos assistindo aos novos
vídeos. VEJAM TODOS, É UMA BOA, FAÇAM FÉ!
PAREM A RÁDIO HUMAITÁ AO LADO
JULIANO MOREIRA
Juliano Moreira nasceu em uma família pobre, no dia 6 de janeiro de 1873, em Salvador. Muito jovem, em 1886 aos 13 anos de idade entrou na Faculdade de Medicina da Bahia. (Primeira Faculdade de Medicina do Brasil) Formou-se aos 18 anos em 1891, torna-se professor dessa mesma Faculdade no mesmo ano e, na época, já tinha trabalhos publicados em várias revistas científicas na Europa. De 1895 a 1902, freqüentou cursos sobre doenças mentais e visitou muitos asilos europeus (na Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Escócia).
Mãe Meninha do Gantois, a mais famosa Mãe de Santo do Brasil, uma mulher a frente do seu tempo. O terreiro do Gantois também um dos mais importantes do Brasil. Caetano, Gil, Gal Costa, Bethânia, Jorge Amado, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Caribé e muitos outros são alguns filhos de Santo do Gantois.
João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, em 1880. Filho de ex-escravos, aos 14 anos entrou para a Marinha, instituição que na época era composta por 50% de negros, 30% de mulatos, 10% de caboclos e 10% de brancos. João Cândido entrou para a História como líder da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910, contra os castigos físicos impostos aos marinheiros. Por conta deste evento, foi apelidado de Almirante Negro.
Chiquinha Gonzaga, Francisca Edwiges Neves Gonzaga
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847. Seus pais -- uma mulata solteira e o Marechal Jose Basileu Neves Gonzaga, na época primeiro tenente -- só viriam a se casar quando Chiquinha tinha três anos. Por conta da família paterna, Francisca teve a educação esmerada dada às moças de boa estirpe no século XIX.
Líder da insurreição negra que fez parte da Balaiada. Uma das maiores rebeliões populares da História do Brasil. Negro Cosme defendeu o fim da escravidão.Cosme Bento das Chagas nasceu em Sobral, CE, por volta de 1800. Nasceu livre e vivia de pequenos expedientes, sabia ler e escrever. Foi preso em 22 de setembro de 1830, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro em Itapecuru-Mirim, sendo enviado à capital São Luis. Cosme fugiu da cadeia em 1° de maio de 1833, depois de liderar um levante de presos. Ficou foragido até 1838, quando foi capturado em Codó. Neste tempo ficou escondido em vários quilombos da região de Itapecuru Mirim.
NR. NOS ENSINAM NA ESCOLA QUE DUQUE DE CAXIAS É UM HERÓI, OLHA O QUE ELE FEZ COM O NEGRO COSME.
Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 11 de julho de 1901. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas idéias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.
Caro(a) leitor(a), por
comemoração do novembro negro (Consciêncianegra) coloco vários filmetes chamados de HERÓIS DE TODO MUNDO
patrocinados pela PETROBRAS sobre os negros brasileiros que não são ditos,
falados nas escolas e mídias. Infelizmente, esses HERÓIS NEGROSsão desconhecidos da maioria do povo
brasileira.
Está nação se fez pelas mãos
escravas, com os movimentos negros nascidos na Bahia, como ILÊ AIYÊ, OLODUM,
INSTITUTO CULTURAL STEVE BIKE e MNU-MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO. A nível nacional A COR DA CULTURA. A nível de Governo Federal a FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES vinculada ao Ministério da Cultura é a partir dessas ações que começa a INCLUSÃO dos NEGROSem
todos os setores da sociedade brasileira.
Aquele leitor(a) que se
dispuser a assistir os filmetes terá oportunidade única de aumentar os seus
conhecimentos e orgulho de ser negro e dos negros deste pais.
Agradecemos à PETROBRAS pela
iniciativa e patrocínio do projeto HERÓIS DE TODO MUNDO, ao Governo Federal que
vem inserindo nas Universidades públicas as COTAS RACIAISpara os negros o que é muito importante,
apesar, dos partidos de direita DEM, PSDB e PPS entrarem no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL contra as
cotas, mas,perderam por unanimidade,
eles da direita não se conformam que o NEGRO é gente, é humano e que podem e
devem galgar uma Universidade! Esses PARLAMENTARES QUE SÃO CONTRA AS COTAS
RACIAIS acham que nós os negros devamos morrer analfabetos, para eles, NEGROS
BOM, É NA COZINHA, AS DELES, PREFERENCIALMENTE!
Nestes dois primeiros filmetes
a vida de Luiz Gama que nasceu livre na Bahia por ser filho de português com a
escrava Luiza Mahim. Ela foi uma das que organizou a REVOLTA DOS MALÊS EM 1835
na Bahia. O pai de Luiz Gama atolado em dívidas o vendeu como escravo para a
província de São Paulo.
O Sibarita
PARE A RÁDIO HUMAITÁ AO LADO, ASSISTA AO FILMETE SOBRE LUIZ GAMA.
Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em
21 de julho de 1830 na provincia da Bahia. Era filho de um português e de Luiza Mahin, negra acusada
de se envolver com a Revolta dos Malês, na Bahia a primeira grande rebelião
urbana de escravos da história do Brasil. Aos 10 anos, tornou-se cativo,
vendido pelo próprio pai.
Personagem histórica, partícipe da revolta dos Malês. Figura histórica que lutou contra a escravidão. Viva na memória popular como símbolo de combate à sociedade escravista. Mãe biológica de Luiz Gama.
Ouçam a música de Edson Gomes "Capturados" A letra, bom a letra demais! Desliguem a rádio Humaitá ao lado.
Zé Lalado
Caro leitor, neste 20 de novembro se comemora a morte de ZUMBI DOS
PALAMARES e o dia da CONSCIÊNCIA NEGRA em sua homenagem. Espero que leia todo o
texto que é de suma importância sobre Zumbi, o Reino de Daomé (Hoje, República
do Benin) de onde vieram à maioria dos escravos para a Bahia dos quais somos
descendentes diretos. Tem também a poesia
Daomé (Escravos). Tomara que goste, boa leitura e reflexão!
Zumbi foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares de 1655 a 20 de
novembro de 1695. A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quibundo
"nzumbi", e significa, "duende". No Brasil, Zumbi significa
fantasma, segundo a crença popular afro-brasileira, vagueia pelas casas a altas
horas da noite. O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Estado
de Alagoas) era uma comunidade autossustentável, um reino (ou república na
visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas,
prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de
Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas.
Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.
N.R. - Na
realidade, Zumbi nasceu no interior do Estado da Bahia ao qual Palmares
pertencia. O Estado de Alagoas não existia, o território baiano era imenso
fazia divisa com os Estado do Maranhão e de Pernambuco. Muitos anos depois é
que nasceram os Estados de Sergipe e Alagoas com a divisão do território
baiano.
Zumbi nasceu em Palmares,
Bahia, hoje, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um
missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado
'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e
ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de
aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de
origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era
um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo
conflito com o Quilombo de Palmares se aproximou do líder de Palmares, Ganga
Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos
fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a
proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou
a proposta governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba prometendo
continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo
líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista
Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de
fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de
ter sobrevivido, foi traído por Antônio Soares, e surpreendido pelo capitão
Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado,
resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de
novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e
Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a
crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
*Daomé (Escravos)
Rota de tráficos,
Daomé capturada, circo dos temores.
Nos céus de
bronze, oceano de trevas e povo inocente
Chicoteado em navios negreiros o palco dos horrores,
Enquanto, senhores
e açoites se olham secretamente...
Pelos oceanos navegando
a miséria, a tempestade!
O navio negreiro, no seu porão, o povo de Daomé.
Penumbra, fome, dor nas chibatadas da crueldade,
Ranger de dentes, capturados acorrentados aos pés...
A manopla dos dias pesa nos teus corpos, desgraça!
Sonhos se desfazem sob o céu de temor e tremores,
O sol da tua pátria na distância do cativeiro refrata,
Chicoteia o lombo dos escravos, céus dos horrores...
Oh, vidas
ceifadas, como se ultraja assim o firmamento,
Onde estão os anjos? A cor dos céus é negra ou branca?
Maldição! Nas senzalas, entoam-se os cantos de lamento,
O amanhecer veste-se de sangue, o vil chicote espanca!
Na amplidão do
horizonte o tinir dos ferros destrata,
O sangue jorra, banha o sol de vermelho sobre o sal.
Estalam os açoites, negros arquejam, roda a chibata,
O horror cobiça teus corpos, a morte te faz o funeral!
No palor, a lua espia a peleja do incerto em céus varonil
Ruge a desgraça, o povo de Daomé geme na escravidão!
Os escravizados forçados a trabalhar neste imenso Brasil
O chicote no ar, o chicote a sangrar pelo bem da nação...
Na indigência de um povo escravo não há o que resumir
Sim, somos nós, filhos dos desgraçados, dos capturados,
Ó tempo! Mas, não temos desonra em admitir e assumir
Em cada pedra do Pelourinho está o sangue derramado...
Descorados sóis,
véus das dores, a história não condiz,
A aflição, a
exploração de um povo roubado, macerado.
Por toda desgraça
aos teus filhos são negados a ser feliz,
Somos nós os
encarcerados, os castrados, os favelados...
Descem dos dias
onde a desventura sibila nos morros!
Jogados nas
calçadas, nas favelas de primaveras toscas,
Nos buracos sem que ouçam os nossos gritos de socorro,
E sobre as nossas covas, luas de milênios, frígidas, ocas...
Pálidos guerreiros nas escuras profundezas do abismo
Estremecem-se nos horizontes dos céus reverberados,
Choram nos ferros gusa por teus descendentes nascidos
Sob a lei do ventre livre. Na saga, jazemos escravizados...
Por isso não temos vez e sempre estamos nas cozinhas
No papel menor, no papel pior, servidão que nos corrói,
Degenera a nossa sina na pele negra de Joãos e Marias,
A chibata estalando, a chibata sangrando até hoje dói...
Ó, auriverde pendão do meu Brasil, ruge no teu estandarte
A saga, onde, crianças negras são aprendizes de marginal.
Aos ferros embate de um potente povo sempre em descarte,
Deus, Deus! Onde estás? Nos liberta deste cativeiro mental...
O Sibarita
O povo de Daomé
DAOMÉ
Daomé – Nação Africana, hoje República
do Benin, a maioria dos escravos vieram para a Bahia, nós baianos somos
descendentes direto desse povo, ou seja, temos um pé na África, muitos de ainda
tem parentes por lá e existe intercâmbio entre a Bahia e o
Benin.
Aqui em Salvador existe a Casa de Benin localizado no Pelourinho para
visitação, e em Porto Novo capital do Benin tem a casa da Bahia. Em ambas as
casas são mantidos e expostos todos os laços que nos unem. Foram desses
escravos que nós os seus descendentes herdamos a culinária magistral a base do
dendê. O acarajé, o abará, a moqueca, a cocada e por ai vai... tão presentes no
nosso dia a dia tem sua origem no antigo Reinado de Daomé .
Herdamos também a sua cultura, como a capoeira, a dança, a música e o seu jeito
de falar e ver as coisas. Ressaltemos também que a Bahia é o estado mais negro
do Brasil e o que tem mais negros fora da África.
O Dahomey (Daomé em português) reino africano,
hoje, República do Benin. O reino foi fundado no século XVII durou até o século
XIX, quando foi conquistado com tropas senegalesas pela França e incorporado às
colônias francesas da África Ocidental.
O seu apogeu econômico ocorreu no início do
século XIX com a exportação de grande quantidade de escravos para o Brasil e
Cuba, o seu litoral era conhecido como Costa dos Escravos. Pasmem, um dos mais
famosos traficantes de escravos nesta época foi o brasileiro Francisco Félix de
Souza, o Chachá de Uidá.
Daomé torna-se em 01/08/1960, formal e
totalmente independente da França.
Pelourinho – Local em Salvador onde os negros
eram barbarizados, chicoteados, hoje, bairro de resistência ao racismo.
Senhoras e senhores, adorável
público... Boa noite! Versando à amada, ali está, o
palhaço em evoluções. No globo da morte, o amor faz e
acontece nos açoites. Encerrando o espetáculo! Ele, o domador
de emoções...
Amada, entrego-te o coração
escrevendo o teu nome Sob a lona desbotada deste circo,
agora eu, o palhaço Arranca gargalhadas da plateia no
fel do teu assombro, Enquanto, no trapézio, animo o
céu dos meus farrapos!
No suor das gargalhadas nasci
palhaço para te amar E desse picadeiro abro consulta
ao livro dos oráculos. Avoco, digo o teu nome, em
resposta vejo o teu olhar, Costuro no então a lona rota na
seiva do espetáculo...
Reinvento a inocência brincando
de ser palhaço A melhor parte! No picadeiro como
berço do riso O meu coração faz acrobacias ao
léu... Disfarço E clamo aos espectadores que
rimem flor e dor!
Dar-te-ei o sol das copas
orvalhadas do meu olhar E nas peripécias do teu
coração... Laço e enjaulo! Amor felino! Eu, o domador de
emoções sob o luar Desta lona rota e nesse
trampolim, balanço, caio...
Admirável público meu cordial
muito obrigado, Encerrando este espetáculo bradem
comigo!
"O raio do sol suspende a
lua, Olha o palhaço no meio da rua...”
Há
óleos e breus nas noites que viveis...
Insólitos eclipses de luzes transpostas
que impregnam a face revelada, além de vós
a claridade é torta, a visão é oposta...
O tempo, a tempestade... Flores mortas!
Que te refaçam o jardim, as flores...
Tuas estações são grãos enevoados, no
ventre, há um silêncio na borda do vento
o eco e o uivo se esvaem... Foge o tempo!
Êxtases infinitos expostos em corredias,
que fertilizam, transluzem... Espelhos!
E na construção dessas horas, desnudam
cristalizando labirintos derradeiros...
Mil e um reflexos que se afundam,
Narcisa turva a alma em desespero!
É o Saara em tempestade, aniquilada,
ali a alma faz o próprio funeral... Esfinge!
No horizonte há um brilho de esmeraldas
morrentes no tosco espelho da alma inocente.
Nela, se vê o azougue de estrelas, há céu
e um crepúsculo nos charcos de bronzes.
São breus, véus em gotas de luzes veladas
no cinza-frio de uma alma penada defletindo
reluzente das trevas em luas sazonadas!
Que
pena! Se dos meus olhos
Envio-te mensagens
decifradas.
É que fico na palidez
do teu olhar
Largo de rumores e
luas afogadas,
À noite a incendiar-te,
e entre mim,
Labirintos,
gris-notícias cifradas...
Já não sei mais...
Absorvo o enigma,
Solerte adubação do
olhar ocorrente
Refletindo o espelho
denso/propenso,
Talvez... mendigo,
desejos recorrentes
Dos teus olhos
tenso-pretensos
Cauterizando todo
sentimento...
Que outros se
impregnam da tua seiva corrente,
Enquanto, reservas a
mim o aroma distante?
Que outras bocas te
dirão? Ah, o quanto sonhaste!
Ocupa-me dizer-te das
primaveras mal abrigadas,
Flores temerosas,
fugitivas, dissimuladas...
Mas, o coração flutua
na leitura do olhar
Que ama em quem crê
todo brilho,
Por quem se despe e
por quem padece
De ânsias, de desejos,
de suspiros...
E quando a noite bater
na minha porta
Incendiada no lume das
tuas íris,
A lua nova beijará a
tua janela
Embriagada dos meus
perfumes!