sexta-feira, outubro 30, 2015

ABSORTO

Absorto

Meu bem, sim, sei, te mando notícias
Requentadas nestes versos tão carentes
Que por certo e por tudo são relíquias
Pelo olhar absorvido das tuas lentes...

É que caminho mesmo na monotonia
Dos passos e outras receitas do amor
Em mutações na variação das agonias
A cada verso brotado como dor/flor...

Não sei olhar as coisas do teu presente
E assim, sigo e refaço o que já está feito
Ruminando desta temporada iminente
Em que só sei escrever a teu respeito...

E sobre faíscas/carícias dos meus alheios.
Estes são apenas os meus singulares temas
Como sol novo e céu azul dos teus esteios
Reinventando palavras cruas deste poema...

Mas, amor, há quanto tu desafias o tempo
Quando a noite chega e a luz do luar é fria?
Há quanto esperas o fim do mesmo tempo?
Choque de negror, o amor rediz o que dizia...

O Sibarita

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sábado, outubro 17, 2015

CAPITAL

Capital

Sabe meu amor? Ando com esse texto a tiracolo,
Querendo situar desejos no sentido ante horário
Dos versos em definições das letras que enfloro,
Ao avesso, escrevo sem decifrar o teu itinerário...

Interjeição, exclamação, interação ou Pretexto?
A palavra cria o real ou surreal? Será realidade?
Estratagema concreta, lábia! Abstratizo o texto
Revelando a razão ou o conjunto de veleidades?

Essas palavras nascem-me pelas asas da fantasia,
O poder da escrita, expressão, metáfora informal!
Escrita, invenção/translação espreitando agonias,
Aos dias, confidência do vocábulo, texto capital...

O amor pleno, colóquio amoroso e letras alheias,
Canto de palavras doces salpicadas por quimeras.
Auréola de anjos, confins de mim, céu que gorjeia
Nas confissões. O riso do idílio? Poema de espera...

De vibração dos desejos ao explícito das chamas,
A moça, assunto do texto, revela-se mulher fatal.
Na distância das vontades em que o fogo inflama,
Sob o alcance das minhas palavras, o juízo final...

O Sibarita

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domingo, outubro 04, 2015

O VELHO CHICO 514 ANOS E A BARCAROLA DO SÃO FRANCISCO!

Assistam ao Vídeo homenagem ao Rio São Francisco por dois nordestinos retados, Geraldo Azevedo e Djavan. “Bacarola do São Francisco” Carlos Fernando/Geraldo Azevedo. Gravada no estúdio de Robertinho do Recife. Geraldo Azevedo nasceu as margens do Rios São Francisco na cidade de Petrolina, Djavan em Maceió/Alagoas. Vejam que beleza de música e leiam, conheçam mais sobre o Velho Chico!

NR. Para ouvir o vídeo pare a rádio Humaitá ao lado.

O rio São Francisco, também chamado de Velho Chico, faz neste domingo 514 anos, foi descoberto em 4 de outubro de 1501 pelos navegadores Américo Vespúcio e André Gonçalves. Os índios da região o chamavam de Opara (rio-mar), mas foi batizado de São Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, nascido no mesmo dia, 319 anos antes. O Rio da Unidade Nacional, um dos mais - talvez o mais - importante dos rios brasileiros, nasce no Parque Nacional da Serra da Canastra, sudoeste de Minas Gerais, no alto do Chapadão da Canastra, de onde despenca na forma da majestosa cachoeira Casca d'Anta, de 186 metros de queda livre.

Após percorrer 2.700 quilômetros (terceiro maior rio do Brasil), serpenteando pelo cerrado, cruza cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) até desaguar no oceano Atlântico, entre os estados de Sergipe e Alagoas, na Praia do Peba (estado de Alagoas). Sua bacia hidrográfica tem 640.000 km² de área. É o único rio que corre no sentido norte/sul, da região Sudeste para a região Nordeste do Brasil, devido à diferença de nível causada por uma falha geológica conhecida por "depressão sanfranciscana". Não fosse essa falha, suas águas correriam de Minas Gerais para o sul.

Na época colonial, serviu de trilha para transporte e criação de gado, ligando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, o que lhe valeu mais um apelido: Rio dos Currais.

Seu potencial hídrico é enorme para abastecer cidades, irrigação, geração de energia, piscicultura, turismo, transporte de pessoas e cargas. Em sua extensão, além da Casca d'Anta - primeira e mais bonita - existem algumas quedas d'água, entre as quais a cachoeira de Pirapora, entre o curso alto e médio do rio, Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso.

Vários problemas têm afetando o rio, como o assoreamento - causado principalmente pelo desmatamento de sua mata ciliar - o garimpo e o despejo de esgoto e outros dejetos. Tratado como uma fossa, recebe dejetos orgânicos e químicos das indústrias, pessoas e animais. O desmatamento irresponsável serviu em grande parte para o fornecimento de carvão para a siderurgia de Minas Gerais.

O São Francisco é um importantíssimo recurso natural para o desenvolvimento regional, e é o responsável pela geração da energia elétrica que abastece o país, especialmente o Nordeste e boa parte de Minas Gerais, através das hidrelétricas de Três Marias, Paulo Afonso, Sobradinho, Xingó e Itaparica.

Considerando sua grande importância para o Brasil, o Velho Chico é um doente que necessita de tratamento urgente, para que continue a servir tão bem, tanto a nossa geração quanto às futuras, antes que a devastação se torne irreversível.

O rio São Francisco, denominado "rio da unidade nacional” representa a força de todas as correntes étnicas do Brasil, porque uniu as raças desde as camadas humanas mais antigas às estruturas étnicas e políticas mais recentes do País. Aproxima o sertão do litoral e integra homens e culturas.

Infelizmente o futuro do Velho Chico é incerto, ele agoniza... E os ribeirinhos dependentes dele sofrem também!

Regina Coeli Vieira Machado/O Sibarita

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