Não sou articulador político, não sou jornalista, mas, SOU FUNCIONÁRIO
DE CARREIRA CONCURSADO DA PETROBRÁS. Então, dei-me a liberdade de tecer alguns
comentários sobre as falas do candidato AÉCIO esperando contribuir para que a
verdade e somente a verdade fique as claras.
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Esta logomarca custou
700 mil reais ao povo.
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PetroBrax – O candidato AÉCIO
tenta enganar o povo afirmando que nunca tentou privatizar a Petrobras. Não é
verdade, ele, Serra e o governo FHC tentaram sim! E aqui falo por ter vivido
esse tempo como um simples mortal empregado da Petrobras. Os jornais e revistas
da época, se pesquisados, vão mostrar exatamente o que afirmo.
Na época, por volta do ano de 2000 o
presidente da Petrobras indicado pelo FHC com aval do Serra era o economista
francês Henri-Phillippe Reichstul, portanto, fora dos quadros da empresa que
ficou por quase três anos e ao sair da Petrobrás foi convidado pelos Marinhos
para dirigir a Rede Globo passando a ser o número 02 (dois) da organização Globo.
NUNCA A PETROBRÁS OU QUALQUER OUTRA
ESTATAL TIVERA UM PRESIDENTE ESTRANGEIRO, NO CASO, FRANCÊS.
Foram feitas inúmeras reuniões em todo
sistema Petrobras para o anuncio da mudança do nome para PetroBrax com o
argumento de que tinham sido feitas pesquisas (Pasmem) na Argentina, Uruguai e
com 150 executivos da Petrobras. (Até hoje, ninguém sabe os nomes deles) O
presidente francês da Petrobras Henri-Phillippe só se esqueceu de pesquisar o
povo brasileiro a real dona da Petrobras do que achava.
O presidente da Petrobras dizia que nas
pesquisas indicaram ser o BRAS de Petrobras um peso. A marca BR em verde e
amarelo era confundida nos Estados Unidos com a BP da Bristish Petroleum e a
fonética Petrobras era difícil para as línguas espanhola e inglesa. Nas
reuniões na Petrobras sobre essa mudança o Henri-Phillippe ria quando falava
das cores verde e amarela e classificava o Bras do Brasil como ônus e incompetência.
Nós, os mortais funcionários passamos a
desconfiar que a jogada fosse mudar o nome facilitando a venda, a entrega da
Petrobras para o capital estrangeiro. O projeto do Henri-Phillippe tinha sido
aprovado pelo FHC e já havia consumido R$700,000,00 (setecentos mil reais) e ao
fim de todo processo seriam gastos US$50 milhões. Quer dizer: o dinheiro do
sofrido povo brasileiro jogado na vala da privatização para facilitar ao
capital estrangeiro.
Assim, começou a tomar corpo entre os
funcionários que deveria ser feita alguma coisa, embora, o Presidente da
Petrobras tivesse se reunido com a FUP (Federação Única dos trabalhadores da
Petrobras e a AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras) tentando apoios
da nossa classe sindical e, por conseguinte dos trabalhadores ele não obteve
êxito. Todos nós passamos a denunciar na imprensa o que estava por vir por trás
da mudança de nome.
Fizemos greves, muitos de nós punidos e
até demitidos, mas, fomos em frente já que a mudança parecia irreversível. As
fardas foram substituídas com o novo nome, os equipamentos também com a nova
logomarca e nome em todo sistema Petrobras. Foram gastos milhões de reais
nessas mudanças que depois tiveram que voltar ao que era antes por pressão da
grande mídia, dos petroleiros e com certeza do povo brasileiro que não aceitou
essa farsa, pergunta-se: A Petrobras foi ressarcida? Não! E quem pagou essa
conta altíssima? Claro, o povo brasileiro! E o presidente da Petrobras o
Francês Henri-Phillippe foi punido por esse prejuízo a nação brasileira? Não!
Ele continuou lá dando as cartas por quase três anos e preparando terreno para
que de alguma forma a Petrobras fosse fatiada e vendida. Mas, ao sair, foi ser
o presidente da Organização Globo.
Ainda assim, no ano de 2000 a Petrobras
deu um lucro ao Brasil de 10 (dez) bilhões de reais. Esta é a empresa que eles
queriam entregar. E não tenho dúvidas que se o AÉCIO ganhar (Deus é mais!) ele
entregará o suor dos brasileiros, a Petrobras foi construída passo a passo por
mãos de brasileiros anônimos que deram seus sangues, suas vidas e não pode de
uma hora para outra servir ao capricho de políticos sem amor a sua pátria.
AÉCIO fala que a Petrobras é quase toda
terceirizada e quem começou isso e em qual governo? Claro, no governo FHC
quando ele não deixou criar concursos para preenchimento de vagas no lugar dos
que se aposentavam. É aí que começa em todo Brasil o ciclo da terceirização não
somente na Petrobras bem como em todas as empresas brasileiras.
No AÉCIO não dá para confiar!
Petroleiro que se preza, sem dúvidas, vota DILMA!
Nelson Haroldo (Não SOU e NUNCA FUI filiado a qualquer partido
politíco).
Abaixo,
transcrevo artigo do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo
Petrobrás x Petrobrax - Uma comparação necessária
Nos oito anos de governo FHC, a
Petrobrás foi fatiada em Unidades de Negócio (UN), teve cortes profundos em seu
orçamento, seu efetivo foi reduzido para 32 mil pessoas, diversos direitos
trabalhistas foram suprimidos e o governo ainda tentou mudar o nome da empresa
para Petrobrax, em clara intenção de privatizá-la.
José Serra foi um dos principais
"pensadores" desse modelo, responsável pelo desmonte da companhia e
pelos maiores desastres ambientais da história da Petrobrás. Entre 1975 e 1994
(20 anos), a Petrobrás foi responsável por 9 desastres ambientais. Entre 1995 e
2002 (8 anos do governo FHC), a empresa registrou 29 desastres, entre eles o
afundamento da Plataforma P 36, que provocou a morte de 11 petroleiros.
O governo Lula resgatou a Petrobrás do
fundo do poço e a transformou em uma das maiores empresas do mundo, responsável
pela descoberta do pré-sal, a grande reserva de óleo e gás que poderá garantir
a passagem do Brasil para o Primeiro Mundo.
Este jornal especial apresenta dados e
análises desses dois períodos: oito anos de FHC e oito anos de Lula. Por mais
crítico que o movimento sindical seja em relação a diversos aspectos do atual
governo na gestão da Petrobrás, das ainda enorme falta de segurança na empresa,
da manutenção dos leilões e políticas retrógradas na relação de trabalho, não
há grau de comparação entre os dois períodos. Com FHC/Serra, lutávamos pela
sobrevivência da empresa e de nossos empregos; com Lula, lutamos para avançar
ainda mais nas conquistas que obtivemos.
Os tucanos não se cansaram de tentar,
nos oitos anos de governo Lula, destruir a Petrobrás; jornais, revistas e
internet contêm farto material de consulta. Paulo Renato, ministro da Educação
de FHC e deputado federal, entrou com representação em 28/08/2007 contra a
Petrobrás porque a empresa descumpria o Plano Nacional de Desestatização ao se
tornar mais sólida e pública (http://www.paulorenatosouza.com.br/discursonoticia.asp?id=14).
Recentemente, David Zilbersztajn, genro
de FHC, ex-presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo) e principal
assessor de Serra na área energética disse que o PSDB pretende rever a lei do
pré-sal para oferecer essa riqueza as empresas estrangeiras. No debate da TV, AÉCIO
tentou desqualificar as afirmações de seu Futuro Ministro Armindo Fraga.
Uma eventual eleição de AÉCIO representaria
um perigo para a VENDA/ENTREGA da Petrobrás e ameaça à soberania do Brasil no
campo energético.