Ano Novo
Ai meu Deus! Com o
ano novo saindo do coldre
Já refletindo nos
espelhos retrovisores da lua cheia.
Os atabaques tocam
na limpeza do espiritual da coisa
E eu salto de paraquedas
do ano velho cheio de teias...
Atô tô! Na minha
roupa branca o perfume de alfazemas,
Para minha proteção
o guia Ogum de Ronda e meu patuá.
Com o ano velho no
poço mil pedidos nas minhas oferendas
Num céu imenso de
lírio azul flamejando na praia de Jauá!
Ah... Eu tô que tô!
Pés nas nuvens as horas do dia eu as bebo:
Cravinho com as
estrelas, com as luas e com os sois afogados
Na brisa do ano novo
soprando nos mares dos meus desejos...
Do velho ano eu
limpo o pó dos pensamentos encadeados.
Do ano novo que
chega abro as velas, navego na claridade
Cortando o gás dos
antigos ventos medonhos e semeados...
O Sibarita
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