terça-feira, junho 11, 2013

FULÔ DO AMOR

Fulô do amor
 
Na passagem oscilante do amor
Olhemos o santuário destacar-se
Em meio à subversão dos quereres.
O seu coração respira a sintonia
E faz-me partícipe da sua vida inocente.
O tempo então enflora em promissões,
Ei-lo no solo agreste e já tangente,
Rejeitando o amor, rejeita-se o coração.
Sento-me com grande prazer à sombra
Ela me leva ao anfiteatro do banquete
E a sua paixão sobre mim
É doce ao meu paladar
Eu degusto,
Mas, o meu coração
é seu adereço.
 
Adorada minha,
Vem especiosa,
O meu íntimo se abrirá em delícia
E conhecerá a sua plenitude,
Sossega os meus receios.
Teu ventre um acervo de gozos
Cercados dos meus desejos!

Sei que você está por ai...
Há um feitiço natural
Soprando no ar.
De qualquer forma
Tento encontrar
Uma resposta

E sem resposta
 A lua não sairá
Para nos ver...


Glorioso Santo Antônio,
Conforta-me com o seu incenso.
A fulô do amor brilha como fogo,
Espreitada pela paixão,
Louvo-a pelo rogo!

O Sibarita
 
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HUMAITÁ WEB RÁDIO
 


6 comentários:

mARa disse...

Ui, que delicia essa flor do Amor, ela é? Amor que se abre em Flor, a flor que se faz amor...sei lá! é tanto amor que há de ser Belo como a flor!

Lúcia Laborda disse...

Quanto amor, quanta doçura e sedução nessa poesia, Siba!
Ai Santo Antonio; que esse recado junto com essa flor, leve brilho aos olhos desses amantes, porque onde há esse fogo, essas poesias esfuziantes, com certeza, deve existir amor.
Beijos

Paula Barros disse...

Declaração, espera, chamamento, desejo, delicadeza, beleza...lindo, lindo.
beijo

Vanuza Pantaleão disse...

Siba, tô com saudade de ti, meu baianinho!
Que feitiço lançaste sobre nós, as Fulôs que admiram teus versos apaixonados?
Ah,recorreste ao Toninho...[risos]
Muito carinho!!!

Anajá Schmitz disse...

Me encanta esse teu jeito de descrever as devastadoras paixões, me faz ter desejos de voltar a ter aquele frenezito do amor. As vezes me acho sem emoção, vou aproveitar essa maravilhosa poesia para enfeitiçar meu velho. hahahha
Tenha uma ótima e abençoada semana.

Uma aprendiz disse...

Bom dia, meu poeta favorito

Sempre leio seus poemas, mesmo quando não os comento. Às vezes me faltam palavras ou o que me inspira nem sempre tem a ver com os versos. Hoje, em especial, talvez pelo calor dos acontecimentos nacionais, vou comentar. Plagiando seu texto como sempre.
“Em meio à subversão dos quereres” de hoje recordo que outrora também recorri ao Santo Antonio. Relembrei as inúmeras simpatias que fiz ao dito santo na esperança que ele “partícipe da minha vida inocente” revelasse, dentre os nomes escritos nos papéis dobrados e mergulhados em água amanhecida, qual seria a minha alma gêmea. Estranha essa sensação que nos leva a busca eterna pelo nosso “companheiro”. Muitos o encontram. Outros tantos o perdem. Mas sempre nos vem à mente: “Sei que ele está por aí....”
“De qualquer forma, tentamos encontrar uma resposta.” Será que ela existe?
Para quem crê, dizem que Santo Antonio já respondeu satisfatoriamente. Não foi meu caso. Prefiro crer que “sem resposta” me resta observar a lua, pois, ao contrário de ti, eu sei que ela sairá “para nos ver”.
E nesse exercício de enamorar a lua quem sabe aprendamos a olhar para os lados.

beijos