Caros leitores, no dois de julho a Bahia e o
Brasil comemoram de fato e de direito a independência.
Na Bahia, esta data é reverenciada aos seus
heróis que deram a vida por um país livre, independente dos portugueses.
Todos os anos falamos destes heróis! Hoje, saberão do Soldado Soledade e do Frey Brayner líder dos Encourados de Pedrão que contribuíram para que há 02 de julho de 1823 as tropas de Madeira de Melo fossem expulsas da Bahia e o Brasil se tornasse uma nação livre e soberana para sempre.
Todos os anos falamos destes heróis! Hoje, saberão do Soldado Soledade e do Frey Brayner líder dos Encourados de Pedrão que contribuíram para que há 02 de julho de 1823 as tropas de Madeira de Melo fossem expulsas da Bahia e o Brasil se tornasse uma nação livre e soberana para sempre.
É muito bom saber da história do nosso
Brasil.
A Revista
de História da Biblioteca Nacional, a mais importante publicação brasileira
do gênero, traz na capa da edição deste mês de setembro uma cena da história do
Brasil que aconteceu em Cachoeira. Trata-se de um detalhe do quadro Primeiro
Passo para a Independência do Brasil, do pintor fluminense Antônio
Parreiras (1860-1937). Na cena, o soldado Manoel Soledade, que tocava tambor no
Regimento de Milícias, é ferido por estilhaços e cai ensanguentado no chão da
atual Praça da Aclamação, no dia 25 de junho de 1822. Parreira, o maior pintor
histórico do Brasil, esteve em Cachoeira em 1928 para recolher impressões e
elementos que o ajudassem a elaborar o quadro, encomendo pelo governador Vital
Soares. A obra tornou-se uma espécie de ícone das lutas que se travaram no
Recôncavo Baiano na guerra pela Independência do Brasil. (http://vapordecachoeira.blogspot.com.br/2009/09/tambor-soledade-na-capa-da-revista-de.html)
Clique: conheça mais A IMAGEM DA CAPA
O soldado Soledade agonizando com o seu tambor.
Soldado Soledade - Tambor Soledade
O soldado Soledade participou da
luta contra os portugueses. Tinha a função de passar ordens à tropa brasileira,
por meio dos toques do tambor, no município de Cachoeira-Ba. Daí o apelido
Tambor Soledade.
Enquanto as autoridades locais se
refugiavam no prédio da Câmara Municipal, Soledade foi atingido por uma
canhoneira portuguesa e caiu agonizando, o que culminou em sua morte. Essa cena
é retratada em uma obra de autoria do pintor Antônio Parreiras. O quadro,
datado oficialmente em 1931, foi pintado em Cachoeira, no mesmo local do
acontecimento, com o objetivo de reconstituir o evento com a máxima fidelidade.
A obra encontra-se afixada em um posto de gasolina, próximo à extinta estação
de trem, defronte à ponte D. Pedro II, que liga Cachoeira a São Felix.
Real
ou mítico, o Tambor Soledade também é um dos personagens heróis da
Independência do Brasil na Bahia.
ENCOURADOS DE PEDRÃO
PEDRÃO NA GUERRA PELA INDEPENDÊNCIA
Em 12 de Outubro de 1832, Frei José
Maria do Sacramento Brayner dirigiu um regimento ao Conselho Interino da
Cachoeira para oferecer os seus serviços à Pátria, daí passou a residir em
Pedrão.
“Frei Brayner” confessa no seu
requerimento dirigido à Junta da Cachoeira que, ouvindo ler-se à tropa de
Cavalaria um ofício do Coronel Bento Lopes, no qual convocava não só a tropa da
cavalaria como também o povo daquele lugar para aclamar na Vila de Santo Amacio
ao Sr. Pedro de Alcântara, Príncipe Regente e Defensor Perpetuo do Brasil, ele
imediatamente se oferecera com o maior alvoroço de alegria, mas o Capital
Miguel Mendes, a quem foi mandada aquela comissão, não quis que o suplicante
marchasse, pelo estado atual em estava à moléstia, pelo que lhe rogou fizesse
ver ao dito coronel os seus ardentes desejos, protestado que apenas melhorasse
e estivesse em sua capacidade, o que assim praticou apresentando-se e
oferecendo-se às autoridades constituídas da Vila de Santo Amaro, e ao mesmo
Coronel na vila de são Francisco, fazendo-lhes ver o seu amor, patriotismo e
adesão à santa causa, e agora também o faz a este Ilustríssimo e Excelentíssimo
conselho do Governo Interino desta Província, e não só o suplicante, como
também voluntariamente unidos a ele 39 indivíduos que formam uma guerrilha
chamadas Voluntários de Pedrão.
Aos 22 de outubro de 1822, o Conselho
interino da Cachoeira tomou conhecimento desta grande iniciativa e
comunicou-lhe, imediatamente, o seu contentamento diante da grande prova de
patriotismo, porém não deferiu a petição que almejava a formação da guerrilha,
uma vez que estavam aguardando, em breve a chegada do Exmº. General Labatut, a
quem hierarquicamente deveriam obedecer as decisões sobre formações de novos
corpos armados, ficando o Conselho na lembrança de empregar meios para tal fim.
Em, 04 de novembro, do mesmo ano, o
Conselho Interino expediu uma circular ordenando a formação da guerrilha
conforme o plano proposto e marchasse imediatamente para a Vila da Cachoeira à
fim de receber as ultimas ordens e os destinos à seguirem, e que fossem armados
de espingardas.
Em 29 de novembro, por convocação do
General Labatut, através de oficio, a Companhia do Frei Brayner se dirigiu para
o Quartel General, localizado no Engenho Novo, no Recôncavo.
Em, 05 de dezembro, o Conselho
Imperial dirigiu ao Frei Brayner, novo oficio que declarava desejar fazer
marchas os Voluntários de Pedrão para o Quartel General e se integrar como um
corpo de tropas, desejo esse, que o Frei Brayner, sentiu como se fosse uma
exigência, uma vez que o mesmo ordenava que se aprontasse de imediato para
marchar logo no outro dia, impreterivelmente, levado os Voluntários da
Guerrilha, juntamente com os Voluntários da Guerrilha da Comarca do Sul, e lá
se apresentassem ao General a fim de receberem seus destinos, inclusive levando
suas fardas (roupas de couro) e as fardas que ainda estavam por fazer para
concluírem as suas confecções no Quartel General, sem precisar levar armamentos
de Clavina para a inteligente execução.
Os Voluntários de Pedrão, sob o comando de Frei Brayner, adotaram como fardas as
vestes de couro, como seguinte regulamento:
O seu uniforme em marcha era: Chapéu de Couro, com uma chapa de latão oval, e
ao centro desta a letra “P”, e acima da letra uma coroa real.
A túnica era o gibão; algibeiras longas; calças de algodão branco ou couro; surrão ou saco às costas; clavinas, espingardas ou bacamartes, espadas ou facas grandes e pequenas; à cavalo ou à pé, calçados ou descalços, segundo as circunstancias o exigirem.
O uniforme fora de marcha:
Opcionalmente, chapéu branco fabricado artesanalmente, com a mesma chapa; Fardeta
de algodão de qualquer fazenda de cor azul-escuro colete e calças de qualquer
tecido de algodão branco.
Os Voluntários, também denominados
ENCOURADOS DE PEDRÃO, foram alistados 39 (trinta e nove) homens formando 40 (quarenta)
com o seu Comandante.
Todos, homens do campo, sendo dezenove
casados e o restante solteiros, que abandonaram seus lares e famílias e
seguiram para o campo de luta sob o comando do Frei José Brayner.
FREI
JOSÉ MARIA DO SACRAMENTO BRAYNER
Pernambucano,
nascido no ano de 1778 , filho de português com uma pernambucana,
Padre José Maria do Sacramento Brayner entrou para a vida religiosa ainda em
Pernambuco no Convento dos Carmelitas Calçados muito jovem. Em 1817, em meio a
Revolução Pernambucana, adere à mesma, sendo que, em 26 de maio de referido
ano, após a derrota dos revolucionários, é preso e julgado. É levado a
Salvador, chegando a cidade em junho do mesmo ano onde permaneceria preso por 4
anos, sendo um dos seus colegas de cárcere o Frei Caneca.
Depois
de lutar em prol da independência, ocupou o lugar de Capelão da Relação Civil e
foi agraciado com as comendas de Cristo e do Cruzeiro. Já em 1833, morando na
Ilha de Itaparica, exatamente em 17 de Agosto é proclamado Juiz de Paz do 1º
distrito daquela ilha, e vigário em 1835.
A 16 de Novembro de 1850, aos 72 anos de idade, morre o então Rev. Sr. Vigário José Maria do Sacramento Brayner, sendo sepultado na Matriz do Santíssimo Sacramento de Itaparica.
A 16 de Novembro de 1850, aos 72 anos de idade, morre o então Rev. Sr. Vigário José Maria do Sacramento Brayner, sendo sepultado na Matriz do Santíssimo Sacramento de Itaparica.
2 comentários:
Siba; um pouco da nossa história. Eu gostaria muito que hoje, as pessoas tivessem o mesmo patriotismo, a mesma coragem e objetividade para lutar contra tudo que vem acontecendo. Queria que essa história servisse de exemplo a essa geração. Passamos um período como se estivéssemos, adormecidos. Acordamos? Creio que ainda não, totalmente.
Belo post, Siba.
Como foi o feriadão?
Beijos
Ô mocinho, seu feriado está longo demais, não? Saudade de suas poesias maravilhosas, viu?
Bom fim de semana! Beijos
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