segunda-feira, setembro 05, 2016

I D Í L I O

I D Í L I O

É tão assim e nenhuma paixão agreste rejeita o lirismo,
Tachando o amor de fera como espira inútil de afeitos.
E sobre a página aberta deste idílio, o sentimentalismo,
Chega a qualquer aragem levando sopros e pretextos...

Mesmo aqueles negrumes suspensos nos céus acuados
Perpetrando as alongadas confissões noturnas amáveis.
Os desejos espreitam aquele jardim do amor indomado
Como se fossemos joguetes de paixões incontroláveis...

Em mim, começa o juízo final. Destas palavras, os confins!
Sem nenhum ar rarefeito advindo, as chamas que dançam
Não sabem se o dia seguinte trará as promessas dos afins,
O Sol e a luz consoladores em desejos que nos alcançam...
E batem em nossas portas, arfando, o sargaço desta paixão,

Manuscritos debruçados, olhares, os enigmas desta poesia.
A mística do descrever, acesso, câmara ardente do coração,
Palmilhando o facho de fogo, porquanto, o texto nos espia...

Doador de confissões, a escrita semovente brilho da alcova.
Com os olhos de outrem, o lembrete da paixão vira desejo,
Preparando-se para longas confidencias noturnas e renova
O idílio consolador nós volvendo. Afeto posto, amor aceso...

O Sibarita

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Um comentário:

Bandys disse...

O amor esta no ar.
Como sempre arrasando nas poesias
que pingam dos dedos apaixonados.
E aí???

Beijo moço