
Estou no ar!
A ventania bate-me forte.
Mudará de rumo? Revelará sinais?
Boa noite saudade!
Não mais sentimentos a acender-me.
Já não há lógica, só fragmentos...
O enigma acena-me mosaicamente
legado em taças cristalinas.
Bebo o prazer e a dor. Trôpego,
me devoro em partículas medíocres
à procura de caminhos de abstrato sentido.
Aceito-os. Não há passos, só o destino!
Estou longe. Já não existe o mar!
Vagueio na solidão. Não há bússola...
Não mais pedra. Não existem flores.
Por lógica, removo o limbo, o lodo!
É tarde...muito tarde...
Meus sentimentos perderam-se na escuridão
à procura de trilhas dos mesmos sonhos...
Divina!
Espelho da puridade,
olha o que fizeste?
Ai de mim!
Quebraste sem piedade
o encanto do destino!
O Sibarita
