Diva
Entre de chofre com o teu menoscabo e sem cerimônias
Tirai as capas que o teu amor venal de ofício trás agruras.
Cai-te bem a burka! Mas, recolhas o teu punhal, demônia!
Em mim, jorra, borbotões dos embustes das tuas juras...
Evoé! O meu espelho contra o teu espelho e as tuas baldas
Lá fora, o céu de invernia e de ilusão. O teu mundo é fictício
É... a máscara da lua ri! Soberba, irreal, pulcra, nívea e fada.
Tu Madona, dúbia nos sonhos, lunar e imprecisa, és o meu vicio!
Batiscafo ao mar, viandante, aljube e zetética as tuas palavras!
O teu seio ressoa com o nada. As tuas palavras ouro trigueiro
Que elevo ao canto cálido. Dize-me quais as garras do teu amor?
Chove, agora, no meu peito as águas de junho em fins de fevereiro.
Amor preso a si mesmo não destroça sonhos, a sina, quem sabe?
Guardai o vosso silêncio! Conecto-me em ti no lume do sentimento,
Decifro o arcano que arde! Aprisionado aos ferros, não me mates,
Sendo eu o teu escravo andas à noite ao léu dos meus pensamentos.
Diga-me que não! E, Condena-te, ao frio alabrasto das sombras.
Onde pousas? Fizeste-me passageiro na colheita do teu aprumo,
Meu grito mesmo surdo é maior que o silênciar que tu ensombras.
Vasta a vereda é! Quem me escuta sabe que tu eras o meu rumo.
Medito sobre o claro e o escuro, ruminando, a cinza das nuvens.
Procuro a tua voz, nada nela encontro. Nada! Sinto-te de partida
É por teu poder, ó iluminada! Eu, o siderado, aos teus pés ruge,
Recolhe os momentos do passado que fui o teu sino de amor e vida!
As farsas nascem no perau das horas. O calar faz a tua alma troncha
Ou a lei dos entrechoques suavizará a aflição do coração apunhalado?
Em mim nascem flores, sempre fui primavera. Em ti, o teu remorso
Chorará as minhas lágrimas quando abrir o véu do poente cortejado!
Sei, haverá o ranger dos dentes nos teus desejos. Sou ouro em pó,
Ouro fino, jóia rara, a essência pura do teu seio esquecido de mim.
Habita em mim o meu dono! E, em ti? Resoluto, parto, desfaço o nó!
Nasci para amar-te, venerar-te. Agora, o meu seio se veste de luto.
Solta a melena açucena, desnuda tua alma para minha psiquê
É que te faz bem, sobre a tua nudez vil, um enorme peplo cinza
Assombrando os meus dias de sol em que tu me és pura penumbra.
No esplendor das trevas a luz te revela, atrai, absorve e te anula...
Entre de chofre com o teu menoscabo e sem cerimônias
Tirai as capas que o teu amor venal de ofício trás agruras.
Cai-te bem a burka! Mas, recolhas o teu punhal, demônia!
Em mim, jorra, borbotões dos embustes das tuas juras...
Evoé! O meu espelho contra o teu espelho e as tuas baldas
Lá fora, o céu de invernia e de ilusão. O teu mundo é fictício
É... a máscara da lua ri! Soberba, irreal, pulcra, nívea e fada.
Tu Madona, dúbia nos sonhos, lunar e imprecisa, és o meu vicio!
Batiscafo ao mar, viandante, aljube e zetética as tuas palavras!
O teu seio ressoa com o nada. As tuas palavras ouro trigueiro
Que elevo ao canto cálido. Dize-me quais as garras do teu amor?
Chove, agora, no meu peito as águas de junho em fins de fevereiro.
Amor preso a si mesmo não destroça sonhos, a sina, quem sabe?
Guardai o vosso silêncio! Conecto-me em ti no lume do sentimento,
Decifro o arcano que arde! Aprisionado aos ferros, não me mates,
Sendo eu o teu escravo andas à noite ao léu dos meus pensamentos.
Diga-me que não! E, Condena-te, ao frio alabrasto das sombras.
Onde pousas? Fizeste-me passageiro na colheita do teu aprumo,
Meu grito mesmo surdo é maior que o silênciar que tu ensombras.
Vasta a vereda é! Quem me escuta sabe que tu eras o meu rumo.
Medito sobre o claro e o escuro, ruminando, a cinza das nuvens.
Procuro a tua voz, nada nela encontro. Nada! Sinto-te de partida
É por teu poder, ó iluminada! Eu, o siderado, aos teus pés ruge,
Recolhe os momentos do passado que fui o teu sino de amor e vida!
As farsas nascem no perau das horas. O calar faz a tua alma troncha
Ou a lei dos entrechoques suavizará a aflição do coração apunhalado?
Em mim nascem flores, sempre fui primavera. Em ti, o teu remorso
Chorará as minhas lágrimas quando abrir o véu do poente cortejado!
Sei, haverá o ranger dos dentes nos teus desejos. Sou ouro em pó,
Ouro fino, jóia rara, a essência pura do teu seio esquecido de mim.
Habita em mim o meu dono! E, em ti? Resoluto, parto, desfaço o nó!
Nasci para amar-te, venerar-te. Agora, o meu seio se veste de luto.
Solta a melena açucena, desnuda tua alma para minha psiquê
É que te faz bem, sobre a tua nudez vil, um enorme peplo cinza
Assombrando os meus dias de sol em que tu me és pura penumbra.
No esplendor das trevas a luz te revela, atrai, absorve e te anula...
O Sibarita
16 comentários:
«Diga-me que não! E, Condena-te, ao frio alabrasto das sombras.
Onde pousas? Fizeste-me passageiro na colheita do teu aprumo,
Meu grito mesmo surdo é maior que o silênciar que tu ensombras.
Vasta a vereda é! Quem me escuta sabe que tu eras o meu rumo.»
Gostei muito desta parte mas todo o poema tem uma força incrível!!!
Um abraço!
Grande palco*****intenso.
sao sempre belos os teus textos
Beijokas........
¨`*• (¨`•.•´¨) ♡ .•*´
¨`*• .`•.¸(¨`•.•´¨) ♡ .•*´
¨`*• ♡ × `•.¸.•´
Intenso, energético e de uma plácida lucidez, meu querido. Já pensou em escrever um livro contando essas e outras passagens de vida. Dizem que um ser humano vive e morre feliz se tiver filhos, plantar árvores e escrever livros, mas isso é pouco. Creio que faltou lembrar da sensibilidade e do amor para fazer as coisas descritas acima, e estas você as tem de sobra.
Pense no que me sugeriu....
BeijUivooooooooooooooossssssss
Oi, Sibarita-Rei,
Fui dar uma olhada na palavra " diva", virei-a ao avesso, e descobri a palavra inglesa " avid", que achava ser " ávida", mas na verdade é uma sigla para Associação de Visitantes a Imigrantes Detidos...então tá, né, prefiro sua poesia, hahaha!
abração,
Fred
Olá!
Simplesmente fantástico.
Beijo
Que força em cada palavra!
Lindo!
Um beijo*
Olá, que poema!!! Gostei deste querer, desta proposta e desta mostra que te coube. Habitar me si, seu dono, cativa certamente esta diva... Um beijo!
Intenso. É só o que posso dizer a respeito de teu poema.
Beijos de Sol e de Lua.
Visita breve pra dizer que não vos esqueci
e deixarmeu beijo carinhoso
Na impossibilidade de escrever por estes dias, postei
o poema de uma amiga que veio bem a calhar...
Desejo-te uma ótima semana!
Siba!
Cumpadi, que posso dizer se me faltou o ar depois que cheguei à última linha?
Beijão, querido
Bom dia!
Uso perfeito da palavra, como sempre, Mestre Sibarita. Os seus poemas parecem saidos de uma varinha de condao!
Bjicos
Como esta lindo este poema, e entre a luz e as trevas o amor reluz
jinhos
Oi, menino poeta! Eu tenho o costume de me apegar aos poetas porque eles têm uma visão circular do mundo, por isso te goato, Sibarita.
E antes que eu me vá sem te te deixado um beijo, registro aqui o meu carinho e amizade com um Uivooooooooooooooooo especial.
... te goato é horrível, mas o te gosto soa bem melhor, né?
Gostei do seu blog,mas ainda li muito pouco. Outro dia espero voltar com mais tempo...
Postar um comentário