terça-feira, maio 29, 2007

MARCAS DO AMOR

Marcas do Amor

Esta poesia,
já nasce triste, em trevas!
Quando o amor se torna visagem
a tempestade advém das paragens...

Cerrai os vossos olhos sobre o horizonte
orais, orais muito aos olhos dos céus,
mas, tirais as capas, tirais os véus!
Meu leste são marcas da paixão,
teu sul é breu e melancolias...
Meu oeste me leva a tua ilusão,
teu norte é felino, são noites de folias!

Nosso tempo foi brilho do sol,
fostes lua enamorada do teu regaço
e eu a estrela maior do teu alvor!

Hoje, partiram-se, os cristais...
Ai meu Deus, somos fatais!
As luas são repartidas
o sol tingiu-se de cinza
as estrelas são dependuradas
Bem sabemos... É a vida!

Sou o teu mar, sou o teu vento
se içares velas e o barco navegar...
Viro tempestade... Fecho o tempo!

Duas luas, dois momentos
duas laminas ao vento
dois corpos ao relento
duas lágrimas de sentimentos
são as cores do tormento!

A marca do amor vem imersa na flor,
ele brota com rimas e desabrocha na dor!

O Sibarita

quinta-feira, maio 24, 2007

"MEME" E RESPOSTAS

Van Gogh pintura Mediúnica da Medium Walquiria da Silva Kaminsk
Caros leitores, o Blog dos amigos Neptuno e Luna (http://noite-mar. Blogspot.com) Presenteou este e outros blogs com um MEME e como tal o Sibarita não poderia deixar de dar seguimento.

Já a minha cumadi Letícia do http://sometom.blogspot.com também nos deu um desafio de 33 perguntas, então, resolvi responder aos dois nessa postagem.

Agradeço aos dois pelo agraciamento do nosso blog. Em especial a Letícia, Confesso, que eu estava por fora do “Meme” e ela me deu uma aula.

Então, peço desculpas aos meus queridos leitores por fugir desta vez do que o nosso blog se propõe que são poesias. Anda, assim, em seguida ao MEME deixo uma poesia que fala do mesmo tema, espero que todos degustem tudo que está aqui.

Vamos ao “MEME

Em minhas mãos o livro “Favos de Luz” de João Nunes Maia pelo Espírito MIRAMEZ, é dele que escrevo alguns trechos para que Todos reflexionem e quiçá possam fazer um bom proveito.

“Não apagueis o Espírito. Não desprezeis profecias; julgai todas as cousas, retende o que é bom.” (Espírito Miramez)

“Sê tu mesmo em todas as circunstâncias; lê todas as páginas que vierem às tuas mãos, e retira delas o que tua consciência achar conveniente ou o que podes suportar, sem alarde e sem ofensa ao trabalho alheio.” (Espírito Miramez)

Perguntado ao Espírito Miramez: Qual o valor da prática da caridade? Ou ela é uma, como que, hipnotização das religiões?

Ele responde: - Tudo no mundo é mais ou menos sugestão. Nada aprendemos sem esse processo, porém, ele tem limites para que o raciocínio faça o seu serviço de escolha, de acordo com as necessidades. A Prática da caridade nos leva ao amor às criaturas e se esse estado é um dos mais puros perante DEUS, é justo que a caridade tranqüilize a consciência, favorecendo os meios para a felicidade. E qual de nós, encarnados ou desencarnados, que não queremos a paz?
A caridade faz o trabalho inverso do ódio e quem já experimentou certos momentos de tranqüilidade, de amizade, de entendimento, de fraternidade e de alegria pura, dá mais valor ao exercício da caridade, pois ela é geradora desses instantes de felicidade no coração da criatura. A melhor caridade é aquela de que participa o coração, sem exigir nada em troca, sem ciúmes, sem trombetas, sem vaidade. Jesus é o modelo mais puro da caridade na terra e o Evangelho é a taça de luz que transborda todas as virtudes, para que os homens e anjos se embriaguem no amor.

Caros leitores: “Fora da caridade não há salvação” Esse é o meu MEME. A seguir uma poesia sobre o tema e depois as respostas das 33 perguntas. Para aqueles que quiserem se aprofundar no tema leiam o livro Favos de Luz de João Nunes Maia Pelo Espírito MARAMEZ, com certeza vão gostar.

A VIAGEM

Uma vaga luz intensa do alamor
induziu-me à meditação, um Espírito de Luz
incendiou-me, ele tinha o olhar calmo
tinha vida e a suavidade do esplendor.
O brilho e uma translúcida claridade,
era um Espírito de disciplina mongeana,
no coração, a essência da bondade.
Havia nele o dia e a lucidez nos olhos,
de uma luz alada com áurea dourada.
Ele guiou-me na leveza das plumas
por jardins de caminhos perfeitos
e imagens sacras de cenas do evangelho.
Via-se nelas a urbe de almas panteístas
ao redor de castiçais e círios acesos
de silentes anjos de um céu angélico
em góticas catedrais barroquianas,
e no tocar dos sinos, eu carregava a cruz!

Foram pecados... Outros passados!
Eram passados... Outros pecados!

A colheita é a que semeias
a fé vem do Evangelho Segundo
o Espiritismo. O Espírito de Luz
vem da circunstância, a cruz
vem dos nossos atos...

Livre da inconstância
desencarnei em 1784!

O Sibarita

Aqui as perguntas e suas respectivas respostas.

Eu quero: Um mundo melhor
Eu tenho: Humildade e perseverança
Eu acho: Que depende nós, toda e qualquer preservação
Eu odeio: Falsidade, hipocrisia e falta de solidariedade
Eu sinto: Que a paz começa por cada um de nós
Eu escuto: As palavras do Mestre Jesus
Eu cheiro: A primavera em cores
Eu imploro: Pela não violência
Eu procuro: O aprendizado nas lições do Mestre Jesus, sempre...
Eu arrependo-me: De não ter feito tudo que poderia ter sido feito
Eu amo: A vida na sua essência
Eu sinto dor: Ao ver crianças pelas esquinas cheirando cola
Eu sinto falta: De amor, bondade e perdão em muitas pessoas
Eu importo-me: Com as injustiças, sejam elas, de qualquer forma
Eu sempre: Procuro dar o melhor da minha seiva
Eu não fico: Feliz com a violência e a falta de amor ao próximo
Eu acredito: Nas pessoas
Eu danço: Conforme a música
Eu canto: No banheiro e, diga-se de passagem, muito mal
Eu choro: De alegria no sorriso de uma criança triste
Eu falho: Quando não me faço entendido
Eu luto: Por um mundo melhor e de compreensão entre os homens
Eu escrevo: O que sinto
Eu ganho: O progresso espiritual na bondade do meu coração
Eu perco: Se não sei perdoar e compreender o meu semelhante
Eu nunca: Perco a esperança
Eu confundo-me: Com a falta de bom senso
Eu estou: Sempre para ouvir, ajudar
Eu sou: Uma pessoa amiga e de muito humor
Eu fico: Feliz com paz interior
Eu tenho esperança: De um mundo sem hipócrisia e compreensivo
Eu preciso: De todos independente de credo ou religião
Eu deveria: Dar mais de mim em pró dos menos favorecidos

O Sibarita

segunda-feira, maio 21, 2007

Oráculo

Oráculo

A palavra é escrava do silêncio
E despe da alma a burka do coração
Do amor a pilhagem do sentimento
Espalhando fantasias à tua perfeição...

Palavras, brilho enigmático, por vezes,
Penduricalho, picadeiro, açúcar com mel
Despertando melodias ou veneno com fel
É vertigem do coração no fulgor da nudez...

As palavras na escuridão são mágicas
Semeiam as luzes na vigília da insônia
Então, fita-me a noite, poesia letárgica
Em versos visíveis de faces invisíveis...

Não sei se as palavras são fios de uma navalha
Cortando, sangrando, revelando o peito no abismo
Onde, o poeta navega sem bússola no nevoeiro
Em que deuses e Serafins são os timoneiros, cismo!

As palavras que desfilam no céu da minha cabeça
Germinam os versos, retratam os desejos, ouro fino!
Não fingem a dor nem o brilho estrelar da noite.
Relicário do pensamento fazem rotas, mudam destinos
E no silêncio dos olhares ao avesso colhem os açoites...

O Sibarita

terça-feira, maio 15, 2007

A Z U L

Azul

Olho o mar,
ora verde, ora azul, mil ondas...
Espumas e conchas se tocam
se encontram, convergem.
Parecem violetas brancas
em fundos azuis!
Da cor do olhar,
imagens perfeitas
reluzindo do céu...
Um louco indo e vindo,
movimentos e paisagens
harmonia e caminhos...
Assumo-me em anil
cor e brilho
lua e estrelas!
Azul! Texturas de mistérios
aurora e crepúsculo, delírios...
Perco-me nos búzios,
desnudo de corpo inteiro
neste mar tão azul!

Musa,
Não importa o sentido da razão
te ligo a mim, te ligo as galáxias
te ligo ao infinito, te ligo a vida.
Respiro o azul mar
e exalo a energia do equilíbrio,
estou em ti!

O Sibarita
Foto: Fundo do Cristo Redentor
Praia da Barra/Salvador/Bahia

sexta-feira, maio 11, 2007

AFRODITE

Afrodite

Ah! Esta deusa,
De seios aflorados e desejos tarados.
Tu tens a libido por céus de Vênus
Teus arrepios se afundam em gozos
Tu brilhas... Tu deslumbras
Nos toques sagrados, safados!

Deusa, deusa cúmplice, selvagem
Nos teus pequenos, grandes lábios,
Fluem gota a gota o pecado... Viajo!
Um abissal de gozos e orgasmos.

Ah, os nossos corpos Inflamados,
Um vulcão de carne e brasa
Em plena erupção, suados, em chamas
E entre nós a noite e as luas de ciúmes
Sobre a cama despudoradamente nua!
Benditas!
Sufocação de desejos,
Dos sentidos e do prazer.
Um debater de tesão,
De pálpebras, braços e pernas.
Serpentes enroscadas,
Arrebatando no ápice
O murmúrio dos palavrórios
No abuso do vocabulário... Ôie!

Clamai os deuses libidinosos
Que há gozos de unha a unha
Nas bordas de luas enciumadas!

No quarto:
Luzes desfocadas
Flores descorpadas
Luas desmaiadas
E uma deusa erotizada!

O Sibarita

terça-feira, maio 08, 2007

FLOR-DE-LIS

Flor-de-lis

Já não sei mais quem fui ou ainda sou
E precipito-me nos arranhas céus meus.
Ela, a flor-de-lis deu ninja, se escafedeu,
Viajou na maionese, sem nexo, afundou

Nesse perau sem fundo dos teus sentidos
Já vazio. Deixo aqui as minhas vontades
Rasgo-me em palavras na luz da verdade
Pois, seja o que tem que ser no sol diluído.

Revelando, assim, que tudo foi reticência
E que o templo da razão tem porta estreita,
Resta-me apenas vestir-me da tua ausência.

Toda escuridão tem na luz o seu disfarce
Velando escondida no lugar da vertigem
Do coração batendo aflito: Tic-tac-tic-tac...

O Sibarita

terça-feira, maio 01, 2007

O 57...

O 57...

Ai meu Deus do Céu! Nesse maio, primeiro...
É meu aniversário! Eu, sereno, esquivo, leve
E tão silente, singro num céu de brigadeiro
Sob a lua espantando o atro ocaso do tédio.

Ondas e ventos se calam e a noite e o mar
Murmuram na lua minguante da solidão...
Sou sol crescente da luz de prata de Jauá
Onde, me contorço, em plena inflexão...

Do homem que chega aos cinqüenta e sete
Na febre sã da aurora na curva em gráfico
Desenhando uma queda de alcance longo
Nos passos elípticos desses anos ou átimo.

O crepúsculo espelha sol e lua nos francos
Corre o tempo voraz, segue, no teu tropel...
Marcha sem fim a rodar aprumos e prantos
Nas horas correndo. Ó diversão doida e cruel.

Tão menos que a silhueta. O tempo é avaria
É um poente em cinza e laivos de amaranto
Vindo na imagem branda e esquiva dos dias
De olhos vítreos na esquina dos meus anos.

Oh, Deus! A fúria do jovem que já houve, não há mais,
A vida sucumbe nos instantes que passa e nada reverte.
A morte em seu palor... O que ontem foi hoje é jamais.
Evoé! Não me entrego, caio na gandaia e pinto o sete!

No fundo das coisas idas montado nos aprumos
No bojo das horas densas mago dos ventos serei
E desse tempo breve e paladino dos meus rumos
Do meu destino como um legado de desejos, rei.

Signo de touro sou sol da manhã e lua nova,
Aos que quiserem me ouvir: Ah, vem comigo...
Que nesta data o espírito renasce e se renova
Nos abraços de todas amigas e todos os amigos.

E comigo: o meu pai, meus filhos e os meus irmãos
As sereias do mar, da terra e todas as sereias do céu.
E comigo: a noite, a lua e a musa em um só coração
No aroma e desejos dos nossos corpos largados ao léu...

O Sibarita