domingo, maio 05, 2013

MARGEM

Margem
 
Ai! Um cenário de ânsias e fossa arquejante...
Sei lá! Agora, em mim, esse silêncio abismo
E no céu azul essa lua de fogo tão passante
De alma em fuga respirando atalhos, cismo!
 
Perscruto teus acenos, cadê? Apalpo o escuro,
Medito, cogito e indago: tens amor? Ai os dias
Em que se afogam meus desejos no céu obscuro
Dessa ausência de ti em sombras e melancolias...
 
Mas, a vida passa e o fogo desta tua chama acesa
Em formas e cores clareia o tempo, o crepúsculo.
Aqui estou! Contigo e comigo a última centelha...
 
No imo, os destinos travados, eu sorvo o sonhar
Em águas dos vocábulos nos rios da tua margem,
Estações de ti correndo os bosques aqui e acolá...

 O Sibarita
 
Humaitá Web Rádio para quem gosta de música!

11 comentários:

Lúcia Laborda disse...

Nossa Siba! Que soneto heim? De tirar o fôlego... As chamas não se apagam enquanto houver uma réstia de esperança.
Muito lindo, SIba!
Boa semana! Beijos

mARa disse...

...nas margens por aí, é sentimento de amor, é bom sentir isso.

bjos então!

Paula Barros disse...

E observando vai criando cenários.
E poetizando os sentimentos.
abraço

Lúcia Laborda disse...

Oie Siba; cadê o comentário que deixei ontem a noite, aqui?
Achei lindo o soneto! Enquanto houver uma centelha de esperança, haverá encantamento em cada palavra, como está descrito nesse belíssimo soneto...
Boa semana! Beijos

Uma aprendiz disse...

Oi, Siba

Lindo soneto.

Me detive observando essa ilustração belíssima. Reparou os reflexos na água?

Os sentimentos são assim: ficam refletidos na alma, mesmo que não se possa tocá-los ou pareçam não existir.

beijos

P.S.: e como está a nova v ida que se iniciou no dia 1º?

Anajá Schmitz disse...

Que lindo poema, me emocionei. Agora estou sofrendo de amor, mas não é por mim. Meu filho terminou o namoro e quem está sofrendo sou eu. Nunca vi isso. Choro, ando tão emotiva. Eu nunca sofri por amor e agora sofrendo pelo outros. Estou enlouquecendo.
Bjos e tenha uma ótima semana.

Cris Teles disse...

Simplesmente, MARAVILHOSO!

De encantar a alma...

Bjãooooo

Cadinho RoCo disse...

Tem dia que estranha a gente.
Cadinho RoCo

Anónimo disse...

Olá, Siba!

Como tem passado?

Por aqui,tudo normal, começou, também a primavera, embora as temperaturas estejam só nos 20ºg.

Espero os dias quentes e soalheiros, com luares.

Dois posts atrás, deixei uma curta anotação pra você. Espero que a tenha lido.

Voltei a postar e comentar, sábado passado, já à noitinha.

Li seu poema, com muita atenção, aliás, já hoje, pela manhã, e antes de ir para a escola o tinha lido, mas não tive tempo para o comentar.

POIS, VOLTEI! NÃO QUERO ESTAR NA MARGEM, NEM À MARGEM, MAS NO LEITO.

Sente falta da musa, da mulher amada (essa falta de ti, como diz a canção) e então entrou na "fossa" e na escuridão, devido á ausência dela.

Há uma escritora portuguesa, que tem sempre muito sucesso com as sus obras e que, de entre os vários livros, escreveu um que se chama: "Não há coincidências".
Não sei se acredite, ou não, mas até acho que há.

Espero que o meu regresso, tenha ajudado, um pouquinho, apenas, ajudado a diminuir essa tristeza e a preencher, no sentido de uma boa amizade, esse vazio, tão vazio dela.

Bem sei que tem seguidoras de quem é muito amigo e que "conhece" há mais tempo que eu, e da mesma nacionalidade, mas mais uma palavrinha, embora de uma portuguesa, nunca é demais.

Tenha uma boa semana, com luz e luar.

Abraço fraterno.

PS: meu mais recente post se encontra no "Luzes e Luares". Obrigada, desde já.

Desculpe não conseguir ser sucinta como você, nos comentários, mas eu não tenho essa sua capacidade. Tenho outras, decerto.

Anónimo disse...

Siba,

Quero apenas referenciar que a imagem, que encima o seu post, "casa" muito bem com o seu poema. Triste e melancólico, q.b

Saudações.

ONG ALERTA disse...

Sentimental....abraço Lisette.