Ô mãe!
Quero o seu farol
para clarear a escuridão
e aplacar a neurose da lua
que teima em não sair
da penumbra
na esquizofrenia
dessa noite fria.
Em vão, tento avivar
o candeeiro do seu olhar
nos meus passos sem passos.
Mas, onde estão os seus olhos,
se não no deserto baço?
Ai de mim!
Na cerração colho
redes de nervos tensas
murmurando esperança e precipícios.
Eu deliro... A dor espanca
psicótico, você é meu vício.
Se o meu amor avança
pela sua existência afora
fico sem a sua lembrança
desse tempo que chora
a nossa história.
Ô mãe, o seu silêncio
é um punhal erguido
brilhando e apunhalando
o meu coração partido.
É sangue, borbotões de sangue
correndo, escorrendo
no meu peito exangue.
Ferido, de paixão ferido
pende, afinal, nítido à vida crua.
Ah, esse queixume traído
e você sem capas, nua
glorificando no fel extraído
do seu olhar aos meus dias,
os desejos perdidos
no holocausto da minha agonia.
Mas, no galope dos ventos
pálido, o amor clama
na crosta dos seus ensejos
a sua chama, sem dramas.
É que a tempestade descamba
e no meu psical
de sonhos noturnos
morro no neural
desse tempo soturno.
Entretanto,
envio-lhe flores,
restos arrancados, pisados
do jardim dos seus açoites.
Zé Lalado
para clarear a escuridão
e aplacar a neurose da lua
que teima em não sair
da penumbra
na esquizofrenia
dessa noite fria.
Em vão, tento avivar
o candeeiro do seu olhar
nos meus passos sem passos.
Mas, onde estão os seus olhos,
se não no deserto baço?
Ai de mim!
Na cerração colho
redes de nervos tensas
murmurando esperança e precipícios.
Eu deliro... A dor espanca
psicótico, você é meu vício.
Se o meu amor avança
pela sua existência afora
fico sem a sua lembrança
desse tempo que chora
a nossa história.
Ô mãe, o seu silêncio
é um punhal erguido
brilhando e apunhalando
o meu coração partido.
É sangue, borbotões de sangue
correndo, escorrendo
no meu peito exangue.
Ferido, de paixão ferido
pende, afinal, nítido à vida crua.
Ah, esse queixume traído
e você sem capas, nua
glorificando no fel extraído
do seu olhar aos meus dias,
os desejos perdidos
no holocausto da minha agonia.
Mas, no galope dos ventos
pálido, o amor clama
na crosta dos seus ensejos
a sua chama, sem dramas.
É que a tempestade descamba
e no meu psical
de sonhos noturnos
morro no neural
desse tempo soturno.
Entretanto,
envio-lhe flores,
restos arrancados, pisados
do jardim dos seus açoites.
Zé Lalado
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www.radiohumaita.com.br
10 comentários:
"Amor, a quanto me obrigas..." ouço Drummond falando baixinho ao meu ouvido.
Amar e recolher esse sentimento sem poder revelá-lo ao mundo.
Ainda por cima, mandar flores...
Boa semana, amiguinho baiano!Bjsss
Maravilhoso, abraço Lisette.
Oi Sibarita!
"Aimôpai!" Que blog danado de bão!rs
Eu volto!
Beijo.
Siba, querido, hoje acordaste muito bem disposto. Menino, foste lá no meu cantinho e, como se diz na gíria daqui, "passaste a régua em tudo"...e eu gostei muitoooo. Você por lá é sinônimo de qualidade e sabes que se não vais, venho te buscar [risos].
A lua é feminina, não tem luz, vive na penumbra, busca o sol, o seu farol.Essa mesma busca que faz parte da vida, faz parte do eterno contexto universal.
Belíssimo!
Amigo, um dia iluminado para ti! Muitíssimo grata!Bjssss
Ô pai,mainha voltou!Se aperreie não esse menino kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Oxe,que saudade retada!Tava azuada com muitas coisas pra fazer,muito parangolé.
Marminino,que esse post me deixou com os quatro pneus arriados,fiquei arreliada e já vi que o chá de se pique de lá ela deu resultado...
Eta que só vai dar nós agora!
Beijos!
Demorei mais chegai!!!!
Eita que Zé ta arrasando nos poemas hein!!! A lua é igual mulher, cheia de fases, enche, cresce, míngua e vem nova. Muito lindo.
Olhe aqui seu Siba eu tambem lhe amo pela pessoa que voce é. Só não falo muito porque suas fãs pode me dar uma pisa aqui. kkkkkkkk
To chegando do nordeste mais precisamente do Piaui, e passei bem em cima da sua terra aí. Deu ate pra ver a lapinha. pedi pro comandante pra pular de para queda como era de noite ele não deixou não. E eu só pude mandar um beijo e uma abraço desse meu amigo baiano arretado da peste.
Beijos e um fds cheio de luz e paz.
Gostei muito do poema...
Beijinhos, meu caro :)
Zé Lalado, apesar das palavras pungentes, é lindo. Quem não gostaria de um clamor assim?
Um beijo!
Zé; que coisa linda viu? Painho ta danado pra fazer reflexões, cheias de amor e uma certa dose de angústias. Morre não, neguinho! São águas de um mar turbulento, indecisões, mas que acabam na serenidade, se Deus quiser.
Boa semana! Beijos
Zé; que coisa linda viu? Painho ta danado pra fazer reflexões, cheias de amor e uma certa dose de angústias. Morre não, neguinho! São águas de um mar turbulento, indecisões, mas que acabam na serenidade, se Deus quiser.
Boa semana! Beijos
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