Soraia Drummond na música "Eu Sou Brasileiro" Um reggae da zorra cantado pela maior regueira do Brasil reconhecida até na Jamaica. Soraia, a baiana retada, a novidade da música brasileira tendo ganho muitos premios pelo mundo a fora, inclusive, no Brasil. A Letra é espetacular ouça com atenção, alô Zé Lalado, oi que bom! kkkk DESLIGUE A RÁDIO HUMAITÁ AO LADO. Curta esse som lendo sobre São Cosme e São Damião.
Esculturas de Ibeji na África
Ìbejì ou Ìgbejì é divindade
gêmea da vida, protetor dos gêmeos na mitologia iorubá,
identificado no jogo do merindilogun pelos
odus
ejioko e iká.
Dá-se o nome de Taiwo ao primeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último. Os
Yorùbá acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo,
donde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho.
Cada gêmeo é representado por uma imagem. Os iorubás colocam alimentos
sobre suas imagens para invocar a benevolência de Ìbejì. Os pais de gêmeos
costumam fazer sacrifícios a cada oito dias em sua honra.
O animal tradicionalmente associado a Ìbejì é o macaco colobo, um
cercopiteco endêmico nas florestas da África subsariana.
A espécie em questão é o Colobus
polykomos, ou colobo-real, que é acompanhado de uma grande
mística entre os povos africanos. Eles possuem coloração preta, com detalhes
brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio no alto das árvores,
como se estivessem em oração ou contemplação, daí eles serem considerados por
vários povos como mensageiros dos deuses, ou tendo a habilidade de escutar os
deuses. A mãe colobo quando vai parir, afasta-se do bando e volta apenas no dia
seguinte das profundezas da floresta trazendo seu filhote (que nasce totalmente
branco) nas costas. O colobo é chamado em iorubá de edun oròòkun, e seus
filhotes são considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritos
são encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos pelo seu
comportamento peculiar.
Imagens de
Igbeji no candomblé.
Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso
os pais consideram seus filhos sua maior riqueza.
A palavra Igbeji quer dizer gêmeos. Forma-se a partir de duas entidades
distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Contam os Itãs (conjunto de lendas e histórias passados de geração a
geração pelos povos africanos) que os Igbejis são filhos paridos por Iansã, mas
abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum
como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Igbejis passam a ser
saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à
deusa, também recebem oferendas.
Entre as divindades africanas, Igbeji é o que indica a contradição, os
opostos que caminham juntos, a dualidade. Igbeji mostra que todas as coisas, em
todas as circunstâncias, têm dois lados e que a justiça só pode ser feita se as
duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.
Na África, o Igbeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmo
respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia a dia. Igbeji não
exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos
os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder de Igbeji jamais podem ser
negligenciado, pois o que um orixá faz Igbeji pode
desfazer, mas o que um Igbeji faz nenhum outro orixá desfaz. E mais: eles se
consideram os donos da verdade. Os gêmeos Ibeji entre os iorubas, hoho e Fon
são objeto de culto.
Imagens de Igbeji no candomblé
Não são nem orixá nem vodum, mas o lado
extraordinário desses duplos nascimentos é uma prova viva do princípio da
dualidade e confirma que existe neles uma parcela do sobrenatural, a qual recai
em parte na criança que vem ao mundo depois deles.
Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual, compartilhando
com muita equidade entre os dois tudo o que lhes for oferecido. Quando um deles
morre com pouca idade o costume exige que uma estatueta representando o defunto
seja esculpida e que a mãe a carregue sempre. Mais tarde o gêmeo sobrevivente
ao chegar à idade adulta cuidará sempre de oferecer à efígie do irmão uma parte
daquilo que ele come e bebe. Os gêmeos são, para os pais uma garantia de sorte
e de fortuna.
Imagens
femininas de Ibeji da Nigéria do início do século 20 em exposição no Museu das
Crianças de Indianápolis, nos Estados Unidos
Existe uma confusão latente entre Ibeji e os Erês.
É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade, confundindo
até mesmo como orixá. Ibeji são divindades gêmeas, sendo costumeiramente
sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião.
Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem
crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o
nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas etc.
Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente
inconsequente: nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam
ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao
comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e
emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e
possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno
rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em
permanecer muito tempo sentado, extravasando energia.
Imagens femininas de Ibeji da Nigéria do início do século 20 em exposição no Museu das Crianças de Indianápolis, nos Estados Unidos
Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a
simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes,
o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios
simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso
pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo
tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem
deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de
muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.
A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas como caruru,
vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são
oferecidas tanto a eles como aos frequentadores dos terreiros.
Ibeji, na nação Queto, ou Nvunji, nas nações
Angola e Congo. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está
ligada à infância. Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois,
assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas
brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de
Santo.
É a divindade que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança.
Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega. Ibeji é tudo
de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua
alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes.
Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo
das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as
recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma
travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda dessa divindade. Pois
tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e
administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e
travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
A palavra Eré vem do iorubá iré, que significa "brincadeira,
divertimento". Daí a expressão siré, que significa "fazer
brincadeiras". O Ere (não confundir com "criança", que, em
iorubá, é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá:
ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de
iniciação, o Ere é de suma importância, pois é o Ere que, muitas vezes, trará
as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
O Ere, na verdade, é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o
Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de
reclusão. O Ere conhece todas as preocupações do iyawo
(filho), também aí chamado de omon-tú ou "criança-nova". O
comportamento do iniciado em estado de Ere é mais influenciado por certos
aspectos de sua personalidade que pelo caráter rígido e convencional atribuído
a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iaô, segue-se um novo ritual, ou o
reaprendizado das coisas, chamado Apanan.
Símbolos:2 bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos; Plantas: jasmim,
maçã, alecrim, rosa.
Dia: domingo e segunda-feira para nações Queto e Jeju Jexá; Cor: azul ,
rosa, verde, mas na verdade gosta do colorido em si.
Metal: estanho. Seus elementos: fogo, ar. Saudação: Omi Beijada!
Bejiróó! farami sóibeji!
Domínios: parto e infância. Amor e união. Comidas: caruru, cocada, cuscuz, frutas doces. Animais: passarinhos.
Quizilas: morte, assobio.Características:
alegre, otimista, brincalhão, esperto, trabalhador, imaturo, birrento, voraz.
O que faz: ajuda a resolver problemas de crianças, dá harmonia na
família, facilita uniões. Riscos de saúde: alergias, anginas, problemas de
nariz, raquitismo, acidentes.
O Sibarita
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ibeji
8 comentários:
Sibarita, ao ler isso tudo, senti-me transportada para a África.
Que linda é e que bela voz tem a Soraia Drummond, hein?
Mas, diga-me aí, moço, a criançada tem doces e brinquedos hoje, no Dia de São Cosme e São Damião? Salve os erês!!! Que possam nos proteger com sua inocência.
Boa festança, amigo.
Beijos!
Siba a sua diversificação é imensa; vai do lirismo,passando pelo exótico, sensual e o cultural. Isso é que faz o brilho do seu blog.
Será que Cosminho resolve o problema dessa criança que existem em mim?
Belo post, Siba! E o vídeo muito legal!
Bom domingo! Ah! Bom caruru. Não vou a nenhum, infelizmente!
Beijos
As criancinhas do planos superiores, com certeza, são os seres mais evoluídos e que ajudam com inocente alegria aos mortais aqui dessa terra tão complicada. Por isso, as amo e as venero, sempre. Vou lhe contar um segredinho só meu, Siba: quando alguma coisa chata acontece em minha vida, saio pelos jardins da praça e ofereço-lhes balinhas e doces. Elas não precisam disso, mas me atendem e me confortam.
Salve São Cosme e São Damião!
Parabéns por esse belo estudo antropológico, meu amigo. Você é genial!
E que tal um doce domingo, acompanhado dos meus doces beijinhos?!!! [risos]
meninooooo vim aqui ontem, li ouvi musica, passeei e não comentei. hahaahha.
Muito bom o video, gostei muito. seu texto irretocável. Oia qui fio, ja dei muita bala mas depois que fui pra minas vi que la a necessidade é outra. Dentista só tem de 15 em 15, ônibus pra cidade só uma vez por semana. As crianças só tem um caderno e um lápis... e por ai vai.
Então passei a dar lápis de cor, livros, caneta, borracha. acho que são Cosme e Damião não se importou não. Balas da carie e ficar com dor de dente e ter que esperar 15 dias é triste.
Mas fique certo que os eres estão sempre juntinho de mim.
Beijos e outubro ta chegando. é vc que faz aniversario em outubro??
Caro leitores, não confudam Êres c
com Ibeji.
Existe uma confusão latente entre Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade, confundindo até mesmo como orixá. Ibeji são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião.
O Sibarita
Siba! Eu não sabia da história! Conheço pouco de sincretismo religioso, mas não sabia. Então Iansã, a minha preferida vermelhinha, os abandonou? Ainda bem que Oxum os criou. Obrigada pela aula!
Um beijo e muitos doces e comidas tradicionais procê!
Beijos!
Muito interessante, obrigada por compartilhar.
Abeaço Lisette.
Ei esse menino!
Excelente postagem!Contar e encantar com a história da origem das coisas,isso é muito bom.
Comi caruru viu?rs rs Aqui desse lado tem uma turma de baiano,assim como eu que traz a Bahia para SP e cumpre os preceitos de lá por aqui.Fui a apenas um,mas fui e tava bom huuummm eu adoro!
Essa menina tem uma voz da zorra!Gostei!E é linda também,nossa terra tem talento de todo tipo,só dá nós.
Beijos!
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