
Nada mais.
... O silêncio é teu!
Mas, ainda sobre a cama,
está aquele lençol de seda
ecoando os nossos gemidos
daquelas noites sodomitas
em que perdíamos os sentidos...
Naquela penteadeira,
ainda reflete por aquele espelho
os teus lábios pagãos de batom cereja
em que me lambuzavam de desejos...
Ainda pela mesa,
enfeitando as noites
em jarras chinesas
aquelas flores...
Pelo quarto,
aquelas tuas juras,
ainda impregnadas
nas paredes, agora,
por teu desejo, amareladas...
Pelo chão, está,
aquela taça de vinho
em que traçavas o destino
e, naquela vitrola
ainda toca, à meia luz,
aqueles nossos blues...
Por aquela porta,
ainda, entreaberta...
A paixão solda,
o que a nuvem tosa!
Entre nós, a vida...
Uma peça de teatro
encenada por Hidra
naquela pequena coxia.
Nos hiatos, um solilóquio
de Hércules no sétimo ato...
O Sibarita