Os aviões, pássaros metalizados
Arremessados nas gêmeas siamesas
A Meca do capitalismo selvagem.
Cegos, na manhã de incertezas
Deixam sob um céu atônito, rastros
De escombros e uma linha rubra
Com corpos mutilados, estilhaçados...
As torres, gêmeas imponentes
Tão diáfanas em plena difusão!
Em meio aos ferros retorcidos
Corpos sem cor, sem semblantes
Como carnes atiçadas, queimadas...
Pura devastação, aqueles pássaros
Bolas de fogo em fragor fumegante!
Pedra e poeira, aço e cimento, avaros.
Na bandeira do ódio sangram inocentes
E nos destroços como um rio exangue
Mudando o curso, ceifando os caminhos
Esvaem-se vidas nos borbotões de sangue!
Nas gêmeas torres em descambo,
Nova York sangra ao canto do idílio
Moedas de fel interrompendo destinos,
Desesperos! Última navegação de vidas,
Viagem... Cadáveres queimam ao tempo!
Procuro entender aquelas imagens
O coração petrificado, mera mortalha
Macerado, arde também em chamas,
Insone indignação que a ira enxovalha!
Acendo um cigarro, vejo a TV e submerjo.
No cinza/céu, perco-me, nos próprios passos.
Mas, tateio a primavera, adubo as sementes,
No ventre, flores murchas de aroma sugado!
O Sibarita
Set/01
Arremessados nas gêmeas siamesas
A Meca do capitalismo selvagem.
Cegos, na manhã de incertezas
Deixam sob um céu atônito, rastros
De escombros e uma linha rubra
Com corpos mutilados, estilhaçados...
As torres, gêmeas imponentes
Tão diáfanas em plena difusão!
Em meio aos ferros retorcidos
Corpos sem cor, sem semblantes
Como carnes atiçadas, queimadas...
Pura devastação, aqueles pássaros
Bolas de fogo em fragor fumegante!
Pedra e poeira, aço e cimento, avaros.
Na bandeira do ódio sangram inocentes
E nos destroços como um rio exangue
Mudando o curso, ceifando os caminhos
Esvaem-se vidas nos borbotões de sangue!
Nas gêmeas torres em descambo,
Nova York sangra ao canto do idílio
Moedas de fel interrompendo destinos,
Desesperos! Última navegação de vidas,
Viagem... Cadáveres queimam ao tempo!
Procuro entender aquelas imagens
O coração petrificado, mera mortalha
Macerado, arde também em chamas,
Insone indignação que a ira enxovalha!
Acendo um cigarro, vejo a TV e submerjo.
No cinza/céu, perco-me, nos próprios passos.
Mas, tateio a primavera, adubo as sementes,
No ventre, flores murchas de aroma sugado!
O Sibarita
Set/01
8 comentários:
Fortíssimo! Belíssimo!
E, apesar de tudo, ainda a esperança, esse ópio dos pobres seres humanos a se matar inclementes.
Beijos
nunca seria capaz de escrever umas linhas tao profundas sobre um tema assim...adorei.
tens mesmo um dom sibarista.
um beijinho replecto de felicidade
Isso me parece meio apocalípce...
Encontrei a Saramar e isso me faz pensar que o mundo é uma ervilha!!!
Acabamos todos nos cruzando sempre e isso é já uma coisa normal em meio a essa quantidade doidíssima de blogs... Pode isso???
Vim te agradecer por tua visita e tuas palavras. Aparece sempre que desejares e serás bem vindo!!!
Não te mandarei para o calabouço, fique tranquilo!!!
Beijinhos,
Cris
Criatura!
Ter mais um baiano como companheiro de blog é bom demais, affff Maria! A maioria com quem troco idéias é de portugueses.
Adorei a sua visita. Não nos percamos de vista.
O 11 de setembro foi mesmo uma visão do inferno. Embora os Estados Unidos seja um país muito do sacana e venha fazendo por merecer um certo troco, não acho certo nem justo que inocentes paguem pelas cagadas dos governantes insanos.
beijo pra ti.
olhando esta imagem... apenas me fico em silêncio...
bj
Uma nova semana tomou o seu lugar, o tempo esse corre sem parar...
Bjx e boa semana
Obrigada pela visita ao meu cantinho e obrigada pelas palavras ;)
oi obrigado pela visita À minha taskinha....
Mto bom o poema grandes versos...
Para mim a Al-Quaeda não teve nada a ver com os atentados e foi uma conspiração interna planeada pelos EUA.
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